terça-feira, 31 de maio de 2011

Livro Comunicação e Cidadania: Conceitos e Processos propõe interface com o cidadão

Uma coletânea capitaneada por docentes e colaboradores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília, Comunicação e Cidadania: Conceitos e Processos propõe para a agenda pública experiências na interface Comunicação/Cidadania. Ambos fenômenos abordados por diferentes ângulos, o que resulta em um percurso instigante.
Política Social, jornalismo, cinema, radioweb, rádio comunitária, telefonia móvel, identidade profissional e o papel do jornalista, fotografia digital, marketing e marketing social, transversalidade da questão ambiental, uso de informações públicas no jornalismo,telejornalismo e política, representações da Terceira Idade, Sociedade da Informação são alguns dos temas apresentados, sempre incluindo a relação de tais temas com os conceitos e processos da cidadania.
A obra conta com colaboradores parceiros de outras instituições (UFRN e UCB) e o núcleo de autoras e autores está vinculado, em grande medida, ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e aos projetos de Extensão Comunicação Comunitária, SOS Imprensa e Projete Comunicação para Sustentabilidade.
Os relatos empíricos e as proposições conceituais apresentados na obra devem surtir novas e enriquecedores sentidos para essa interface.


Autores

Prefácio – Marco Antônio Rodrigues Dias

Parte I (Comunicação, Tecnologias e Cidadania):


Vicente Faleiros, Tiago Qiroga, Dione Oliveira Moura (org.), Fernando Oliveira Paulino (org.), Juliana Soares Mendes, Leyberson Pedrosa, Pedro Arcanjo, Fabíola Calazans (org.), Fábio Henrique Pereira (org.), Kênia Maia.


Parte II (Jornalismo e Cidadania):


Luiz Martins da Silva (org.), Délcia M.M. Vidal, Thais Medonça Jorge, Liziane Guazina (org.), Solano Nascimento, Elen Geraldes (org.), Samuel Lima (org.).


Parte III (Audiovisual, Publicidade e Cidadania):


Edmundo Brandão Dantas, Gabriela Pereira de Freitas (org.), Tânia Siqueira Montoro, Karina Gomes Barbosa, Kátia Belisário, Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho, Michael Peixoto.

Livro analisa a propaganda política de presidentes brasileiros

Na próxima quarta-feira, dia 8 de junho, Adolpho Queiroz e um grupo de pesquisadores da área de comunicação lançam a obra No espaço cênico da propaganda política: uma coletânea de 19 artigos sobre as estratégias de propaganda política utilizadas pelos presidentes do Brasil ao longo da história. Os estudos promovem uma reflexão sobre os diferentes contextos e estratégias eleitorais que impactaram as eleições. O coquetel e a sessão de autógrafos são na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, a partir das 19h.

Os textos são embasados em jornais, revistas, fontes especializadas e documentos históricos para traçar uma análise completa sobre os caminhos da comunicação no meio político de Deodoro da Fonseca (1889) até o estágio mais recente da história brasileira. Alguns momentos fascinantes estão representados no livro, como a importância do rádio para a conformação da chamada ideologia estadonovista: Getúlio Vargas foi um dos apreciadores dessa mídia para a aproximação com o público.

No espaço cênico da propaganda política é voltado a todas as pessoas que trabalham, estudam ou se interessam pelo tema. Traz uma discussão fundamentada, inteligente e em linguagem acessível para se entender a importância da propaganda, do marketing e do jornalismo no âmbito da política brasileira.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Futebol: TV Brasil não transmitirá Brasileirão série C

No início deste ano, a Empresa Brasil de Comunicação – EBC iniciou conversações com empresas credenciadas pela Confederação Brasileira de Futebol – CBF, com vistas à aquisição dos direitos de transmissão, pela TV Brasil e Rede Pública de Televisão, dos jogos da Série C do Campeonato Nacional.
Esta semana, a EBC reuniu-se com dirigentes da CBF, que se empenharam na busca de uma fórmula contratual que possibilitasse o fechamento do acordo. Em seguida, a diretoria da EBC realizou um rigoroso exame de sua situação orçamentária e financeira, concluindo que seria imprudente destinar ao referindo evento esportivo, embora reconhecendo sua importância e relevância, recursos que poderiam comprometer outras atividades da empresa e do Sistema Publico de Comunicação que gerencia.
A EBC espera, para o próximo ano, uma situação orçamentária mais confortável, que lhe permita financiar a transmissão desta competição, tão importante para as populações dos estados e cidades mais remotos do Brasil.

TV paga chega a 10,7 milhões de assinantes

Da Anatel

Com 238,3 mil novos assinantes em abril, o Brasil encerrou o quarto mês de 2011 com 10,7 milhões de domicílios atendidos com TV por Assinatura. Nos quatro primeiros meses de 2011, 888,2 mil novos assinantes aderiram aos serviços de TV por Assinatura.

O crescimento observado em abril representa uma evolução de 2,3% em relação à base de assinantes do mês de março. Considerando-se o número médio de pessoas por domicílio divulgado pelo IBGE (3,3 pessoas)¹, os Serviços de TV por Assinatura alcançaram mais de 35,2 milhões de brasileiros. As tabelas abaixo demonstram, respectivamente, as adições líquidas nos quatro primeiros meses de 2011 e no mês de abril:

Os serviços de TV por Assinatura são prestados através de sinais codificados por diferentes tecnologias: por meios físicos (Cabo - TVC), por microondas (Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS) e por satélite (Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite - DTH).

Em abril de 2011, os serviços prestados via satélite cresceram 4,4%, mesma taxa registrada no mês anterior. O número de assinantes que recebe os serviços via cabo cresceu quase 0,5% em abril, desempenho inferior ao crescimento de 0,8% registrado em março. As prestadoras de MMDS, por sua vez, perderam 2,5% de sua base de assinantes no mesmo período.²



Como consequência da contínua expansão dos serviços de DTH, houve nova ampliação da participação dos serviços prestados via satélite no mercado de TV por Assinatura em abril deste ano. A participação do DTH atingiu 49,2% da base e ultrapassou a participação dos serviços a cabo, com 48,1% dos assinantes. No final de 2010, no mês de dezembro, os serviços DTH representavam 45,8% do mercado nacional e os serviços prestados via cabo possuíam 51% de market share, conforme divulgado naquele mês.

Confira no gráfico a seguir a evolução da participação de cada tecnologia na base de assinantes no último trimestre e ao longo de 2010 e 2011:





Penetração dos Serviços de TV por Assinatura

Em abril de 2011, os serviços de TV por Assinatura estavam presentes em 17,8 de cada 100 domicílios no país, de acordo com estimativas da Agência, a partir das informações de número de domicílios divulgadas pelo IBGE ³. A Região Sudeste apresentou densidade de 26,3% de domicílios com TV por Assinatura.



Entre as Unidades da Federação, destacam-se o Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, por terem registrado desempenho acima da média nacional, quanto à densidade dos serviços.



Seguindo a tendência observada ao longo de 2010, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram acima da média nacional nos últimos 12 meses. O menor crescimento, em igual período, foi observado na região Sul, acompanhada pela região Sudeste, com percentuais de crescimento anual abaixo da média nacional.

Região abril de 2010 abril de 2011 Crescimento percentual
Norte 260.393 385.575 48,1%
Nordeste 708.581 1.113.897 57,2%
Centro-Oeste 476.452 641.298 34,6%
Sudeste 5.327.675 6.930.654 30,1%
Sul 1.258.713 1.585.767 26,0%
Brasil 8.031.814 10.657.191 32,7%
Consequentemente, nove das dez Unidades da Federação que apresentaram maior crescimento percentual nos últimos 12 meses pertencem às regiões Norte e Nordeste.

UF abril de 2010 abril de 2011 Crescimento percentual
Bahia 184.739 333.570 80,6%
Piauí 18.478 32.620 76,5%
Pará 67.370 115.461 71,4%
Tocantins 10.405 17.638 69,5%
Maranhão 54.415 90.164 65,7%
Ceará 110.634 182.139 64,6%
Acre 10.461 16.871 61,3%
Mato Grosso 8.648 13.598 57,2%
Roraima 15.690 24.165 54,0%
Rondônia 48.679 74.763 53,6%
A consolidação dos números mensais dos serviços de TV por Assinatura está disponível no portal da Anatel, na visão "Informações Técnicas", item "TV por Assinatura", "Consolidação dos Serviços de TV por Assinatura no Brasil". O "Panorama dos Serviços de TV por Assinatura" - com a relação de prestadoras, áreas de prestação e municípios cobertos - também está disponível no mesmo caminho e é atualizado trimestralmente.

Mapa de TV por Assinatura

Em complemento às informações setoriais de TV por Assinatura divulgadas mensalmente, a Anatel disponibiliza na internet o Mapa de TV por Assinatura, uma ferramenta do Sistema de Acompanhamento das Obrigações das Prestadoras de TV por Assinatura (Satva). Para acessar o Mapa, basta navegar pelo portal da Anatel, dentro da aba "Informações Técnicas", "TV por Assinatura", "Mapa de TV por Assinatura".

¹ O número médio de 3,3 pessoas por domicílio no Brasil é informado pelo IBGE na Síntese de Indicadores Sociais - 2010 - Tabela 3.1, disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf

² Não foram considerados o Serviço Especial de Televisão por Assinatura (TVA - UHF).

³ O indicador "Densidade dos serviços de TV por Assinatura" é a relação percentual entre o número de assinantes e o número de domicílios estimado a partir dos dados publicados pelo IBGE, em sua Síntese de Indicadores Sociais.

Ditadura: ex-agente do DOPS perde ação de difamação contra jornalista

Do Opera Mundi

Vinte e seis anos após o fim da ditadura militar no Brasil (1964-1985), centenas de vítimas da repressão recorreram à justiça para processar ex-agentes do regime ou para apenas saber onde estão os restos de desaparecidos. O gaúcho João Augusto da Rosa, inspetor aposentado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), decidiu percorrer o caminho contrário e moveu um processo contra um jornalista, testemunha ocular de um crime cometido por ele e colegas 33 anos atrás.

Rosa, que atuava sob o codinome "Irno", acusa Luiz Cláudio Cunha, autor do livro Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios, de ter cometido o crime de injúria – "atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua honra, dignidade ou decoro". Nesta quarta-feira (25/05), porém, a 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou pagamento de indenização por danos morais exigido pelo ex-agente do Dops.

Para Rosa, a injúria consta nas 450 páginas do livro de Cunha: "Nem parecia um policial. Tinha a cara e o focinho de um burocrata medíocre e exótico de algum escritório infecto de contabilidade da periferia", escreveu o jornalista em um dos capítulos.

Ex-chefe da sucursal da revista Veja em Porto Alegre, Cunha foi testemunha do sequestro de dois militantes de esquerda uruguaios, Lílian Celiberti, Universindo Díaz, e de seus filhos, crianças na época. O livro-reportagem relata detalhes do crime, cometido em 1978, em Porto Alegre, no âmbito da Operação Condor – uma aliança política clandestina de auxílio mútuo entre as ditaduras militares do Cone Sul nos anos de 1970 e 1980.

O processo

Rosa abriu a ação indenizatória em 2009 contra o jornalista e a Editora L&PM, um ano após o lançamento da obra. O pedido foi negado em primeira instância. A juíza Cláudia Maria Hardt, da 18ª Vara Cível do Foro de Porto Alegre, avaliou como improcedente a demanda. Ela definiu na época o conteúdo do livro como um "triste episódio", um "relato pertencente a um tempo [que foi] 'página infeliz da nossa história', nas palavras do próprio Chico Buarque".

