Caros leitores e leitoras.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

A “desoneração da folha” e o jornalismo em proveito próprio

 


Por Chico Sant’Anna[1]

A cobertura que a sociedade brasileira vem sendo obrigada a consumir sobre a chamada “desoneração da folha” nos leva a questionar que tipo de jornalismo está sendo ofertado. Pessoalmente, arrisco a dizer que seria um “jornalismo de interesse”, no qual os meios de comunicação buscam sensibilizar a opinião pública e, consequentemente, pressionar o parlamento e o governo a conceder o benefício de redução da contribuição previdenciária a um seleto grupo de 17 segmentos da economia nacional, dentre eles, a própria imprensa, em especial as emissoras de rádio e TV. Um jornalismo em proveito próprio.

Essa não seria a primeira vez que isso ocorre na esfera pública brasileira. Para citar um caso mais recente, o processo de privatização das empresas de telefonia e telecomunicações. Como várias das empresas jornalísticas tinham interesse econômico nessa privatização, em especial da Embratel, responsável à época por transmitir os sinais de rádio e TV, a cobertura sempre foi simpática ao processo, mesmo diante das denúncias de irregularidades que culminaram com a demissão do então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros.

Há uns três anos, cotidianamente, a imprensa bate na mesma tecla. E apesar da insistência no tema, a abordagem editorial não é nem honesta, nem ampla o suficiente para o cidadão, o contribuinte, e muito menos, plural. Em nenhum momento, por exemplo, é dito qual a diferença dos valores a serem arrecadados por um método e pelo outro. A imprensa tão ciosa em reduzir o déficit público; que defendeu reformas previdenciárias que levaram ao arrocho dos trabalhadores, se cala sobre os efeitos dessas regras contributivas no caixa do INSS.

Contrato com o leitor

No jornalismo tradicional existiria um contrato com o leitor estipulando a responsabilidade das informações transmitidas serem autênticas. A noção de “contrat communicationnel”, desenvolvida pelo linguista francês e especialista em Análise do Discurso, Patrick Charaudeau[2], vincula implicitamente o jornalista ao leitor, determina um elo à veracidade, se não à verdade dos fatos, que não se faz presente na publicidade e na literatura. Embora o autor tenha se referido ao profissional, ao individuo, creio que a avaliação deve ser estendida ao meio de comunicação ao qual está vinculado, uma vez que trabalha sob normas editoriais, na maioria das vezes, feitas sob medida para atender ao grupo econômico que mantém a mídia, em questão.

Na mesma linha, Eugênio Bucci[3], afirma que a atividade jornalística tem como cliente o cidadão, o leitor, o telespectador. Nesse sentido, o jornalista se obriga – em virtude da qualidade do trabalho que vai oferecer – trazer a informação mais transparente e para isso, ouvir, por exemplo, lados distintos que tenham participação numa mesma história. Ouvir todos os envolvidos, buscar a verdade, fazer as perguntas mais incômodas para as suas fontes em nome da busca da verdade é um dever de todo jornalista.

Meu pirão primeiro

Reduzir os gastos com encargos sociais tem sido uma rotina das empresas midiáticas nacionais. Historicamente, muitas delas se apresentam ou se apresentaram, como inadimplentes costumaz para com o INSS. Grandes grupos, como o Jornal do Brasil, Manchete, Gazeta Mercantil, Tupi, dentre outros, ao falirem deixaram rombos impagáveis da Previdência Social – inclusive de valores que foram debitados do trabalhador - e também do FGTS. Sempre se valeram de “criatividade” para burlar essa responsabilidade patronal. Primeiro, foi a eternização dos free lancers, que ganhou a paradoxal alcunha de frelancer fixo. Ou seja, a informalidade permanente. Contrataram via empresas terceirizadas ou cooperativas de trabalho, que comiam parcela importante do salário do profissional. Por fim, investiram na transformação do trabalhador pessoa física em pessoa jurídica, em empresa, mesmo que fosse empresa de uma só pessoa.

