quinta-feira, 3 de abril de 2014

TRT-SP determina que jornalistas dos Correios façam 5 horas de jornada

De O Jornalista

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo determinou que a empresa estatal Correios cumpra com o que diz a regulamentação profissional dos jornalistas, no que diz respeito à jornada di[ária máxima de trabalho de cinco horas.
O Departamento Jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) conseguiu na Justiça o respeito à jornada de trabalho para os jornalistas dos Correios (Analista de Correios - especialidade técnica em Comunicação Social - Jornalismo). 
Eles cumpriam 44 horas semanais, como todos os outros funcionários da empresa, e desde a última terça-feira (1) passaram a trabalhar 5 horas por dia, de segunda à sexta, totalizando 25 horas semanais, uma vez que não há expediente aos sábados.
Os Correios ainda tentam recorrer da decisão e a questão será definida pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília. No entanto, no último dia 27, a empresa publicou uma circular anunciando que irá cumprir a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) imediatamente.
O SJSP ainda aguarda os desdobramentos do processo, já que os profissionais precisam receber os pagamentos sobre as horas extras acumuladas devido ao trabalho em jornada superior ao limite legal da categoria (5 horas), mas comemora os efeitos da ação movida pela entidade, que garante aos jornalistas melhores condições de trabalho com a adequação da jornada legal.
Michele Barros, jornalista da área de comunicação interna da diretoria Regional de São Paulo Metropolitana, se disse muito contente e confiante com a decisão. 
"Lutamos pela adequação da jornada desde 2011, quando entrei na empresa. Para nós é uma grande vitória. É um processo que ainda não acabou, porque ainda precisamos receber as horas acumuladas, mas é um direito nosso e as empresas têm por obrigação cumprir o que determina a lei. E o Sindicato foi bem importante para todos nós nesse tempo. Estamos juntos, jornalistas e entidade lado a lado acompanhando esse processo, porque é uma luta conjunta."

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