Insatisfeito, Rosa recorreu, argumentando que a publicação utiliza "palavreado acusatório e ofensivo", o que levou a população a acreditar que ele era de fato um criminoso. Ele reclamou também de fotos publicadas sem sua autorização.

Os detalhes do crime, publicados na obra, não são inéditos. O livro foi feito com base em uma série de reportagens que rendeu à Veja, em 1979, os principais troféus de jornalismo do país, incluindo o Grande Prêmio Esso. A série ganhou na categoria de livro-reportagem os dois principais prêmios literários brasileiros – o Jabuti e o Vladimir Herzog – além de Menção Honrosa do prêmio Casa de Las Américas, de Cuba.

Curiosamente, Rosa não protestou contra as reportagens, que foram publicadas durante 86 semanas, entre novembro de 1978 e junho de 1980. E o texto da época já o mencionava como cúmplice do sequestro.

Este é justamente um dos argumentos que a defesa utilizou: o livro é baseado em reportagens já publicadas, portanto nada de novo a respeito do ex-agente foi divulgado, inclusive as fotos. E ressalta que a publicação se limita a narrar fatos ocorridos.

A relatora da apelação, a desembargadora Marilene Bonzanini Bernardi, concluiu que não houve intenção do escritor de macular a reputação de Rosa, apesar de satirizar e criticar seu modo de agir. Marilene retomou o texto escrito pela juíza Cláudia Hardt na sentença final e concordou que o objetivo da obra foi claro: "expor publicamente uma pesquisa sobre os fatos ocorridos, já que na época tais informações não poderiam ser publicamente difundidas sem repressão". Atualmente, segundo ela, deve haver liberdade de manifestação.

"Não se tolera a possibilidade de limitar a criatividade e a liberdade de escritores que, como o autor, dissertam sobre tema delicado e ainda marcado na historiografia brasileira, sob pena de estarmos igualmente constrangendo o espírito investigativo dos repórteres e de encobrirmos informações necessárias para a fundamentação de nossa consciência crítica", escreveu Cláudia, na sentença final, citada pelo Grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro.

A história

Os uruguaios foram sequestrados em Porto Alegre e entregues na fronteira aos agentes da repressão uruguaia. Um imprevisto, porém, impediu que a operação fosse concluída com êxito. Um telefonema anônimo para a redação da revista levou Cunha e o fotógrafo João Batista Scalco a um apartamento no bairro Menino Deus, onde o casal estava morando. "Está acontecendo um sequestro", disse o informante, sem identificar-se.

Quando os dois jornalistas chegaram, Lílian e Universindo já estavam nas mãos dos agentes, que aguardavam para capturar Hugo Cores, militante chefe do grupo. Cunha conta que Lílian abriu a porta, mas não conseguiu falar nada. Dois homens que estavam no interior do apartamento apareceram, com armas na mão. Um colocou a pistola na cabeça de Cunha e o outro fez o mesmo com o fotógrafo. Os jornalistas se identificaram e depois de breve interrogatório foram liberados, sob a condição de silêncio total.

Em poucos dias, os dois uruguaios e as crianças chegaram a Montevidéu, acompanhados de agentes da ditadura no Uruguai (1973-1985). Tanto Lílian como Universindo sobreviveram à repressão e seus nomes são citados com frequência na imprensa sul-americana.

TV Paga: tv satelital supera cabodifusão

Do Pay-TV News

O mercado de TV por assinatura cresceu mais 2,3% em abril e chegou a 10,657 milhões de assinantes. E em abril o DTH finalmente passou a tecnologia de cabo em base de assinantes. Desde o começo do ano, a TV paga via satélite cresceu 769,3 mil assinantes, contra 145,5 mil clientes das operadoras de TV a cabo no mesmo período. Somente em abril, foram 238,3 mil novos assinantes. Com isso, o DTH chegou a 49,2% do mercado, batendo 5,243 milhões de assinantes, enquanto o cabo, com 48,1% do mercado, registrou 5,126 milhões de assinantes, uma diferença de cerca de 118 mil no fechamento de abril.

O MMDS continua perdendo base e tem agora apenas 2,7% de market share. Nos últimos cinco anos o serviço de TV paga cresceu 238,4%, saindo de 4,5 milhões em 2006 para os quase 10,7 milhões de domicílios atendidos em abril. Estimativa da Anatel indica que, hoje, 35,2 milhões de brasileiros tenham acesso à televisão paga, com base no número médio de pessoas por domicílio (3,3), do IBGE

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Imprensa brasileira ignora Estatuto da Igualdade Racial

Por Pedro Caribé, do Observatório do Direito à Comunicação

O Estatuto da Igualdade Racial aprovado em julho 2010 passa por processo de invisibilidade e oposição dos meios impressos brasileiros. Essa foi uma das conclusões do primeiro relatório da pesquisa Faces do Brasil, apresentada em Salvador no último dia 13 de maio, dia da abolição. O material coletado é de 12 jornais e cinco revistas entre os meses de outubro e dezembro de 2010. Até o momento a sistematização se balizou por 506 matérias sobre ciganos, povos indígenas e negros.

O projeto é parceria entre a organização Omi-Dùdú e o grupo Etnomídia da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA). O professor e jornalista Fernando Conceição também da Facom é o coordenador do projeto.

O relatório contextualiza conquistas institucionais e políticas dos grupos étnicos estudados pós-redemocratização (1985), porém, segundo a coordenação, no campo midiático tal avanço não é repercutido, configurando “uma visão negativamente estereotipada sobre os afrodescendentes e outros grupos sociais etnicamente discriminados”.

No geral as legislações sobre grupos étnico-raciais ocupam apenas 13,4% do total avaliado. Já as políticas públicas são citadas em 20,6% das matérias. Os temas predominantes são de fundo cultural. No conteúdo recortado, a abordagem a população negra é predominante (71,7%), seguido dos indígenas (26,8%) e ciganos (1,5%). Porém, conforme a localização geográfica ou perspectiva de distribuição, os veículos modificam o enfoque étnico.

O Estado de S. Paulo costuma expor o temas étnicos-raciais em seu editoriais, ou através de carta de leitores, ambos de cunho contrários a pautas como o Estatuto, a titulação de terras quilombolas, os conflitos na construção de Belo Monte e polêmica sobre o livro de Monteiro Lobato, Caçadas de Pedrinho.

O baiano A Tarde alcançou o destaque quantitativo com 87 matérias sobre a temática, porém, reservadas ao âmbito cultural e dentro de tendência nacional de não posicionar a pauta em condição de manchete. Já o Diário do Nordeste de Fortaleza é apontado como o jornal que mais prioriza as leis no conteúdo.

Em O Liberal do Pará os povos originários têm maior destaque qualitativo, os demonstrando de forma positiva enquanto beneficiários para políticas públicas, em especial as cotas na universidade federal. No caso do Zero Hora de Porto Alegre as reservas indígenas são abordadas explicitamente como entraves para o desenvolvimento econômico.

Quanto aos povos ciganos a invisibilidade dos meios ao segmento provocou a exceção de analisar como os jornais brasileiros abordaram a política do governo francês em relação aos mesmos.

Metodologia

O primeiro período escolhido é convergente com os debates da sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enfocam cinco pontos: políticas de ação afirmativa; cotas; Estatuto da Igualdade Racial; violência explícita contra juventude de comunidades periféricas; e implementação da legislação que trata da inclusão de conteúdos pedagógicos sobre a contribuição negro-indígena na história do país.

A metodologia é centrada em critérios jornalísticos como posicionamento da matéria dentro do veículo, utilização de fotografias e fontes selecionadas. O resultado final se dará com dados de até julho de 2011 e acrescentará mais 5 jornais e uma revista.

Críticas

Jocélio Telles de Souza, diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da UFBA, ao analisar os dados apresentados destacou que o estatuto é um divisor de águas, até no jornalismo, e que alguns veículos dão espaço, mas muitos assumem o lado de "oposição feroz". Jocélio também aponta que a representatividade geográfica do relatório dá elementos para avaliar o preconceito regional e a constituição das elites pelo país.

Para o relatório final, Jocélio sugeriu que fossem aperfeiçoados os dados qualitativos que a pesquisa aponta em relação aos estereótipos e preconceito, assim como as definições sobre os grupos estudados e porque a exclusão de outros que habitam o país.
Leia Mais:
Estatuto da Igualdade Racial é tímido ao abordar comunicação

Projeto prevê que rádios determinem horário da Voz do Brasil

Por Jacson Segundo, do Observatório do Direito à Comunicação

No ar há 76 anos e conhecido por cerca de 90 % da população brasileira, o programa de rádio A Voz do Brasil caminha para não ter mais horário fixo de transmissão, às 19h. Algumas rádios já não transmitem nesse horário por meio de liminares obtidas na Justiça. Mas nesta terça-feira (24) a Câmara dos Deputados deu um passo importante para que a flexibilização do horário da Voz vire lei, permitindo às emissoras – com exceção das educativas – escolherem aleatoriamente a transmissão às 19h, às 20h ou às 21h.

O projeto aprovado nesta terça-feira na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara – por unanimidade - é de 2003 (PL 595) , de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Originalmente ele propunha uma flexibilização maior nos horários (19h30 a 00h30) e ainda estendia a obrigação da exibição do programa para a TV. Além disso, o texto original não diferenciava as emissoras pelo tipo, criando a flexibilização para todas.

Tudo isso foi mudando ao longo do tempo. O projeto já passou pelo Senado e para se tornar lei definitivamente falta ainda tramitar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo Plenário da Câmara.

Para as rádios que optarem em transmitir o programa fora do horário padrão, às 19h, o projeto atual as obriga a avisarem a hora certa em que ele irá ao ar. Ele mantém a necessidade da transmissão do programa durante 1 hora seguida e também o atual formato: 25 minutos para o Poder Executivo, 5 minutos para o Judiciário, 10 minutos para o Senado e 20 minutos para a Câmara.

Diferença

O projeto aprovado na CCTCI cria uma diferenciação perigosa entre as rádios. Ele permite todas, inclusive as comunitárias, a escolherem o horário que desejam transmitir A Voz do Brasil. Só mantém a obrigação para as emissoras educativas. “Lamento que o projeto nos deixou de fora. Não houve sensibilidade que, por um motivo diferente das comerciais, nós temos também uma preocupação de atingir o ouvinte dentro de suas diferentes necessidades”, critica Orlando Guilhon, vice-presidente da Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub).

A justificativa do relator do projeto, José Rocha (PR/BA), é que a flexibilização para essas rádios poderia alterar seu caráter. “Julgamos pertinente que a transmissão da Voz do Brasil no horário das 19 horas seja preservada como marca indissociável das emissoras educativas no cumprimento de suas finalidades sociais ”, diz o deputado. As emissoras legislativas só podem, de acordo com o projeto, flexibilizar a transmissão da Voz quando houver sessões deliberativas nas Assembleias e Câmaras às 19h.

Por trás desse discurso, há claramente interesses comerciais em jogo. Não é à toa que uma das principais interessadas na aprovação do projeto é a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). O interesse das rádios comerciais é vender publicidade no horário das 19h, que é um dos mais nobres do veículo.