As mudanças de legislação fomentadas pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro trouxeram mais segurança jurídica – termo que a mídia adora – permitindo que esse formato de contrato, até então considerado burla da legislação trabalhista, fosse reconhecido pelo STF. Dependendo das letrinhas do contrato como PJ - que deixa de ser trabalhista e passa a ser de relação comercial -, não haverá direitos tradicionais como Licença Gestante, de Saúde, 13º salário, FGTS, férias e até mesmo limites de jornadas de trabalho e pagamentos de hora extra, ou adicionais noturno, insalubridade ou periculosidade.

Nenhum desses detalhes é exposto pela mídia nacional ao contribuinte-espectador, em especial aos trabalhadores celetistas, que correm o risco de perderem no futuro mais benefícios securitários na hipótese de novo rombo na Previdência. A imprensa que é tão ciosa pelo chamado controle das contas públicas não revela em quanto isso pode impactar o equilíbrio orçamentário.

Empregos

O argumento pra defender tal benesse é o da geração de empregos e aumento de renda. Mesmo assim, não vem a público quanto novos empregos foram gerados e quanto o salário médio cresceu além da inflação nesses 17 setores, desde a concessão dessa isenção fiscal em 2012. Buscam sensibilizar informando que são os segmentos que mais empregam e ameaçam com demissões ou redução de salários se não forem atendidos. Nesse ponto, a comunicação governamental também falha. Deveria botar os detalhes em público.

Entretanto, a se pegar o setor jornalístico, segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, a redução dos gastos previdenciários não resultou assim em mais empregos ou melhores salários, pelo menos não na mídia. Apesar do benefício da desoneração da folha, o mercado de trabalho formal de jornalistas encolheu 21% em nove anos (2013-2021) Mesmo o espectador mais desatento perceberá que grandes nomes do telejornalismo já não mais estão na telinha. Até nas novelas e na transmissão de eventos desportivos a faces e vozes são novas, algumas até então desconhecidas. Não sei que impacto isso tem dado no Ibope.

Segundo a presidente da Fenaj, Samira de Castro[4], com base em estudo do Dieese, houve um “um visível enxugamento dos empregos com carteira assinada, sobretudo nos veículos jornalísticos tradicionais”, a chamada mainstream media. Não consegui a variação da renda média do jornalista, no mesmo período. Mas a renda média em 2021 apresentava um rendimento (salários mais adicionais e gratificações) de R$ 5.745,30, bem modestos para um segmento empresarial que tanto fatura



[1] Jornalista, pesquisador científico, PhD em Ciências da Informação e Comunicação, pela Universidade de Rennes 1 - França e Mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília.

[2] CHARAUDEAU, Patrick. (1997). Le discours d’information médiatique – La construction du miroir social. Paris, Nathan

[3] BUCCI, Eugênio, (2006). Jornalistas & assessores de imprensa, profissões diferentes requerem códigos de ética diferente. In: Observatório da imprensa, Ano 11 – nº 397 – edição eletrônica de 5/9/2006, Disponível em http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=397JDB001

[4] In: Fenaj – News letter de 03/01/2024: Mesmo com desoneração da folha, mercado de trabalho formal de jornalistas encolhe 21% em nove anos

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Rádio: FM Nacional chega em mais dez cidades brasileiras


Serviço vai garantir mais acesso à informação, cultura e lazer para quase 4 milhões de habitantes
 


Por Chico Sant'Anna

A Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasileira de Comunicações, com sede em Brasília vai poder agora ser sintonizada em Frequência Modulada em dez outros municípios brasileiros, como se fosse uma emissora local. As portarias autorizado esse funcionamento foram publicadas pelo Ministério das Comunicações (MCom), no Diário Oficial da União (DOU), na sexta- feira (8/12)

Os estados com maior número de autorizações foram Mato Grosso do Sul e Alagoas, contemplando moradores das cidades sul-mato-grossenses de Dourados, Corumbá e Andradina e os alagoanos de Batalha, Marechal Deodoro e Penedo.

