Por Vitor Ribeiro*
A polêmica sobre a sindicalização dos não diplomados está aberta. O Conselho de Representantes da FENAJ decidiu, por ampla maioria, intensificar a luta em defesa do diploma e manter orientação da diretoria da Federação de não associar e não emitir carteiras de identidade de jornalista para não diplomados. As exceções permanecem para as funções já previstas na regulamentação profissional. O tema foi, por sua vez, remetido para o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontecerá de 18 a 22 de agosto de 2010 em Porto Alegre (RS). Até lá, o assunto ganha destaque nos Encontros Estaduais dos Jornalistas que devem levar suas decisões sobre o assunto para o Encontro Nacional em Porto Alegre.
Hoje no Brasil, todos já nascem com uma profissão. Basta obter a carteira de trabalho e pleitear o seu registro como jornalista no Ministério do Trabalho e Emprego. Este é o resultado prático da esdrúxula decisão do Supremo Tribunal Federal.
Algumas lideranças sindicais dos jornalistas, por sorte uma minoria, defendem que estas pessoas devem ser sindicalizadas – desde que estejam exercendo a profissão – ressalvam. O argumento? Defender os trabalhadores explorados pelos patrões, que ganharam do STF o maior exército de mão de obra de reserva que se tem notícia. O argumento que inicialmente parece nobre e muito bonito, precisa ser analisado com muita calma e profundidade.
A sindicalização dos não diplomados é um Cavalo de Tróia colocado às portas de nossos Sindicatos?
Vamos imaginar que ao contrário da sensata decisão tomada, o Conselho de Representantes da FENAJ tivesse decidido pela imediata sindicalização dos não diplomados, o que teria acontecido?
Vamos imaginar:
01- Em pouco tempo, os não diplomados seriam maioria nos Sindicatos, por um motivo lógico – um jornalista demora quatro anos para se formar em uma faculdade, enquanto o registro pode ser obtido em poucas semanas. Um cidade que forma 40 jornalistas por ano, pode ter centenas registrados em meses. Portanto, eles serão maioria em pouco tempo no país e nos Sindicatos;
02- Nas entidades, os não diplomados passarão a defender teses atacando a nossa formação profissional específica;
03- Como serão maioria, terão o direito de dirigir nossas entidades e impor suas diretrizes a favor da desregulamentação total da nossa profissão;
04- Deverão receber amplo apoio patronal por suas teses e será difícil distinguir quem será um jornalista não diplomados e quem será um preposto patronal – devidamente registrado, empregado e treinado para implodir nossas entidades sindicais.
A singela tese da defesa dos trabalhadores explorados, pode significar o ingresso em nossas entidades sindicais de um imenso Cavalo de Tróia. Se por um lado não podemos ter absoluta certeza que as hipóteses levantadas acima irão ocorrer, ninguém pode também garantir o contrário. Afinal, quem pode garantir que nossas entidades construídas com suor, sangue, lágrimas, lutas, alegrias e vitórias não serão entregues justamente aos que sempre defenderam as teses patronais que sempre combatemos?
Com a palavra os jornalistas brasileiros, que não podem se omitir e permitir um debate superficial de um tema que pode colocar em risco a única trincheira que temos em defesa da nossa profissão e dignidade, que são justamente nossas entidades sindicais.
A polêmica sobre a sindicalização dos não diplomados está aberta. O Conselho de Representantes da FENAJ decidiu, por ampla maioria, intensificar a luta em defesa do diploma e manter orientação da diretoria da Federação de não associar e não emitir carteiras de identidade de jornalista para não diplomados. As exceções permanecem para as funções já previstas na regulamentação profissional. O tema foi, por sua vez, remetido para o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que acontecerá de 18 a 22 de agosto de 2010 em Porto Alegre (RS). Até lá, o assunto ganha destaque nos Encontros Estaduais dos Jornalistas que devem levar suas decisões sobre o assunto para o Encontro Nacional em Porto Alegre.
Hoje no Brasil, todos já nascem com uma profissão. Basta obter a carteira de trabalho e pleitear o seu registro como jornalista no Ministério do Trabalho e Emprego. Este é o resultado prático da esdrúxula decisão do Supremo Tribunal Federal.
Algumas lideranças sindicais dos jornalistas, por sorte uma minoria, defendem que estas pessoas devem ser sindicalizadas – desde que estejam exercendo a profissão – ressalvam. O argumento? Defender os trabalhadores explorados pelos patrões, que ganharam do STF o maior exército de mão de obra de reserva que se tem notícia. O argumento que inicialmente parece nobre e muito bonito, precisa ser analisado com muita calma e profundidade.
A sindicalização dos não diplomados é um Cavalo de Tróia colocado às portas de nossos Sindicatos?
Vamos imaginar que ao contrário da sensata decisão tomada, o Conselho de Representantes da FENAJ tivesse decidido pela imediata sindicalização dos não diplomados, o que teria acontecido?