O representante da Arpub entende que é necessário flexibilizar o horário para todas as emissoras. Ele argumenta que as educativas muitas vezes têm interesse em transmitir eventos esportivos e culturais que acontecem entre às 19h e 20h. “É para cumprir a missão pública de comunicar”, afirma Guilhon, lembrando que as educativas serão prejudicadas na próxima Copa do Mundo, por exemplo, se o PL 595/03 se tornar lei, já que estão previstos jogos nessa faixa horária.

A obrigatoriedade das educativas em seguir um horário fixo também pode criar uma confusão. Muitas delas, apesar de serem gerenciadas por governos locais, possuem uma concessão comercial. Isso criaria uma diferenciação ainda maior, entre as próprias rádios do campo público.

Já o diretor da Federação dos Radialistas (Fitert) Chico Pereira acredita que o programa deveria continuar sendo transmitido às 19h em todas as rádios do país. Ele aponta que a transmissão da Voz mais tarde vai prejudicar principalmente os cidadãos das zonas rurais, que forma boa parte dos ouvintes da atração. “Tem gente no campo que nem ouve a Voz do Brasil por causa da hora porque às 4h ele já está se encaminhando para o trabalho”, argumenta Chico, que enfatiza que A Voz do Brasil é uma das principais fontes de informação para esse público.

História

O programa foi criado em 1935 durante o governo de Getúlio Vargas com o nome de Programa Nacional. De 1934 a 1962, foi ao ar como Hora do Brasil, sendo que em 1938 passou a ter veiculação obrigatória, somente com divulgação de atos do Poder Executivo, das 19h às 20h.

Apenas com a aprovação do Código Brasileiro de Telecomunicações, em 1962, é que o Poder Legislativo passou a ocupar a segunda meia hora do noticiário do programa e, em 1971, passa a se chamar A Voz do Brasil. Em 1995, A Voz entrou para o Guiness Book como o programa de rádio mais antigo do Brasil

TV Digital: Brasil vai treinar técnicos chilenos

Do Tela Viva news

O Chile e Brasil assinam acordo de capacitação Brasil e Chile firmaram nesta terça, 24, um projeto de cooperação técnica na área de TV Digital. Segundo nota do Ministério das Comunicações, o acordo estabelece que o governo brasileiro, por meio do Minicom e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), capacitará tecnicamente profissionais, acadêmicos, técnicos e estudantes chilenos em todos os aspectos que envolvam a implantação da TV Digital naquele país. O acordo foi assinado pelo secretário-executivo do MiniCom, Cezar Alvarez; o subsecretário de Telecomunicações do Chile, Jorge Atton; e o conselheiro da ABC, Ricardo Peixoto.

O projeto de cooperação prevê atividades como cursos sobre transmissão e recepção de TV Digital, produção de conteúdos e fiscalização. O acordo também estabelece a realização de seminários específicos sobre o middleware Ginga

segunda-feira, 23 de maio de 2011

CONVOCATÓRIA 6ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL

Evento que celebra o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul dedica-se a apresentar filmes sul-americanos que discutem temas atuais de direitos humanos no nosso continente. Realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira / Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras, em 2010, a Mostra foi apresentada em 20 capitais brasileiras: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina, circuito que tem se ampliado a cada edição.

A curadoria é de Francisco Cesar Filho e a programação compreende uma seleção de filmes contemporâneos, que desde 2008 são também escolhidos por meio de chamada pública, além de uma retrospectiva histórica, homenagens e programas especiais. Em suas recentes edições, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul promoveu homenagens ao projeto brasileiro Vídeo nas Aldeias e aos argentinos Cine Ojo (produtora) e Ricardo Darín (ator).

Nas três últimas edições as retrospectivas históricas tiveram por tema “infância e juventude”, “iguais na diferença” e “direito à memória e à verdade”.

CONVOCATÓRIA:
Prevista para os meses de outubro e novembro de 2011, a 6a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul abre chamada para receber trabalhos audiovisuais para análisede sua curadoria. O evento é voltado a obras realizadas em países da América do Sulfinalizadas a partir de 2008 cujo conteúdo contemple aspectos relacionados aos direitoshumanos.Não há restrição quanto à duração, gênero ou suporte de captação/finalização. As exibiçõesserão em suporte digital. A Mostra não é competitiva, no entanto as obras mais votadas pelopúblico serão contempladas com o Prêmio-Exibição TV Brasil nas categorias curta, média elonga-metragem.

A ficha de inscrição deve ser preenchida e enviada para a organização da Mostra através do site www.cinedireitoshumanos.org.br. Cópias em DVD acompanhadas de sinopse, foto, ficha técnica e contato devem ser encaminhadas até 30 de junho de 2011 para:
6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
04021-070 São Paulo/SP

Internet: Cidades da Copa terão prioridade para receber tecnologia 4G

Do portal Portugal Digital

O governo federal vai priorizar as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 na implantação da quarta geração (4G) da telefonia móvel no Brasil , disse ao G1 o diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra de Oliveira.

As 12 cidades-sede são Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

O 4G é o nome dado a um conjunto de tecnologias e padrões de transmissão de dados e voz por redes de telefonia celular. Alcança velocidades de cerca de 100 megabit (Mbps), uma taxa de transmissão cerca de dez vezes maior do que a máxima obtida atualmente pelo 3G, que é de 7 Mbps 2 – o que as prestadoras vendem como plano de 1 Mbps.

“O 4G é para o celular, mas pode ser para o modem também. Além da velocidade com mobilidade, a vantagem do 4G é que, como é banda larga sem fio, permite chegar a lugares que não chegam atualmente, como a periferia”, afirmou Oliveira.

Emprego: empresa de Saúde contrata gerente de Comunicação e Marketing

Deu nos classificados.
O Grupo Aliança, que atua no segmento da Saúde, está selecionando um gerente de Comunicação e Marketing. Não informam o salário, nem o local de atuação, mas creio que seja em Brasília.
O candidato deverá ser responsável por planejar e administrar as atividades de Comunicação e Marketing, divulgação, relacionamento com a mídia e gerir as mídias do próprio grupo.
Quem se interessar, enviar e-mail para rh@grupo-alianca.com tendo a mensagem como título o nome da vaga, em negrito ai em cima.

Curriculo do curso de Comunicação Social: retomando o debate esquecido

Por Jean Oliveira*

Daqui a menos de dois meses, precisamente no dia 5 de julho, todos os conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE) voltam a se reunir e, embora a pauta ainda não esteja definida, é provável que as Diretrizes Curriculares Nacionais de Jornalismo entrem na discussão. O tema é polêmico, pois a proposta elaborada por uma comissão de nove especialistas, e chancelada pelo Ministério da Educação (MEC), prevê a transformação da habilitação de Jornalismo em um curso específico, o que pode culminar com a extinção do curso de Comunicação Social. Além disso, a comissão também propõe algumas mudanças que inclinam substancialmente este "novo" curso na direção das demandas do mercado de trabalho. E pior: para um mercado em constante transformação, que já não é mais aquilo que foi nas décadas passadas e, muito provavelmente, continuará mudando nas próximas.

É indiscutível o direito de uma categoria profissional ou de um campo acadêmico, através de suas entidades, reivindicar mudanças no curso responsável por formar os profissionais daquela área. Assim como também é legítima a defesa da manutenção de um curso que pode fornecer mão de obra qualificada para as novas funções, atribuições e profissões da área da Comunicação Social. Profissionais estes que assimilem as transformações pelas quais este campo profissional, político e acadêmico vêm passando nos últimos anos.

O longo silêncio do MEC e dos conselheiros do CNE são motivos de preocupação. Nenhuma palavra foi proferida em público sobre o assunto desde a audiência realizada em outubro do ano passado e, quando se tenta contatar diretamente os relatores do projeto (os conselheiros Reynaldo Fernandes e Arthur Roquete de Macedo), a assessoria do CNE informa que os mesmos não querem falar sobre o assunto, pois ainda estão analisando o projeto. Também preocupa ver tanta gente trabalhando direta ou indiretamente pela extinção do curso de Comunicação Social, entre os quais o MEC e uma significativa parte da comunidade científica da comunicação, da qual faz parte o "campo do Jornalismo", que também conta com a aderência de seu braço sindical. Os interesses podem ser distintos, mas, ao que parece, atuam de forma articulada. Analisemos os fatos.

A proposta "padronizadora" do MEC

Em ofício do dia 23 de abril de 2010 (OF. CIRC-SE/Andifes nº 064/2010), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) enviou às universidades um documento elaborado pela Secretaria de Ensino Superior (SESU) do MEC intitulado "Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura". Não se sabe ao certo quais universidades receberam e quantos professores realmente chegaram a tomar conhecimento do tal documento. O que sabemos é que com ele o MEC pretende: 1) limitar a menos de 100 o número de cursos de graduação que poderão funcionar no Brasil; 2) padronizar a nomenclatura dos cursos; 3) exigir que as universidades adotem currículos padronizados. Impressiona o poder de síntese e a eficiente técnica "padronizadora" do ministério. No documento, cada um dos noventa e poucos cursos merece exatamente uma página de "referenciais curriculares", divididos em quatro partes: perfil do egresso; temas abordados na formação; ambientes de atuação; e infraestrutura recomendada. Cada um destes itens não conta com mais do que seis linhas.

Com relação especificamente ao curso de Comunicação Social, outra surpresa: as seis habilitações vigentes desde 2001 (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Cinema, Relações Públicas, Produção Editorial e Rádio e TV) se transformam em cinco cursos isolados. Os quatro primeiros ganham "independência"; Produção Editorial desaparece; e Rádio e TV passa a se chamar Rádio, TV e Internet. O questionamento quanto ao destino da habilitação de Produção Editorial também se faz em relação a cursos da área de comunicação que não são habilitações de Comunicação Social, como Produção Cultural, Estudos de Mídia, Midialogia, Educomunicação, Comunicação Integrada, entre outros.

Mas porque o MEC se esforça tanto para padronizar os cursos superiores e, por conseqüência, limitar a função da Universidade de perceber as demandas sociais para criar cursos que atendam a estas demandas? Será que isso tem alguma coisa a ver com a tal da Reforma Universitária, com o Reuni, ou com as imposições do FMI e do Banco Mundial para nossa educação?

Interesses acadêmicos

A transformação das habilitações em cursos isolados não tem fim em si mesma, ou seja, não significa apenas um movimento de reorganização da formação dos diferentes profissionais da área de comunicação. É sim um movimento político-acadêmico, coordenado pela elite do campo acadêmico da comunicação no Brasil. Esta elite atuou na criação da maioria das entidades científicas do campo no país e, nos últimos anos, vem batalhando pela afirmação do pesquisador brasileiro e latinoamericano perante a comunidade acadêmica internacional do setor, historicamente hegemonizada pelos "falantes" do inglês e do francês (não por acaso estes idiomas concentram a maior parte da bibliografia mundial do campo da comunicação e são exigidos na maioria dos cursos de mestrado e doutorado em comunicação no Brasil).

No entanto, este processo de afirmação internacional depende, e muito, de movimentações nacionais. Para ser mais claro e objetivo, depende de financiamento público. Financiamento é um problema para a pesquisa científica em países subdesenvolvidos e só se consegue com o crescimento do reconhecimento, do prestigio, da importância. Haja vista o que ocorre na maioria das universidades brasileiras, onde as ciências biológicas e exatas, sobretudo a medicina, a engenharia e a informática, recebem muito mais recursos que as ciências humanas. Deste cenário nada favorável surge um projeto de financiamento público da pesquisa cientifica em comunicação com o objetivo de trazer reconhecimento internacional a este campo: tirar o curso de Comunicação Social do "guarda-chuva" das Ciências Sociais Aplicadas e transformá-lo num novo "guarda-chuva". Assim, na concepção destes pesquisadores, a transformação das habilitações em cursos isolados se tornou indispensável.