Também fazem parte da lista de contemplados a população de Palotina (PR) e Niterói (RJ), além do município mineiros de Januária e do sergipano de Poço Redondo. Ao todo, são quase quatro milhões de habitantes com acesso à informação, cultura e lazer.

O funcionamento de cada estação está condicionado à autorização para uso da radiofrequência e emissão da licença de funcionamento.

UF

Município

Canal

-AL

Batalha

260

AL

Marechal Deodoro

236

AL

Penedo

244

MG

Januária

217

MS

Corumbá

231

MS

Dourados

219

MS

Nova Andradina

196

RJ

Niterói

194

SE

Poço Redondo

207

PR

Palotina

237

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Livro: a jornada sensorial da infância à maturidade do jornalista Hermes Coelho

 

Por Chico Sant'Anna

Da imensidão do Planalto Central, envolto na cobertura da política nacional, o jornalista Hermes Coêlho, da TV Senado, achou tempo para voltar à vista laaaaá pro seu Piauí e para a sua infância. Como diriam os antigos gráficos, já está no prelo “Violado”, seu mais novo livro.

Esse é o segundo livro de Hermes Coêlho e, segundo ele mesmo define, é uma jornada sensorial da infância à maturidade na busca das raízes arrancadas. Uma jornada em forma de poemas: 66 poemas divididos em seis capítulos.
"Dos abusos e invasões impostos ao menino que se refugiava nos versos, à entrega voluptuosa e desmedida aos excessos do desejo e da morte na vida adulta" - explica ele.

Eles relata uma trajetória que levou o poeta de Teresina a Brasília, inspirando-se ainda em passagens por oceanos, museus, becos, vielas e corpos masculinos em cidades como Paris, San Francisco, Nova Iorque, Cidade do México, San Cristóbal de las Casas, Tulum e Valparaíso. “Vivências que metamorfosearam a lagarta infante e deram asas ao homem. Violado é uma experiência crua, sensual, direta e, ao mesmo tempo, lírica e pungente, como a vida” - relata ele.

Aos 46 anos, Hermes Coelho lança
seu segundo livro.

O Autor

Jornalista, Hermes Coêlho nasceu em Teresina, Piauí, em 1977. Encantou-se cedo pelas artes em geral, pelo cinema, pela pintura, pela música (foi cantor do Madrigal Vox Populi, o mais tradicional madrigal teresinense) e, claro, pela literatura. Cursou e abandonou os cursos superiores de direito e de publicidade antes de encontrar a sina profissional: o jornalismo. Formado pela Universidade Estadual do Piauí, atuou nas afiliadas das TVs Globo, Record e Brasil em sua terra natal. Também fez parte da equipe da Rádio Antares e do Jornal O Dia, onde publicou crônicas sobre o cotidiano piauiense e nacional.

Desde 2010, é repórter e editor da TV Senado, em Brasília. “O jornalismo político veio de surpresa, imiscuindo-se aos poucos durante a carreira televisiva. Já a poesia sempre esteve nas veias” – confessa ele.

Os primeiros versos vieram tímidos, ainda na adolescência. Em 2000, ao vencer o Concurso Novos Autores, recebeu o prêmio Cidade de Teresina pelo livro “Nu”, publicado em 2002 pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Atualmente, é chefe de reportagem da TV Senado e apresentador do programa Cidadania.

Pré-venda

A meta é lançar Violado, ainda esse mês na Festa Literária Internacional de Paraty, em dezembro na Capital Federal e Teresina, em fevereiro de 2024. Quem não consegui esperar até lá, pode aproveitar a pré-venda. Basta clicar nesse link do site da editora Patuá. A pré-venda, com “um preço camarada “, ajuda na materialização do livro um ajuda a obra a chegar a mais leitores.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Reminiscências do jornalismo desportivo candango

 

Em pé, da esquerda para a direita, Raphanelli, Nelson Motta,
Marcus Vinicius Bucar, Irineu Tamanini, José Natal e Kleber. Agachados, 
Fernando Lemos, Irlam Rocha Lima, Roberto Bucar,
Marcos Lisboa, Mauro Naves e Sérgio Marques.
Por Irineu Tamanini

Depois de quase três anos fechado, o Estádio Valmir Campelo Bezerra, mais conhecido como Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, será reaberto à população (21/10). 

