quarta-feira, 27 de julho de 2022

Livro revela o papel dos algoritmos na propagação das fake news

Pesquisa de Magaly Prado, doutora em Comunicação e Semiótica, pontua o uso da inteligência artificial na formação de radicalizações e bolhas sociais. 


De meros conjuntos de instruções para a realização de uma tarefa, os algoritmos se tornaram personagens de destaque em um amplo debate sobre a sustentação dos preceitos democráticos em todo o mundo. Eles também são o ponto de partida do livro Fake News e Inteligência Artificial, lançamento da editora Almedina Brasil. A obra da Doutora em Comunicação e Semiótica, Magaly Prado, explora as origens da desinformação, analisa o impacto destrutivo das notícias falsas e indica os caminhos para a superação do problema.

Fruto de um trabalho de quatro anos de pesquisa e ampla investigação de áreas do conhecimento como big data, machine learning e blockchain, o livro explora o uso da inteligência artificial para a produção e disseminação de conteúdos inverídicos, enganosos, dissimuladores e potencialmente danosos. Presentes no dia a dia da população, mesmo que disfarçados ou despercebidos, os algoritmos hoje influenciam a tomada de decisões, contribuem para as radicalizações e fomentam a formação de bolhas sociais.

Ao abordar diferentes vertentes da inteligência artificial, Magaly Prado revela como o uso indevido destas tecnologias tem afetado negativamente as democracias. Com apenas alguns cliques, é possível produzir páginas, fotos, áudios e vídeos adulterados com o intuito de reforçar opiniões, mesmo que autoritárias ou discriminatórias, ou ainda desmoralizar poderes e personalidades. Esta praticidade, aliada às possibilidades de rápida distribuição de conteúdos, tem minado a confiança em instituições como o poder público, imprensa, as organizações científicas e as entidades artístícas.

Em Fake News e Inteligência Artificial, a autora se debruça sobre temas como a disputa pelas informações pessoais dos usuários na internet, o papel dos algoritimos nas mídias sociais e na distribuição de notícias e a conexão entre polarização e desinformação. Sem se abalar pelo pessimismo, a especialista destaca ainda as possibilidades, já existentes, para o controle e eventual eliminação das fake news. Isso sem desconsideradar argumentações essenciais como a necessidade de uma regulação que não incite e não emule a censura.

Sobre a autora

Magaly Prado, é doutora em Comunicação e Semiótica e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP, é também professora da pós-graduação Transformação Digital. Bolsista de pós-doutorado da Cátedra Oscar Sala (Instituto de Estudos Avançados) e da Escola de Comunicações e Artes (ECA), integra o time de pesquisadores do Center for Artificial Intelligence (C4AI), da Universidade de São Paulo (USP). Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, é autora dos livros “Produção de Rádio: um Manual Prático”, “Webjornalismo”, “História do Rádio no Brasil”, “Ciberativismo e Noticiário: da mídia torpedista às redes sociais” e “Fake News e Inteligência Artificial”.

Ficha técnica

Livro: Fake News e Inteligência Artificial
Autora: Magaly Prado
Editora: Editora Almedina Brasil, selo Edições 70
ISBN: 9788562938658
Páginas: 424 - Formato: 13x23x0,7
Preço: R$ 99,00 - Onde encontrar: Editora Almedina, Amazon

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