O "campo do Jornalismo"

Não há como negar que os maiores entusiastas da transformação da habilitação de Jornalismo em curso isolado são as entidades autodenominadas como integrantes do "campo acadêmico-profissional do Jornalismo". Para a Fenaj (jornalistas), o FNPJ (professores) e a SBPJor (pesquisadores), o Jornalismo já amadureceu suficientemente para ser alçado do limbo comum dos objetos de estudo para a pomposa seara dos campos acadêmicos. Até um mestrado específico em Jornalismo, da UFSC, estas entidades e seus dirigentes já ajudaram a criar.

Também não há como negar a relação entre a principal bandeira do movimento sindical dos jornalistas e o processo de reforma das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso. É visível que a luta pela obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão fez com que a elite dos sindicalistas do Jornalismo investisse num processo de (super)valorização do curso, como se não houvesse vida inteligente antes de seu tardio surgimento no Brasil, em meados da década de 1940. Como se não tivesse havido jornalismo de qualidade em nosso país antes da igualmente tardia obrigatoriedade do diploma, instituída por decreto em 1969. E mais, como se não houvesse graves problemas no processo de formação dos profissionais "diplomados", como cursos sem estrutura laboratorial adequada e com corpo docente mal preparado, além dos conhecidos problemas do mercado de trabalho, que não se resolveram com diploma. Os principais representantes deste campo acreditam que a resolução destes problemas se dará aumentando o status do curso, incentivando cada vez mais jovens a optar por esta carreira, e restringindo o exercício profissional aos possuidores do diploma universitário. Uma concepção, no mínimo, burguesa da profissão e da sociedade.

Projeto único

Sem projeto concreto que se contraponha, ou pelo menos que se apresente como alternativa, ao projeto do MEC, entidades que foram protagonistas da última reforma curricular do curso de Comunicação Social, aprovada em 2001, acabaram ficando à margem do processo. A Intercom, a mais importante instituição científica de comunicação, não se envolveu nas discussões tanto como há dez anos, ou melhor, se envolveu, mas apenas por meio da atuação particular de alguns de seus dirigentes na comissão de especialistas do MEC, como o próprio presidente da comissão, o notável professor José Marques de Melo, fundador e conselheiro da Intercom. Já a Compós, que representa os cursos de mestrado e doutorado em comunicação, fez uma discussão aprofundada e divulgou um documento em que faz algumas críticas ao projeto do MEC. No entanto, a entidade não demonstrou interesse em pressionar o governo a paralisar o atual processo. A posição das outras entidades acadêmicas varia entre algo parecido com a Intercom e a Compôs e a completa indiferença.

Com este quadro, a única voz dissonante, claramente exposta tanto por meio de posicionamentos públicos como também nas audiências convocadas para discutir o projeto, vem da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos). Durante o ano de 2010, a Enecos promoveu a campanha "Somos Todos Comunicação Social", na qual incentivaram os estudantes de Comunicação Social de todo o país a debater sua formação e avaliar a qualidade do ensino ofertado por suas faculdades. Além disso, a entidade publicou documentos criticando a proposta da comissão de especialistas e apontando suas principais divergências com o documento do MEC. Estas críticas e divergências também foram apresentadas nas audiências públicas realizadas no Rio de Janeiro, em 2009, e em Brasília, em 2010, para debater o assunto junto à sociedade. No entanto, ainda não foi apresentado, por nenhuma entidade, um projeto que acabe com o status de proposta única do documento chancelado pelo MEC.

Em defesa do curso de Comunicação Social

Longe de querer esgotar o assunto e apresentar um projeto acabado para ocupar este vazio, apresentamos aqui uma argumentação em defesa do curso de Comunicação Social. Em primeiríssimo lugar, ressaltamos que nenhuma das propostas que dizem respeito única e exclusivamente ao que acontece dentro das universidades, como currículos, laboratórios e professores, terão sentido se o mundo e o mercado de trabalho continuarem exatamente como estão. É mais do que urgente lutarmos por outro modelo de sociedade, menos capitalista e mais socialista, pela efetiva democratização das comunicações, pela construção de um grande e eficiente sistema público de comunicação, além das lutas específicas dos trabalhadores como redução da jornada sem redução nos salários, fim do assédio moral, salários dignos, mais benefícios e mais empregos. Neste sentido, é imprescindível a unidade dos trabalhadores da comunicação, desde os gráficos até os blogueiros, passando por jornalistas, fotógrafos, ilustradores, publicitários, cineastas, call centers e todos os demais. Não perceber a grande influência que os problemas do mundo e da profissão exercem sobre o processo de formação dos profissionais é simplesmente não compreender por completo a questão em discussão.

Com relação à latente possibilidade de extinção do curso de Comunicação Social, volto ao segundo parágrafo deste artigo. É legítimo, embora haja controvérsias, a reivindicação de "independência" de qualquer habilitação. O Cinema já a conquistou em 2006 e as Relações Públicas também estão em processo semelhante. Muito em breve será a vez de Publicidade e Propaganda, Rádio e TV e Produção Editorial (este último, se não for extinto pelos amargos "Referencias Curriculares Nacionais" do MEC). No entanto, estamos propondo a manutenção do curso de Comunicação Social, como opção acadêmica, para os que não se identificarem com os cursos específicos, e como opção profissional, para as diversas funções, atribuições e habilidades as quais os cursos específicos não conseguirão contemplar.

É só nos debruçarmos atentamente ao atual mercado de trabalho da área de comunicação, mesmo com todas as deficiências que tem, e veremos que boa parte (prefiro não me arriscar a dizer que são a maioria, embora eu acredite mesmo que seja) dos profissionais atua em algo que não pode ser rotulado como Jornalismo, Publicidade ou Cinema, por exemplo. São produtores de mídia, analistas de mídias sociais, assessores de comunicação, "marketeiros virais", educomunicadores, entre tantas outras denominações. Lembro-me de um professor que, ao questionar a burocracia dos diplomas, explicava que no mercado de trabalho são muito poucos os que se formam com um "rótulo" (curso) e trabalham neste mesmo rótulo durante toda a vida pós-universitária. E isso é tão verdade que a maioria dos jornalistas já fizeram outra coisa na vida que não pode ser considerado Jornalismo.

Para os que consideram esta realidade da profissão o resultado da precarização da profissão de jornalista, sugiro uma reflexão: qual é a melhor forma de se combater a precarização? Defendendo um duvidoso fortalecimento da formação profissional (digo duvidoso, pois apenas o curso específico e a obrigatoriedade do diploma não mudam em nada a qualidade da formação) ou lutando pelo cumprimento da legislação trabalhista, contra o assédio moral que assola as redações, por políticas públicas que criem empregos qualificados para os jornalistas e pela democratização dos meios de comunicação? Qual caminho parece mais eficiente? Bom, na dúvida, porque não seguirmos os dois?

Várias propostas concretas para melhorar os cursos de Comunicação Social, sugestões sobre currículo, laboratórios, estágio, corpo docente etc, poderiam ser elencadas. Mas não é este o propósito deste artigo. Limitamos-nos a defender a importância social, acadêmica, política e profissional dos cursos de Comunicação Social. Não sei se conseguimos atingir o objetivo. De qualquer forma, o que importa é o debate. Vamos a ele?

Documentos citados

Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Jornalismo da Comissão de Especialistas do MEC. Disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/documento_final_cursos_jornalismo.pdf

Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Comunicação Social vigentes desde 200. Disponível em http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf

Posicionamento da Compós sobre a proposta da Comissão de Especialistas do MEC. Disponível em http://www.compos.org.br/data/biblioteca_1435.pdf

Posicionamento da Enecos sobre a proposta da Comissão de Especialistas do MEC.Disponível em
http://cabenevidespaixao.wordpress.com/2010/10/15/enecos-em-movimento-pelas-novas-diretrizes/

OF. CIRC-SE/Andifes nº 064/2010 (mimeo)

Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura (mimeo)


*Jean Oliveira é estudante de Comunicação Social/Jornalismo na Facha-RJ,
estagiário nos departamentos de Comunicação do Sindipetro-RJ e da CUT-RJ
e ex-coordenador da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos).
As opiniões aqui postadas são deresponsabilidade de seus autores

domingo, 22 de maio de 2011

SJP-SP repudia “mordaça” em jornalistas nas redes sociais

Do Portal Vermelho

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo emitiu uma nota, na última quarta-feira (18), em que repudia a adoção de manuais e guias com diretrizes para o uso das redes sociais por jornalistas. Segundo a entidade, estes guias servem para cercear a liberdade de expressão dos jornalistas no uso das redes sociais.
"O Sindicato acredita que decisões como estas não coadunam com os discursos liberais dos empresários de comunicação, que se consideram os detentores da liberdade de expressão, mas que na prática amordaçam seus profissionais", declara a nota publicada no site.

Foram citados casos recentes, em que jornalistas foram demitidos ou punidos por declarações feitas em redes sociais. Um desses casos é o do jornalista Alec Duarte, da Folha de S.Paulo, e de Carolina Rocha, do Agora SP. Os dois foram demitidos por postar comentários no Twitter.

Os tuites criticavam os procedimentos realizados pelos veículos durante a cobertura do falecimento de José Alencar. Outra demissão foi a de Felipe Milanez editor da revista National Geographic, ligado ao grupo da editora Abril. Milanez ganhou a rua por criticar uma matéria da revista Veja, ligada à Abril.

UOL, Globo e Folha de S.Paulo adotaram manuais que regulamentam o uso institucional das redes sociais. Algumas das orientações passadas são: evitar posições partidárias e políticas, não antecipar o conteúdo de reportagens que serão publicadas, e não fazer declarações sobre os bastidores das redações.

Meios de comunicação internacionais também criaram sua própria legislação como a Reuters, Associated Press, Wall Street Journal, New York Times, Washington Post, ESPN e Bloomberg. O manual com melhores práticas para jornalistas em redes sociais pode ser baixado no site da Asne, associação nacional de editores de notícas dos EUA.

Sem contrapartida

Guto Camargo, presidente do sindicato, explica o posicionamento da entidade contra os manuais para as redes. "Hoje, com o forte impacto que a internet tem, as empresas obrigam os jornalistas a produzir conteúdo para a internet. Com isso, a empresa agrega valor e prestígio para seu veículo, mas não há contrapartida financeira para o jornalista", explica. "Agora querem regular a priori o que é publicado nas redes".

Com a internet, o controle da informação ficou mais difícil, pois não necessariamente passa pelo crivo editorial dos veículos, como sempre aconteceu com os impressos. Para Camargo, a intenção desses manuais é controlar a informação.

"A internet abriu um novo flanco, onde o jornalista pode escrever algo sem o crivo da empresa, podendo publicar algo que o jornal não publicou. Hoje ele pode divulgar informações que o jornal se recusaria por meio destas novas tecnologias. Os manuais impedem a possibilidade do jornalista de divulgar de forma independente", diz.

Ele reitera que a responsabilidade por possíveis transgressões na prática jornalística não deve ser transferida para a empresa, mas sempre ser balizada pelo Código de Ética. "Todo jornalista deve seguir o Código de Ética e estar ciente que tem responsabilidade pelo que publica. Tem que se pautar pelo parâmetros éticos. Isso a sociedade e o leitor pode, e deve, cobrar".