O evento marca a nova fase do estádio, que passou por várias reformas estruturais. Ao ler a notícia voltei no tempo. Uma das partidas de futebol mais marcantes do nosso time de jornalistas do Correio Braziliense foi contra a equipe dos artistas da Tv Globo, na inauguração do estádio do Gama. Perdemos de um a zero, gol do ator global Nuno Leal Maia, que no passado chegou a atuar no Santos Futebol Clube.

Nuno Leal Maia chutou a bola do meio-campo e o nosso goleiro, José Natal, gritou: "deixa que é minha". Quando olhei, aconteceu o que esperava por jogar vários anos ao lado do vascaíno e editor de esportes do Correio Braziliense e da TV Globo: a bola passou como uma bala e foi parar dentro do gol.

Nunca tinha jogado para um estádio lotado. O problema é que a torcida – na maior parte feminina – torceu o tempo inteiro para os artistas globais. Houve até briga com o Eliezer Mota, o seu Batista do programa Viva o Gordo, estrelado pelo Jô Soares. Se não me engano o Mauro Naves, hoje comentarista de esportes do ESPN, atuou nessa partida. Ele jogava de beque central. Jogava muito bem por sinal.

Natal

Falando de José Natal, não faz muito tempo estava embarcando no aeroporto de Congonhas para o Rio quando encontro meu velho amigo sentado tranquilamente em um dos bancos, aguardando a chamada para entrar no avião e seguir para Brasília. De repente, surge o time do São Paulo que ia para Belo Horizonte jogar contra o Cruzeiro. O Rogerio Ceni passou próximo e pedi a ele que se aproximasse. Ele, gentilmente, veio ao nosso encontro e pude então apresentar o Natal. “Somos jornalistas antigos em Brasília e o Zé Natal é o goleiro do nosso time de futebol de campo. E tem mais: ele agarra igual a você. É um baita goleiro”. Ceni deu os parabéns. Natal, rindo muito, disse: “para com isso, Tamanini”. Rimos, então, os três juntos.

Todas essas histórias você encontra no Blog do Tamanini

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Marketing político: brasiliense se destaca no cenário nacional

lio Pontes é indicado ao maior prêmio do Marketing Político brasileiro 

 

O brasiliense Júlio Pontes, 29, foi indicado ao 3º Prêmio Camp da Democracia, a maior honraria do marketing político brasileiro. A premiação ocorrerá no próximo dia 23 de agosto, às 17h, em São Paulo, durante o Digital Talks, principal evento de negócios do universo digital.

O prêmio é dividido em categorias Eleitorais, que abrange o período eleitoral de 2022; e Trabalhos Governamentais/Institucionais. A colocação só será conhecida no dia do evento, juntamente com a entrega dos troféus.

 Independentemente da categoria e da colocação já me sinto orgulhoso por mim e pelos colegas. Trabalhamos muito duro e o reconhecimento é gratificante, afirma Júlio Pontes. Ao todo, foram mais de 5.000 votos do júri composto pelos associados CAMP e especialistas convidados.

Atualmente, Júlio Pontes, coordenador do núcleo digital do União Brasil, e sua equipe disputam o prêmio em cinco categorias.
Conhe
ça os trabalhos:

1. Eleitoral

1.1 Melhor vídeo para internet.

2. Trabalhos Governamentais/Institucionais

2.1. Melhor ação digital para governo, partido ou mandato

2.2. Melhor vídeo para internet

2.3. Melhor peça estática

2.4. Melhor uso de humor

As poesias de ACQ, agora em livro

 

*Peia por peia, ludopeia!*

 

Por Chico Sant'Anna

Goiano d’Anápolis, o jornalista da velha guarda na luta contra a ditadura militar, sindicalista, escritor, Antônio Carlos Queiroz, o ACQ, resolveu finalmente mostrar o dedo em poesia. 