Vamos imaginar:
01- Em pouco tempo, os não diplomados seriam maioria nos Sindicatos, por um motivo lógico – um jornalista demora quatro anos para se formar em uma faculdade, enquanto o registro pode ser obtido em poucas semanas. Um cidade que forma 40 jornalistas por ano, pode ter centenas registrados em meses. Portanto, eles serão maioria em pouco tempo no país e nos Sindicatos;
02- Nas entidades, os não diplomados passarão a defender teses atacando a nossa formação profissional específica;
03- Como serão maioria, terão o direito de dirigir nossas entidades e impor suas diretrizes a favor da desregulamentação total da nossa profissão;
04- Deverão receber amplo apoio patronal por suas teses e será difícil distinguir quem será um jornalista não diplomados e quem será um preposto patronal – devidamente registrado, empregado e treinado para implodir nossas entidades sindicais.
A singela tese da defesa dos trabalhadores explorados, pode significar o ingresso em nossas entidades sindicais de um imenso Cavalo de Tróia. Se por um lado não podemos ter absoluta certeza que as hipóteses levantadas acima irão ocorrer, ninguém pode também garantir o contrário. Afinal, quem pode garantir que nossas entidades construídas com suor, sangue, lágrimas, lutas, alegrias e vitórias não serão entregues justamente aos que sempre defenderam as teses patronais que sempre combatemos?
Com a palavra os jornalistas brasileiros, que não podem se omitir e permitir um debate superficial de um tema que pode colocar em risco a única trincheira que temos em defesa da nossa profissão e dignidade, que são justamente nossas entidades sindicais.
*Vitor Ribeiro - jornalista diplomado,
responsável pelo site www.ojornalista.com.br
As opiniões aqui expressas são de responsabilidade de seus autores
Argumentos bastante pertinente. A inclusão dos não diplomados acarretará, a longo prazo, mudanças, talvez, irreversíveis na proposição e manutenção das demandas de nossa categoria. Por outro lado, devemos também refletir sobre a formação acadêmica deste sujeito social. E uma questão que entendo ser relevante diz respeito a um currículo mínimo para todo o território nacional.
ResponderExcluirPARA ESQUENTAR ESTE DEBATE:
ResponderExcluirAté 1979, praticamente, a totalidade dos jornalistas sindicalizados não possuia diploma. Nem por isso, o movimento da categoria deixou de lutar pela formação universitária, pela instituição de um código de ética, pela construção de paradigmas profissionais comuns a todos.
A última estatística que li sobre o perfil de formação acadêmica de nossa categoria data do início dos anos 2000. Ou seja, 21 anos após a obrigatoriedade do diploma e pelo menos 60 anos após a criação do primeiro curso de jornalismo no Brasil. Mesmo assim, se não me falha a memória, para cada 6 ou 7 jornalistas diplomados, existiam 4 ou 3 sem diplomas.
Ou seja, as bandeiras e proposições levantadas pelo movimento dos jornalistas brasileiros, não é um monopólio dos diplomados.
Vem, antes que me atirem as pedras, informo que tenho graduação em Jornalismo e mestrado e doutorado em Comunicação, e por pelos menos 6 anos fui professor.
é lamentável e triste ver como existem pessoas maldosas e preconceituosas como o cidadão "diplomado" do texto acima, o sr. vitor ribeiro
ResponderExcluirgostaria de fazer uma pergunta ao nobre colega diplomado.
Na faculdade se ensina a ser um profissional prostituto!!!Sim, porque quero ver um jornalista,
1zinho só que realmente seja comprometido com a ética e com valores profissionais, sei que não existe porque só fazem o que as editorias mandam, e defendem ainda que sem querer os interesses dos patrões,pq se não fizerem estão no olho da rua.
Além do mais, o senhor parece ser bem medroso, para não dizer covarde nas colocações de seu texto
Digo isso, pois sou um jornalista sem diploma, porém independente, ético, sem rabo preso por ninguém, tenho meu próprio jornal e minha webtv.
Aliás com certeza ainda que sem diploma gozo uma vida de qualidade, sou respeitado por onde passo justamente por não ter rabo preso e não correr o risco de ser mandado embora de uma hora para outra
Um grande abraço a todos, e que esse fantasma do "canudo" deixe de ser uma pedra de tropeço para os diplomados, sejam mais seguros, profissionais, imparciais e éticos, pois os nossos inimigos não são nossos colegas de profissão, mas sim tudo o que atormenta nossa sociedade sofrida e que vive com medo!!
Mesmo sem diploma,tenho em mente que sou os olhos da sociedade, o grito dos aflitos, dos que não tem aonde, e para quem gritar!!!
um grande abraço
fabinho do jornal - santos sp
obs. outra coisa!!! Grande coisa ser sindicalizado!!!!!