Camargo diz não concordar com a dinâmica e sua eficácia no combate às infrações. "Primeiro, deve-se responsabilizar devidamente quem publica e punir a transgressão se for necessário. O direito de liberdade do jornalista implica no dever de arcar com as consequências do que divulgar. Isto é uma prerrogativa do jornalista, e não da empresa."

sábado, 21 de maio de 2011

Homenagem aos 60 anos da jornalista Jacira da Silva.

Do SJP-DF

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal congratula a jornalista Jacira da Silva pelos seus 60 anos, a serem comemorados neste sábado, dia 21 de maio. Primeira e única mulher a comandar o SJPDF, entre 1995 e 1998, ela segue na luta pela categoria, sendo ativa participante das atividades sindicais.

Jacira é uma das fundadoras da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do DF (http://cojiradf.wordpress.com/), que desenvolve importante trabalho de apoio aos profissionais negros/as e sensibilização das redações para as políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial.

Militante do PT, a ex-presidente do SJPDF faz parte do Movimento Negro Unificado (MNU), do Coletivo de Articulação em Defesa das Cotas Raciais no Ensino Superior, do Fórum de Mulheres Negras do DF e do Fórum de Educação e Diversidade Étnico-Racial do DF. Jacira da Silva também edita o blog Negritude DF (www.negritudedf.blogspot.com)

O SJPDF agradece suas contribuições para o movimento sindical e para a população do DF de forma geral. Desejamos que os próximos anos sejam repletos de saúde e energia para conquistas pessoais, familiares e coletivas.

Programa das Nações Unidas seleciona assistente de comunicação

O Programa de Voluntários das Nações Unidas seleciona, até 29 de maio, assistente de Comunicação para o Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia para atuar no escritório do ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, em Brasília. O (a) profissional selecionado (a) será responsável pela atualização regular do site do Programa Interagencial, produção e divulgação de boletim informativo.

Podem candidatar-se profissionais com graduação em Jornalismo ou Comunicação, com no mínimo de 2 anos de experiência, habilidade para trabalhar em grupo, conhecimentos nos campos das questões de gênero, raça e etnia e em Pacote Office (MS Office, Excel, Word e Power Point). Os candidatos deverão ter nacionalidade brasileira, no máximo 25 anos e fluência em Inglês e Português.

Os (as) candidatos (as) interessados (as) que preenchem os requisitos do Termo de Referência deverão enviar o currículo, incluindo duas referências e carta de apresentação para unv.brasil@undp.org, até 29 de maio, com o texto "UNV Communications Assistant – Gender & Race" no assunto da mensagem.

Mídia digital deve receber 15% do bolo publicitário mundial em 2011

Por Michelle Clancy, da Rapid TV via Pay TV news

Quando se trata de entretenimento online, o vídeo é reconhecido como um formato poderoso de comunicação e pode proporcionar uma experiência online melhorada, com a publicidade se tornando a principal fonte de receitas para os prestadores deste tipo de entretenimento. Cerca de 15% das despesas publicitárias em todo o mundo estarão voltados canais de mídia digital em 2011, aponta estudo da BuddeComm.

A crise econômica impactou o crescimento das despesas publicitárias em geral, mas há sinais de recuperação em 2011, com a publicidade online crescendo e a propaganda em TV mantendo sua popularidade.

Segundo o estudo, a ascensão de canais de mídia digital tem colocado pressão sobre os meios de comunicação tradicionais e locais de entretenimento nos últimos anos. Isto, combinado com uma desaceleração econômica, levou a distúrbios no setor de mídia. As empresas de mídia digital são as líderes em crescimento, mas estão previstos desenvolvimentos paralelos, como, por exemplo, pela TV digital, utilizando as redes de radiodifusão tradicionais.

O sucesso das empresas de mídia digital pode ser parcialmente atribuído à disposição em competir em diversos mercados e implementar inovações. Empresas como Google, Microsoft, Amazon, Facebook, Apple, Twitter, e assim por diante, estão continuamente à procura de outras oportunidades de desenvolvimentos em matéria de mobilidade, e-commerce, home media centers, mídia social, video on demand e infraestrutura. Como o entretenimento online é baseado em um ambiente virtual, é esperado que a tecnologia de computação em nuvem torne-se uma ferramenta útil da infraestrutura para o futuro.

Crescimento

A nova pesquisa descobriu que o vídeo online é uma área em crescimento e que, em 2011, o Hulu já tem mais de 300 anunciantes que utilizam seus serviços. No Oriente Médio, a base de usuários de banda larga em rápido crescimento oferece um mercado de mídia digital potencial. Os recentes acontecimentos na região destacam o potencial papel e o impacto social da mídia digital. A pesquisa mostra ainda que há um movimento crescente para combater a pirataria de música e serviços de download ilegal na região. O Facebook, que está se expandindo sua atuação para o VOD online, continua a aumentar sua oferta de serviços e se tornou um verdadeiro concorrente para o Google. Classificado como o 22º do mundo, o Egito tem a maior comunidade do Facebook na África, crescendo a mais de 100% ao ano.

A BuddeComm também observa a evolução significativa no mercado: o sucesso do serviço do Google YouTube, com base em vídeos gerados por usuários, tem sido bem documentado, e em 2011, o YouTube continua a dominar em termos de espectadores e números de streaming. O YouTube também busca ampliar seus serviços para além de apenas vídeos gerados por usuários, formando parcerias com provedores de conteúdo on-line de filmes.

A BuddeComm observou ainda outros modelos de negócios que surgiram e estão mostrando sucesso, especialmente para filmes e programas de TV online. O Hulu é um excelente exemplo disto e o Netflix, que opera na América do Norte, também está ganhando destaque. Em 2011, as redes sociais começaram a oferecer serviços de VOD online através de uma parceria entre Facebook e Warner Bros. Novos canais de distribuição de vídeos sob demanda estão se abrindo. O sucesso dessas parcerias será observado de perto pela indústria.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vaga para jornalista no Rio de Janeiro

Agência de comunicação,sediada no Centro do Rio de Janeiro, procura jornalista com experiência em redação, preferencialmente em editoria de Saúde.
Requer-se excelente texto jornalístico, experiência em reportagem e edição de revistas e jornais corporativos.
Oferecem ticket alimentação, vale transporte e assinam a carteira.
O salário, R$ 2 mil, não é lá grandes coisas. É menor do que o piso salarial pagos aos recém formados em Alagoas.
Quem quiser encarar, envie CV para: vagasjor@gmail.com

Canal chileno recebe multa de US$ 32 mil por comentários homofóbicos

Do portal Opera Mundi

O Conselho Nacional de Televisão do Chile aplicou uma multa de US$ 32 mil à emissora Chilevisión pelos comentários homofóbicos de dois humoristas que se apresentaram em fevereiro no Festival Internacional da Canção de Viña del Mar. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (19/04), foi adotada por unanimidade pelos 11 membros do órgão que "levaram em conta a dignidade das pessoas". As brincadeiras foram consideradas grotescas e vulgares.
Veja a apresentação de Mauricio Flores no festival deste ano:


Representantes da televisão aberta consultados pela Agência Efe disseram que a multa é a mais alta já aplicada pelo Conselho. A decisão foi divulgada um dia após o Dia Internacional contra a Homofobia. O Chilevisión, um dos canais abertos locais, foi responsável neste ano por organizar o evento, considerado o mais importante da América Latina.

Segundo o jornal La Segunda, a apresentação do chileno Mauricio Flores, um dos humoristas que subiu ao palco da Quinta Vergara, sede do Festival, que há anos interpreta um homossexual, foi o mais criticado pela maioria dos meios de comunicação locais. Já Oscar Gangas, o outro comediante que fez brincadeiras homofóbicas, disse ao jornal que a multa já "era esperada em um país tão hipócrita como o Chile".

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Livro sobre a história do Coojornal serlá lançado em junho

O livro Coojornal - um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar' será lançado no
próximo dia 9 de junho no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul, às 19h. Na ocasião será apresentado o livro de 272
páginas, reunindo 33 reportagens do Coojornal, e mostrado o documentário com
uma hora de duração que acompanha o livro. No dia seguinte, haverá um debate
reunindo antigos integrantes da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre,
como Elmar Bones, José Antônio Vieira da Cunha, Ayrton Centeno e Jorge
Polydoro. De 9 a 15 de junho, estará aberta uma exposição de capas do
mensário no Vestíbulo Nobre da Assembleia.

As reportagens do livro refletem o Brasil da segunda metade dos anos 1970 e
a luta pela redemocratização do país. Tratam de temas como anistia,
sequestro dos uruguaios, a revolução da Nicarágua, as ditaduras militares do
Uruguai, Argentina e Bolívia, as greves no ABC paulista, a guerrilha do
Araguaia, os cassados pelo regime militar, a prática da degola nas
revoluções gaúchas e documentos secretos do Exército sobre o combate à
guerrilha, além de perfis de Golbery do Couto e Silva, José Lutzenberger,
Teixeirinha e Dom Vicente Scherer. Fazem parte ainda entrevistas com Chico
Buarque, Elis Regina, Henfil, Hélio Silva, Caetano Veloso e Luis Fernando
Verissimo como o Analista de Bagé. As reportagens são de nomes como Elmar
Bones, Caco Barcelos, Licínio Azevedo, Eduardo Galeano, André Pereira,
Geraldo Hasse, Luiz Cláudio C unha, Hamilton Almeida Filho, Palmério Dória,
Eduardo Bueno, Juarez Fonseca, Zélia Leal, Rafael Guimaraens, Ayrton Centeno
e outros, com fotos de Daniel de Andrade, Luiz Eduardo Achutti, Eduardo
Tavares, Ricardo Chaves, Jacqueline Jones, Eneida Serrano, Roberto Silva e
Luiz Abreu. A obra traz ainda charges, cartuns, caricaturas e textos de
humor de Edgar Vasques, Fraga, Santiago, Juska, Batsow, Pedro Sosa, Ferre e
muitos outros humoristas daquela geração.

'Coojornal - um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar' é editado pela
Libretos, com patrocínio cultural da Caixa Econômica Federal e da Petrobras
e apoio da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/Drpac.

Programa EcoSenado é finalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2011

Criação de Peixes em Canais de Igarapés, programa da série EcoSenado gravado em abril do ano passado nos arredores de Manaus, no Amazonas, é finalista da etapa distrital do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2011.

O tema é um projeto desenvolvido por técnicos do INPA para levar alternativas de renda ao pequeno produtor rural assentado pelo INCRA na Amazônia, substituindo outras formas de exploração da terra que provocam danos à floresta.



Para ver o programa, clique aqui.

Aula online ensina a diagramar jornais e revistas

Do SJP-RS

Os Cursos Educar estão promovendo um curso online de diagramação, para produção de jornais a revistas a partir do Adobe InDesign, até o fechamento e impressão. As aulas começam a partir da matrícula, que pode ser feita a qualquer momento, e duram um mês. O conteúdo completo do curso está no site www.cursoseducar.com.br.

Brasil: Acessos à internet por banda larga já passam dos 40 milhões

Do portal Portugal Digital

Brasília - O total de acessos em banda larga no Brasil chegou a 40,9 milhões em abril, segundo balanço da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). O levantamento considera a banda larga fixa e móvel, incluindo os modems de acesso à internet e os telefones celulares de terceira geração (3G).

Nos últimos 12 meses, foram registrados 14,2 milhões de novos acessos, o que representa uma evolução de 53,2% sobre o período imediatamente anterior.