ACQ é leitor e feitor de poemas desde a adolescência em Anápolis, Goiás, mas, “autocríticismo em excesso” (tirada assumida de efeito publicitário!), e uma boa dose de rebeldia, rasgou toda a produção anterior a 2015, por aí.

“Ecoei o conselho do Umberto Eco de jogar no lixo os poemas ruins. Não quer dizer que sejam bons os que agora publico!” - adverte ele.

Rebelde como sempre e contrário a rótulos, ACQ diz que não se identifica com nenhuma escola poética. “Mas prefiro a companhia do Lucrécio, do Ovídio, do Horácio, da Emily Dickinson, do Drummond – esse tipo de gente. É que também sigo a lição de outro guru, o Millôr Fernandes, que está completando agora o Centenário: em Ciência, leio sempre os livros mais novos. Em Literatura, os mais velhos” - ressalta.

Dizem os críticos literários que antes mesmo de entender o que um poema diz, ou mesmo entendê-lo, temos a impressão de senti-lo. É preciso identificar a existência da Melopeia (propriedade rítmica, musical e sonora do poema), da fanopeia (a imagem projetada na imaginação do leitor) e da logopeia (a unidade da imagem sonora e da cadência rítmica dentro do poema)? 

Quando indagado quais dessas propriedades se mostram mais presentes em seus poemas, a resposta é rápida:

– Nada de peia!
Hum, talvez a ludopeia...
O que importa é a gozação, a ironia, o sarcasmo, pra tornar mais leve a vida e evitar a depressão!

Serviço:

Livro: ACQ poemas & prósias
Lançamento: 18 de agosto, às 17h30
Local: Livraria Sebinho, 406 Norte
Contato: https://www.instagram.com/antonio_carlos_queiroz

domingo, 2 de julho de 2023

Sede do Sindicato dos Jornalistas em João Pessoa (PB) é depredada

Local foi alvo de ataque criminoso; destruíram documentos, objetos e furtaram diversos itens num prejuízo estimado de R$ 50 mil

 

Por Chico Sant'Anna. Fotos de Dui Borges/RTC

A sede do sindicato dos jornalistas profissionais da Paraíba, em João Pessoa, foi completamente destruída após ser alvo de um arrombamento e vandalismo na madrugada da sexta-feira (30). Apesar das grades nas janelas e porta principal os meliantes, além de violar o acesso ao imóvel, que fica na Rua da Areira, bairro do Varadouro, destruíram documentos, objetos e furtaram vários itens. O local ficou completamente destruído.

A entidade informou que, dentre os objetos furtados ou destruídos, estão três aparelhos de ar condicionado, que eram utilizados para climatizar o auditório. Equipamentos caríssimos. O prejuízo estimado é de R$ 50 mil. O rol de danos envolve ainda os seguintes itens:

  • Som e microfone que eram utilizados para os eventos realizados no auditório;
  • Computador;
  • Levaram todas as cadeiras do auditório e rasgaram as duas poltronas;
  • Quebraram todas as tomadas existentes na sede e levaram as respectivas fiações;
  • Levaram a maioria das torneiras e deixaram quebradas as que não conseguiram tirar;
  • Quebraram quatro fechaduras no valor de R$ 250,00 cada uma;
  • Quebraram a parede da porta da Diretoria e Secretaria;
  • Retiraram as caixas de controle de energia;
  • Destruíram todo o teto do auditório e as respectivas luminárias;
  • Quebraram a parede que fica no final do auditório por onde tiveram acesso ao interior da sede;

Sem condições de funcionamento

O sindicato ficou sem condição de funcionar e cobra das autoridades ações contra a insegurança no Centro da Capital paraibana. O presidente da instituição, Land Seixas, relatou que este é o terceiro ataque registrado contra o imóvel somente neste mês. No entanto, desta vez, a ocorrência foi ainda mais devastadora e destrutiva. "Na madrugada de terça e quarta-feira, houve invasões em pequena escala, em que levaram algumas coisas. Agora, além de saquear o restante, destruíram completamente nossa sede, sentimos uma total falta de segurança” - lamentou ele.