segunda-feira, 8 de maio de 2023

Correio da Manhã inicia sua operação para ser um jornal de Brasília

Depois de uma sequência de veículos de comunicação fechando redações ou reduzindo seus plantéis na Capital Federal, enfim, uma boa notícia. O jornal carioca, Correio da Manhã, que desde outubro já imprimia um reparte local para Brasília, na própria cidade, passa a contar com uma sucursal no Distrito Federal.

Quem relata os planos do jornal no Planalto Central, em texto na 3ª pessoa, é o jornalista Rudolfo Lago, que será o diretor da sucursal candanga.


Durante boa parte do século passado, o Correio da Manhã, fundado em 1903, foi o jornal mais importante do país. Tinha a vocação de ser o grande jornal da capital do país. Até a perseguição sofrida durante a ditadura militar, que levou então sua proprietária à época, Niomar Moniz Sodré Bittencourt, a fechar as portas do jornal. Agora, sob o comando do jornalista Claudio Magnavita, o Correio da Manhã voltará a ser um jornal da capital, produzido e impresso em Brasília. 

Magnavita adquiriu o título Correio da Manhã e retomou a circulação do jornal no Rio de Janeiro em 20 de setembro de 2019, inicialmente como um jornal semanal. Aos poucos, o jornal foi crescendo no Rio e hoje é um jornal diário, com circulação entre segunda e sexta-feiras (quando circula uma edição especial de fim de semana). 

Com um tipo de diagramação em módulos, que permite que manchetes e matérias possam ser trocadas sem nova diagramação, o jornal ampliou-se para novos títulos. Hoje, além do Correio da Manhã do Rio de Janeiro, circula o Correio Petropolitano (com sede em Petrópolis), o Correio Sul-Fluminense (com sede em Volta Redonda), o Correio Norte-Fluminense (com sede em Campos). E desde outubro do ano passado o Correio da Manhã Edição Nacional, com sede em Brasília. 

Em todas essas regiões, o jornal é impresso em gráficas próprias. Em Brasília, está montada uma gráfica com duas rotativas de oito unidades, instalada no Núcleo Bandeirante. Até agora, porém, a produção de conteúdo da edição nacional estava sendo feita no Rio de Janeiro. 

Há três semanas, começou a funcionar a redação de Brasília, que está sendo instalada no Setor Hoteleiro Norte, no Edifício Le Quartier Hotel&Bureau. Inicialmente, será uma estrutura enxuta, formada por um diretor, um repórter e dois estagiários. 

O jornalista Rudolfo Lago, com 37 anos de experiência na cobertura política em Brasília, comandará a redação. Que tem como repórter Gabriela Gallo. 

Segundo Claudio Magnavita, no início a produção local se concentrará mais na produção própria de conteúdo político, assuntos do Congresso e do governo. Mas em breve o jornal também terá conteúdo próprio de cultura. 

O antigo Correio da Manhã foi o pioneiro na produção de um Segundo Caderno cultural. E hoje essa segue sendo uma de suas características. O próprio Magnavita é autor e produtor cultural. Entre outros, ele é o autor do musical Constellation, sucesso que conta a história do voo inaugural Rio/Nova York do avião Super Constellation, na década de 1950.

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