A banda larga móvel teve um aumento de 77,4% entre abril de 2010 e o mês passado. Na banda larga pelas redes de telefonia fixa, o crescimento, no mesmo período, foi de 24,7% .

O número de modems de acesso à internet pela rede móvel subiu de 5,2 milhões para 6,4 milhões nos últimos 12 meses. Nos celulares 3G, que permitem conexão à internet rápida, o número de acessos saltou de 9,2 milhões para 19,1 milhões.

Segundo a Telebrasil, o percentual de aumento da velocidade média dos acessos em banda larga fixa, que foi de 70% entre 2008 e 2010, passou de 1 megabit por segundo (Mbps) para 1,7 Mpbs. A velocidade das conexões em banda larga móvel cresceu 78% no ano passado e a velocidade média das conexões via celular ou por modems 3G passou a ser superior a 600 quilobits por segundo (Kbps) no fim de 2010.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

TV Paga: Oi, Telefônica e Embratel somam 23% dos assinantes

Do Teletime

Fechados os dados de todas as operadoras de TV paga referentes ao primeiro trimestre de 2011, o ranking de operadoras, segundo a Anatel, é o seguinte: Net Serviços lidera com 4,327 milhões de usuários (41,54% de market share).
Em seguida vem a Sky com 2,857 milhões de assinantes (27,43%). A Via Embratel é a terceira, com 1,375 milhão de clientes (13,2%); seguida da Telefônica, com 508,65 mil clientes (o que dá 4,66% de market share, mas esse número não inclui as operações de cabo da TVA, que somam mais 162 mil clientes, ou 2% de market share); seguidas pela Oi, com 348 mil clientes de TV paga (3,3% de market share).
Outros operadores somam 839 mil assinantes (8% do mercado). Resumo: empresas de telecom já têm 23% do mercado, mas ainda têm menos peso do que as duas operadoras dominantes, Net e Sky.

TV paga movimentou US$ 240 bilhões em 2010

Do TelaViva news

TV paga movimentou US$ 240 bilhões em 2010 A empresa de pesquisa Infonetics aponta que as pessoas não hesitam em pagar pelo conteúdo que consideram atraente, apesar da quantidade crescente de conteúdo livre, especialmente a partir de soluções over-the-top (OTT) e outras fontes de vídeo online. Uma pesquisa realizada pela empresa apontou que a receita mundial de IPTV, TV a cabo e de serviços por satélite cresceu para US$ 240 bilhões em 2010, um aumento de 11% em relação a 2009.

Das diferentes plataformas de televisão por assinatura, a IPTV foi a que cresceu mais significativamente, 45%, seguida por satélite, com 13%. Mesmo ainda representando a maior proporção de receitas, a participação do cabo no faturamento do setor diminuiu visivelmente.

Entre as empresas, a Comcast manteve a liderança em termos de número de assinantes, com 22,8 milhões de clientes do serviço de vídeo. A título de receitas, a DirecTV apresentou o maior ARPU da indústria. Os 20 líderes em receitas representam 53% do total nos serviços de vídeo.

As regiões que apresentaram maior crescimento foram Ásia-Pacífico e América Central e Latina, impulsionadas pela conversão analógico-digital e o forte crescimento de assinantes novos em mercados como Brasil, Índia, Malásia e México.

Comentando sobre as tendências reveladas na investigação, Teresa Mastrangelo, diretora analista para vídeo, diz que "estamos vendo o crescimento contínuo no mercado de TV paga, impulsionado pela capacidade em oferecer serviços de voz/vídeo/dados, e por uma ampla gama de conteúdos entregues de forma linear ou sob demanda, como o DVR multi-room e a distribuição em múltiplas janelas. Embora a operadoras de cabo continuem a ser desafiadas pela concorrência com os operadores de IPTV e satélite, o mercado global continua robusto, apesar da atratividade dos serviços de OTT".

O relatório da Infonetics Research está disponível aqui.

Curso capacitará jornalistas sobre refúgio e proteção internacional

Enviado pela Acnur

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o Instituto Humanitare realizam, na próxima segunda-feira (23/05), a 1ª Oficina Nacional de Jornalismo sobre Proteção Internacional de Refugiados.
Dividida em três módulos, a oficina será ministrada na sede do Humanitare, em São Paulo, com transmissão on-line para Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus e Brasília - cidades onde o ACNUR implementa seus projetos. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas a dez jornalistas por cidade. A oficina acontecerá das 9hs às 14hs.

A oficina reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros, com a participação de dois refugiados (da Colômbia e da Sérvia) que vivem no Brasil. Serão esclarecidos aspectos técnicos sobre refúgio, apatridia e deslocamento interno, além de especificidades da cobertura jornalística sobre este tema. O presidente do Comitê Nacional para Refugiados
(CONARE) e secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, é o convidado especial da oficina.

“Vamos oferecer uma capacitação de alto nível para contribuir com o trabalho da imprensa dentro e fora das redações, oferecendo subsídios para o entendimento amplo de questões contemporâneas fundamentais”, explica o representante do ACNUR no Brasil e um dos palestrantes da oficina, Andrés Ramirez.

A 1ª Oficina Nacional de Jornalismo sobre Proteção Internacional de Refugiados se insere no calendário de comemorações do ACNUR em 2011, que neste ano celebra o 60º aniversário da Convenção da ONU sobre o Estatuto do Refugiado, o 50º aniversário da Convenção da ONU sobre a Redução da Apatridia e o 150º aniversário de nascimento de Fridtjof Nansen, o primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações.

Para Sheila Pimentel, presidente do Instituto Humanitare, a oficina irá “aproximar a sociedade civil e as Nações Unidas, por meio do ACNUR, propiciando uma maior conscientização e um novo olhar da sociedade para refugiados, apátridas e deslocados internos”.

As inscrições para a 1ª Oficina Nacional de Jornalismo sobre Proteção Internacional de Refugiados são gratuitas, e os jornalistas interessados devem enviar e-mail para institucional@humanitare.org solicitando sua ficha de inscrição. As vagas são limitadas a dez jornalistas por cidade (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Manaus).

Os locais da oficina são os seguintes:

● Em São Paulo: Instituto Humanitare (Avenida Paulista, 726, 17o andar).
● Em Brasília: ACNUR (Edifício Brasília Shopping, Torre Sul, Sala 801).
● No Rio de Janeiro: Centro de Informação das Nações Unidas (Palácio Itamaraty, Avenida Marechal Floriano, 196, Centro).
● Em Porto Alegre: Associação Antônio Vieira (Avenida Luiz Manoel Gonzaga, 700).
● Em Manaus: Secretaria de Justiça (Rua Gabriel Salgado, s/n, Centro
- prédio anexo ao Palácio Rio Branco/Escola de Administração Penitenciária - 9º andar).

Para mais informações, entre em contato com as assessorias de comunicação do Instituto Humanitare (11.3254.7557) ou do ACNUR (61.3044.5744).

Estágio para estudantes de Jornalismo nos EUA

O International Center for Journalists seleciona estudantes internacionais de Jornalismo para estagiar em Washington de 12 a 14 semanas, entre setembro e dezembro, na Scripps Howard Foundation Wire, um serviço de notícias no qual 6 estudantes (cinco norte-americanos e 1 de outro país) têm a oportunidade de cobrir eventos em Washington e escrever matérias que podem ser publicadas em jornais nos EUA.

Mais informações, clique aqui.

Internet: Brasil tem condições de dobrar acessos em quatro anos

Da Agência Brasil e portal Portugal Digital

Brasília - O Brasil tem condições de dobrar o acesso à internet em quatro anos, na avaliação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Mas, segundo ele, para atender à demanda existente no país, é necessário triplicar o número de acessos. Para Paulo Bernardo, a universalização do serviço depende do aprimoramento da regulamentação do setor.

“Tem muita gente que quer ter acesso às tecnologias, mas não tem porque é caro ou não há oferta suficiente”, disse o ministro, após participar do seminário Estímulos à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no Setor de Telecomunicações, promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O ministro reforçou o interesse de empresas coreanas de oferecer sistema de acesso à internet no Brasil, mas disse que será preciso haver uma regulamentação para que isso ocorra. Ele esteve na Coreia na semana passada e discutiu o assunto com empresários.

Para o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, a agência reguladora tem progredido “a passos largos para aperfeiçoar a regulação, em especial no que diz respeito à qualidade dos serviços, direitos do consumidor, competição e convergência”.

Na avaliação de Sadenberg, as diferenças do setor no Brasil em relação aos países “mais avançados” são apenas em parte uma questão regulatória. “É necessário que os players [empresas que atuam no setor] desse mercado tenham um papel mais ativo, eu arriscaria mesmo a dizer mais ousado, e que atuem de maneira a não somente importar modelos de negócios, mas também a inovar, em todos os aspectos de suas atividades”, disse.

76% dos internautas adultos dizem navegar enquanto veem TV

Do Tela Viva news

O Ibope Nielsen Online divulgou números da pesquisa BuzzMetrics, que analisa a relação da programação da TV brasileira com as redes sociais. O estudo aponta que a proximidade da Internet com a televisão nos lares começa a estimular nos brasileiros o hábito de comentar online o conteúdo dos programas exibidos na telinha. Entre os adultos que usam a Internet, 76% afirmam que navegam enquanto assistem TV e, entre eles, 54% publicam comentários, 30% trocam torpedos e 67% trocam mensagens instantâneas. O estudo mostra que os maiores programas da TV têm potencial para gerar grandes picos de discussão nas redes sociais, hoje acessadas por 87% dos internautas brasileiros.

Gêneros

O BuzzMetrics investigou três assuntos televisivos muito discutidos na esfera social: futebol, reality shows e novela. Nos três, um mesmo fenômeno se repete: as discussões se aquecem sempre que eventos considerados importantes pelo público acontecem.

De dezembro de 2010 a abril deste ano, foram encontradas quase 5 milhões de mensagens que citavam o nome dos principais reality shows nacionais. Os principais picos quase sempre estão relacionados com eventos predeterminados pelos programas: eliminação, provas por liderança, abertura e encerramento dos programas.

No mesmo período, as mensagens que continham a palavra novela demonstram que o interesse do público pelo tema fica muito maior nos momentos finais da trama. Os maiores picos apontados são referentes ao último capítulo de duas novelas - "Passione" e "Tititi". O aumento das discussões online na reta final das teledramaturgias assemelha-se ao que ocorre com a audiência no decorrer de uma novela. O último capítulo geralmente desperta mais interesse dos telespectadores, mesmo daqueles que nem acompanham.

As mensagens com a palavra futebol chegaram a quase 2 milhões, apontando a mesma tendência do comportamento dos internautas que comentam reality shows e novelas. O fato mais importante desse tema foi a despedida do jogador Ronaldo dos gramados, que incrementou em 27% a audiência dos programas esportivos em relação à semana anterior e aumentou exponencialmente as discussões nas redes sociais sobre um tema tão comentado pelos brasileiros.

Timing

Ainda segundo o Ibope Nielsen Online, através da pesquisa Social TV foi possível perceber também que o período das 18 às 24h é o preferido por 85% dos usuários que comentam na Internet sobre o programa que estão assistindo na TV. Para o instituto, isto mostra que o futuro dos meios está na combinação entre eles.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Senado aprova CPI para investigar Ecad

Da Agência Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) já pode ser instalada. Nesta terça-feira, 17, a Mesa do Senado leu o requerimento para a criação da comissão, de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), última etapa para concluir a criação.
No fim de abril, os jornais ‘O Globo’ e Estado publicaram reportagens que revelaram o pagamento de direitos a um falso compositor. O pedido de criação da CPI foi encaminhado na quarta-feira, 11, e contou com 28 assinaturas de apoio. A comissão terá 180 dias para realizar seus trabalhos.
Na defesa pela abertura da CPI, Randolfe Rodrigues relembrou uma comissão criada pela Câmara em 1995 para apurar indícios de fraudes na entidade, como sonegação fiscal e abuso de poder econômico. Além disso, afirma que a gestão atual gera queixas entre usuários e artitas. “Os usuários pagam preços exorbitantes, sem qualquer critério racional. Os autores recebem importâncias diminutas, sem qualquer possibilidade de fiscalização e aferição dos valores que lhes são devidos”, acrescentou.
A instalação da CPI do Ecad ocorre num momento turbulento do Ministério da Cultura. Desde o início de sua gestão, a titular da pasta, Ana de Hollanda, vem sofrendo críticas frequentes de parte da classe artística, que pede a continuidade dos projetos de seu antecessor, Juca Ferreira. Um dos motivos de descontentamento refere-se ao projeto de revisão da Lei de Direitos Autorais, que teve o avanço barrado no Congresso por Ana de Hollanda. Diante das denúncias de fraude no Ecad, responsável pelo pagamento de direitos autorais, o debate sobre a necessidade de rever a legislação voltou à cena.
Nas últimas semanas, as denúncias de recebimento de diárias em dias de folga colocaram em dúvida sua permanência no cargo e fizeram o Planalto se articular em sua defesa.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Landell de Moura recebe o título de Cidadão Paulistano (in memoriam)

O padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio, recebe nesta 3ª.feira (17/5) o título de Cidadão Paulistano (in memoriam), em iniciativa proposta pelo Movimento Landell de Moura, com o apoio de Audálio Dantas e do informativo Jornalistas&Cia. O projeto leva a assinatura do vereador Eliseu Gabriel.
A cerimônia acontece às 19h, no Salão Nobre da Câmara (viaduto Jacareí, 100, 8º). A homenagem se insere numa extensa programação de celebração dos 150 anos de nascimento do padre Landell de Moura, em Porto Alegre. Ela foi antecedida pelo lançamento de um selo, pelos Correios, no dia 21 de janeiro, data de aniversário de lançamento do padre-cientista que, além de ter sido o primeiro ser humano no mundo a transmitir a voz humana sem fio, foi precursor da televisão e das fibras óticas, como demonstram fartamente documentação reunida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

domingo, 15 de maio de 2011

Direito autoral: Ecad pode ser alvo de CPI no Senado

Com informações da assessoria do senador Randolfe Rodrigues e da Agência Câmara.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) começou, na semana passada, uma mobilização pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue as recentes denúncias divulgadas na imprensa brasileira sobre o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Segundo o senador, a CPI vai investigar supostas irregularidades praticadas pelo Ecad na administração dos direitos autorais, a possibilidade de existência de cartel no arbitramento de valores de direitos de artistas e proponha mecanismo de fiscalização para o Ecad, tendo como base o Plano Nacional de Cultura. A CPI também permitiria conhecer o modelo de gestão da organização.

De acordo com Randolfe, a CPI não tem a ver com "qualquer intenção de extinguir o Ecad", mas busca incentivar a transparência no escritório. Segundo Rodrigues, a movimentação financeira do Ecad é superior ao orçamento do Ministério da Cultura. “As atividades do Ecad precisam ser fiscalizadas. Transparência é importante para o Brasil e, neste caso em especial, para a classe artística”.

Além de recolher as 27 assinaturas de senadores, necessárias para a instalação dessa CPI, Randolfe protocolará requerimento pedindo a realização de uma Audiência Pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, que debata o cenário de criação, desenvolvimento e atuação do Ecad.

Irregularidades no Ecad já foram alvos de CPIs na Câmara dos Deputados em Brasília e nas Assembléias Legislativas de São Paulo e Mato Grosso do Sul. No requerimento o Senador amapaense sugere que seja convidado o Deputado estadual Licenciado, Bruno Covas, que presidiu a CPI do Ecad na Assembléia Legislativa de São Paulo, um representante do Ministério da Cultura e o professor Alexandre Negreiros, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista nos temas direitos autorais e Ecad.

Para o senador é preciso que se faça uma fiscalização do órgão e de suas relações com o Ministério da Cultura. “O Ecad precisa ser fiscalizado para ser transparente e democrático. Assim poderemos garantir à população, o acesso aos direitos culturais conforme previsto no artigo 215 da Constituição federal”, declarou o Senador.

Jornalista publica denúncias de desvio de recursos públicos e sofre censura

Fonte: www.ivanvalente.com.br

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar, em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira 10, criticou a perseguição que vem sofrendo o jornalista Lúcio Flávio Pinto, que fez denúncias de desvios de recursos na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, no Estado do Pará.

Lúcio Pinto é jornalista do Jornal Pessoal e foi proibido, judicialmente, pelo juiz Almeida Campelo, de publicar qualquer informação envolvendo dois membros da família Maiorama, que é dona do maior conglomerado de mídia. Ambos, conforme as denúncias, estão envolvidos em desvios de recursos na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia.

“Isso é inaceitável. Nós aqui sempre clamamos pela liberdade de expressão, pela liberdade de manifestação, pela liberdade de opinião, desde que ela não seja discriminatória, fascista, racista, agressiva, liberdade de opinião não é liberdade de agressão a direitos fundamentais e à dignidade humana. Mas, nesse caso, do jornalismo, haver um impedimento determinado judicialmente de se publicar determinadas matérias, uma censura prévia, é de todo inaceitável”, disse Chico Alencar.

Lançada Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular

Fonte: www.ivanvalente.com.br

Foi lançada na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom). A iniciativa, que conta com o apoio de mais de 100 organizações da sociedade civil, tem o desafio central de pautar no Congresso Nacional a reformulação no marco regulatório do setor, quase 50 anos depois que o Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT) protagonizou embates políticos nacionais, em 1962. Até o momento, 190 deputados federais de dez partidos diferentes integram a Frente Parlamentar.

Durante o lançamento, foi lido o manifesto da Frentecom, que estabelece os principais objetivos da Frente Parlamentar. Entre eles, defender os princípios constitucionais relativos ao tema; lutar contra a qualquer tipo de ação direta de censura prévia de caráter governamental, jurídica ou patronal; defender a ampliação do acesso da população à banda larga, garantindo a universalização do serviço, com qualidade e preços acessíveis; defender transparência, regras e procedimentos democráticos em outorgas e renovações de concessões, permissões e autorizações de funcionamento de rádios e TVs; e defender direitos de grupos vulneráveis como crianças e adolescentes, mulheres, negros e negras, indígenas, população LGBT e pessoas com deficiências no tocante às questões da comunicação.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP), que presidirá a Frentecom, explicou que o lançamento da Frente é uma continuação do processo que se iniciou com a I Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009. O papel do Congresso se mostra central pelo fato de a legislação vigente estar totalmente defasada, sobretudo em relação à convergência tecnológica.

Os deputados do PSOL Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys participaram do lançamento da Frente Parlamentar. Ivan Valente destacou a importância de um marco regulatório que enfrente a questão o monopólio da mídia, do fortalecimento do sistema público de comunicação, da produção independente e regional. “O PSOL entrou inclusive no Supremo Tribunal Federal com uma ação ajuizada pelo professor Fábio Konder Comparato para obrigar o Congresso a regulamentar os artigos da Constituição Federal relativos à comunicação, que até hoje não possuem lei específica”, disse.

Ivan Valente também destacou o Plano Nacional de Banda Larga, que vem sendo entregue pelo governo federal às empresas de telefonia. “O papel do Estado está cada vez mais enfraquecido e a responsabilidade do Executivo na efetivação das metas previstas no PNBL estão sendo deixadas para o mercado”, criticou. Nesta terça, o deputado fez um pronunciamento sobre o tema na tribuna da Câmara.

O deputado Emiliano José (PT/BA) ressaltou que os empresários foram convidados para participar da Frentecom, mas lideradas pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) várias entidades do segmento não formalizaram seu ingresso na Frente. Do campo empresarial, somente a Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom) e Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo (Adjori-SP) integram a Frente.

“Existe expropriação do direito da sociedade se comunicar corretamente. Não podemos continuar com um grupo de família interpretando o Brasil sob sua lógica e ideologia”, afirmou Emiliano José.

Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUT, reafirmou a necessidade da repercussão das atividades da Frente nos estados. “A luta pela democratização da comunicação começa no Congresso, mas deve iniciar a criação de frentes e conselhos regionais de comunicação”, disse Rosane.

A Frente Parlamentar já tem uma agenda marcada com o ministro das Comunicações Paulo Bernardo no dia 28 de abril. A primeira reunião da coordenação da Frente acontece um dia antes (27/4). O deputado Jean Wyllys representará o PSOL na coordenação.

Alagoas possui o maior piso salarial para jornalistas do Brasil

O Estado de Alagoas possui o maior piso salarial para jornalistas do Brasil. A partir de maio, passa a valer o valor de R$ 2.324,05, para a jornada de trabalho diária de 5 horas. O piso, que foi corrigido em 6,3% será aplicado em todos os veículos (jornal, revista, TV, rádio, Web, assessorias, etc.).Já em Santa Catarina, que reajustou recentemente o valor mínimo que um jornalista pode ganhar,o piso salarial passa a valer,também em maio, R$ 1.395,68. Em Brasília, piso e data-base vão a dissídiona Justiça, não houve acordo com o patronato.

Alagoas: deputados derrubam veto de governador e exigem diploma para contratação de jornalistas

Do Sindjornal - AL

Após vários adiamentos e muita cobrança do Sindicato dos Jornalistas, a Assembléia Legislativa de Alagoas derrubou, no dia 10 de maio, o veto do governador Teotônio Vilela Filho ao Projeto de Lei 643/2010, que estabelece a exigência de diploma para a contratação de jornalistas no Estado. O veto foi derrubado por unanimidade, inclusive com o voto dos deputados que integram a bancada do governo.

De autoria do deputado Judson Cabral (PT), em parceria com o Sindjornal, o projeto 643 tramita no Legislativo desde o ano passado, tendo sido aprovado em plenário no final de dezembro, também por unanimidade. O governo vetou a matéria alegando inconstitucionalidade, mas não conseguiu convencer os deputados com os argumentos do ministro Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), que derrubou a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

“Este equívoco do ministro está sendo revisto na Câmara e no Senado”, disse o deputado Judson Cabral, referindo-se às duas Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) que tramitam em Brasília para restabelecer a exigência do diploma. Segundo ele, a decisão tomada pela Assembleia Legislativa de Alagoas só amplia uma tendência em âmbito nacional, que é exigir dos governos estaduais e municipais a contratação de jornalistas formados. “Casas legislativas de vários estados já aprovaram lei neste sentido”, completa.

A derrubada do veto pela Assembleia Legislativa de Alagoas foi acompanhada pelo Sindicato dos Jornalistas e comemorada por vários profissionais que se encontravam na Casa. Há mais de dois meses o Sindjornal vem fazendo plantões nas proximidades do plenário e conversando com os deputados, até conseguir o apoio de todos. Na votação desta terça-feira havia 21 dos 27 parlamentares, e todos votaram sim para derrubar o veto do governo.

UFPI contrata professor de Comunicação

A Universidade Federal do Piauí - UFPI vai realizar concurso para aselecionar professor para o Departamento de Comunicação Social. A vaga é para Teresina, com salário de R$ 7.333,67, e os jornalistas devem ter doutorado em Comunicação. As inscrições terminam no dia 27 de maio, conforme edital publicado em http://www.in.gov.br

Curitiba analisa lei que exige diploma para jornalistas trabalharem na municpalidade

Do SJP-RS
O projeto do vereador Francisco Garcez (PSDB) que prevê a exigência de diploma de curso superior de Jornalismo nos concursos públicos realizados pela administração municipal e nas nomeações de cargos comissionados no município de Curitiba foi analisado pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara Municipal, na tarde desta terça-feira, 10. A análise da proposta foi acompanhada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, Márcio Rodrigues, e pelo diretor de Defesa Corporativa, Pedro Serápio.

Conforme proposição da relatora do projeto, vereadora Professora Josete (PT), aceita por unanimidade, deve ser realizada audiência pública para ampla discussão do tema e agregar subsídios. “Não se trata de regulamentar nenhuma profissão, o que poderia ser considerado inconstitucional, mas apenas de aprovar uma legislação de interesse local, tornando obrigatória a exigência de diploma de jornalistas em concursos realizados pela administração pública municipal de Curitiba”, explicou Josete. O presidente do Sindijor sintetizou o resultado dos debates do 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em Porto Alegre, destacando a relevância da exigência do diploma para o exercício da profissão, resgate da dignidade dos profissionais e garantia do Jornalismo de qualidade.

Leis locais

Além das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) no Congresso (para resgatar de forma plena o diploma), diversas leis municipais e estaduais já foram propostas para garantir que vagas para jornalistas no serviço público sejam preenchidas por formados. Entre as já aprovadas estão as de Natal (RN), Maceió (AL), Campo Grande (MS), Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro está articulando a aprovação, na Assembleia Legislativa do Estado a aprovação de um projeto lei que exige diploma em Jornalismo para cargos públicos em comunicação.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UFSM seleciona professores de RP, Jornalismo e Publicidade

A Universidade Federal de Santa Maria está com dois editais abertos com vagas para a contrtaçaõ de professores de Jornalismo, Publicidade e de Relações Públicas para o Departamento de Ciências da Comunicação, na cidade de Santa Maria/RS.

O primeiro edital, com três vagas - jornada de 40 horas e dedicação exclusiva - é na área Produção Editorial. Vai selecionar Doutores, graduados nas áreas de:


  • Editoração,

  • Jornalismo,

  • Relações Públicas,

  • Rádio e TV,

  • Publicidade e Propaganda,

  • Letras,

  • Design ou Biblioteconomia.
Maiores informações, como programa do concurso e prova prática estão disponíveis aqui.

O segundo edital tem duas vagas distintas na área de comunicação. A primeira vaga, também com jornada de 40 horas e dedicação exclusiva é na área de Publicidade e Propaganda, e requer graduação em Publicidade e Doutorado. A segunda vaga, com mesma jornada, é para a área de Relações Públicas. Pede-se graduação em RP e Doutorado.

Clique aqui para mais informações sobre os programas do concurso e prova prática (no caso da vaga de RP). As inscrições vão até o começo de junho.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Opinião: Analizando las noticias internacionales, una tarea cada vez más difícil

Por Sergio Rodríguez Gelfenstein, publicado originalmente em Barómetro 12-05-11

Analizar las noticias internacionales ha devenido en un intríngulis difícil de entender, sobre todo cuando las fuentes son los voceros de los países poderosos que apoyados en las grandes cadenas de comunicación fabrican verdades y encubren mentiras.

Para nadie es un secreto, que ser presidente de Estados Unidos, encara la necesidad de mentir a la opinión pública. La historia ha ido descubriendo algunas de esas quimeras que casi siempre han significado la justificación de ese país para entrar en una guerra. La ecuación es: 1. El presidente miente. 2. Los medios de comunicación, televisión, cine, transforman la ficción en verdad. 3. El pueblo lo cree, idiotizado por esos mismos medios de comunicación y por las drogas que consumen a raudales.

Así se pudo justificar la intervención en Cuba en 1898, con la supuesta explosión hecha por los españoles en el Acorazado Maine, anclado en La Habana. William McKinley fue el presidente que justificó las imágenes falsas distribuidas por el publicista William Randolph Hearst, y que fueron el argumento principal para legitimar la acción.

Unos años después en 1903, intervinieron para producir la secesión de Panamá de Colombia. A pesar de que inmediatamente el presidente Roosevelt negó el hecho, no pasó mucho tiempo antes que reconociera su complicidad en el mismo.

En 1941 pensaron que la Unión Soviética iba a ser derrotada, por lo que se impusieron el imperativo de participar en la posterior repartición del mundo, por esto, “no vieron“ en sus radares los más de 400 aviones que atacaron Pearl Harbour, con lo que pudieron justificar la “necesidad” de entrar en la segunda guerra mundial. Roosevelt se hizo cargo del engaño ante la “opinión pública”.

En 1964 informaron del ataque vietnamita a dos barcos estadounidenses en el Golfo de Tonkin, esta acción sirvió de pretexto para invadir Vietnam, donde sufrieron la peor derrota militar de su historia. El Presidente Johnson fue el encargado de mentirle al Congreso en este caso.

En 1981 Ronald Reagan inventa un supuesto plan soviético para apoderarse de Centroamérica. Con esto justifica el apoyo a la contrarevolución armada. Para ello intercambia armas por drogas, bloquea los puertos de Nicaragua, y arma y entrena a las fuerzas militares que invaden el país desde Honduras y Costa Rica. Por supuesto, Reagan siempre negó que eso fuera cierto hasta que a través de fotos publicadas en periódicos estadounidenses se demuestró el involucramiento total del gobierno de Estados Unidos en el conflicto.

El mismo presidente fantaseó que la isla de Grenada de 340 Km2 y 60 mil habitantes se había convertido en una “plataforma marxista” en el Mar Caribe lo cual amenazaba la seguridad de Estados Unidos, pretextó que un aeropuerto para el turismo que se construía con colaboración cubana serviría como base aérea de la Unión Soviética. Poco tiempo después se demostró la falsedad de dicho argumento. Antes, realizaron una aparatosa operación de desembarco por los mismos SEAL que asesinaron a Bin Laden, los cuales en vez de lanzarse en paracaídas en tierra cayeron en el mar, ahogándose algunos de estos miembros de las “fuerzas especiales” que sólo pudieron apoderarse de la isla por su aplastante superioridad numérica y tecnológica.

En la memoria de los más jóvenes deben estar las supuestas armas atómicas que había en Irak y que sirvieron de subterfugio para la invasión a ese país y la muerte de un millón cuatrocientos mil civiles en 10 años de ocupación. George Bush, el terrorista que inventó esa falacia vive en Texas protegido por su gobierno.

Aún sin saber quien fue el autor del asesinato de Ozama Bin Laden auto atribuido por Estados Unidos, pero que el presidente peruano Alan García consideró un milagro de Juan Pablo II, Obama pretende hacernos creer su versión acerca de todo este show que inventó su predecesor en el cargo. Hasta después de muerto Ozama hizo daño, le robó las primeras planas de los periódicos del mundo al beatificado Papa.

Por supuesto, que ninguna persona honesta en el planeta pretenderá defender a un agente que fue entrenado, financiado y armado por la CIA para realizar actos terroristas. Cada vez hay más evidencias de que, si no fueron los órganos de seguridad estadounidenses los que realizaron los actos terroristas del 11 de septiembre de 2001, por lo menos no se interpusieron en su realización, otra cosa será suponer que las agencias de inteligencia de Estados Unidos están llenas de idiotas. Es imposible, -en la práctica- que un avión se haya podido estrellar en el Pentágono en las condiciones que lo presentó la información oficial.

Justificando su acción en la violación del derecho internacional y haciendo prevalecer la ley del Talión e información obtenida al torturar prisioneros detenidos ilegalmente en su base militar de Guantánamo, el académico de Harvard dijo que Ozama estaba armado, que uso una mujer como escudo, que opuso resistencia y que la operación había contado con el apoyo de las fuerzas militares de Pakistán. Todo eso ha resultado falso, el actual inquilino de la Casa Blanca ha demostrado ser tan mentiroso como sus antecesores.

En su discurso de celebración del asesinato, dijo “Hoy el mundo es más seguro…”, para que unos días después ordenara elevar los niveles de alarma, extremar las medidas de seguridad en embajadas, consulados y otras instituciones estadounidenses en el exterior e instar a sus ciudadanos a no viajar, y a aquellos que lo hicieran, permanecer la mayor cantidad de tiempo posible en sus hoteles. ¡Vaya manera de vivir más seguros!

Ha sido una novedosa manera del presidente estadounidense de iniciar su campaña electoral, cuando en el ambiente ronda la idea de que falsificó documentos y que en realidad no nació en Estados Unidos. Cuando se suponía que el tema había sido zanjado, surgen pruebas que demuestran lo contrario. Nunca sabremos la verdad.

Lo que sí es cierto es que el nuevo presidente de Costa de Marfil, Alassane Ouattara nació en Burkina Faso, por lo tanto es un jefe de Estado ilegal según la Constitución de ese país, lo cual importa poco cuando la democracia se impone con los fusiles al mando de las tropas del Sargento Sarkozy y el General de División Ban Ki Moon. Ambos se pusieron de acuerdo para operar con rapidez mientras le daban tiempo a la prensa de fabricar la “verdad” necesaria sobre la nacionalidad del presidente “marfileño”. En los medios oficiales dice que nació en la hoy inexistente “África Occidental Francesa”, una organización colonial que existió hasta 1958 por obra y gracia de la metrópoli francesa que creó estados nacionales a su conveniencia, los que ahora ni siquiera tienen el derecho a que sea respetada su soberanía.

Atribulado con estas noticias, sigo leyendo y encuentro que las paginas de los periódicos se han llenado de fotos de otra celebración similar a la anterior por su despliegue mediático, nos referimos al matrimonio del príncipe heredero de la corona británica, -nieto de la Reina Isabel II- con una plebeya cuya mayor hazaña es que será la primera esposa de un futuro rey de Inglaterra que no ha llegado virgen al altar.

Casi simultáneamente, los nietos infantes de otro jefe de Estado, también fueron noticia. Murieron en Trípoli después que su casa fue bombardeada por aviones de la OTAN en una misión que buscaba “evitar las muertes de civiles”. Así lo hizo saber, el Primer Ministro británico David Cameron, quien en medio del jolgorio por el matrimonio de su futuro monarca puso en duda el fallecimiento de los niños. Afirmó que dicha acción no se proponía “… alcanzar a "personas individuales", sino que pretendía "evitar las pérdidas de vidas provocadas por la máquina de guerra de Gadafi…”

Sin embargo, con la generosidad que lo caracteriza, Cameron ha recordado que la misión de la Alianza "está en línea con la resolución 1.973 de la ONU", o sea que el asesinato de los nietos de Gadafi, –además de Gran Bretaña-, es obra de Estados Unidos, Francia, Bosnia y Herzegovina, Colombia, Gabón, Líbano, Nigeria, Portugal y Sudáfrica, eso sí, este crimen contó con la abstención de China, Rusia, Alemania, India y Brasil.

Que alguien explique lo qué está pasando en el mundo. Cada vez cuesta más entenderlo. Los límites entre el bien y el mal, lo correcto y lo incorrecto, lo positivo y lo negativo, la verdad y la mentira, la humanidad y la barbarie son cada vez más indelebles, ¿hasta cuándo?

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