sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Fato Online não paga salário e jornalistas decidem por greve.

Com base no QuidNovi e no Portal do Sindicato dos Jornalistas do DF

Jornalistas do Fato Online aprovam greve se empresa não pagar salários atrasados.

Trabalhadores do Portal Fato OnLine aprovaram em assembleia ontem uma paralisação por tempo determinado se a empresa não depositar salários e décimo-terceiro em atraso. A redação não recebeu ainda o salário de dezembro, que deveria ter sido pago em janeiro, nem o décimo-terceiro.

Após muitas promessas e adiamentos, a direção da empresa prometeu fazer o pagamento até a semana que vem. Os trabalhadores decidiram que se o dinheiro não estiver na conta até o fim do expediente bancário de quinta-feira, 4/2, irão cruzar os braços a partir das 17 horas daquele dia até a 0 hora de sábado, 6/2, permanecendo toda a sexta-feira parados.

O Fato OnLine já havia atrasado o salário de novembro, que foi pago somente no fim de dezembro. E agora, os trabalhadores novamente sofrem sem o salário que já deveria ter sido pago. Há situações de pessoas em sérias dificuldades financeiras.
"O pagamento de salário é o direito mais básico do trabalhador. Os funcionários já deram vários votos de confiança e mais uma vez estão trabalhando com o prazo dado pela própria empresa, mesmo com os sucessivos descumprimentos. 
A decisão da paralisação é reflexo da insatisfação e da situação crítica que a direção da empresa provocou", afirma Jonas Valente, coordenador-geral do SJPDF, que acompanhou a assembleia. 


Ministério Público do Trabalho

No dia 27/1, foi realizada audiência no Ministério Público do Trabalho para tratar dos atrasos. Os representantes do Fato OnLine iniciaram se limitando a dizer que o salário de novembro (objeto inicial da reclamação) estava quitado. Frente à informação do SJPDF de que permanecia o atraso de salário de dezembro e do décimo-terceiro a empresa admitiu a situação e informou que regularizaria as pendências até o dia 20 de fevereiro.

Questionada sobre quais pendências seriam regularizadas, disse que apenas os salários e o décimo-terceiro para funcionários contratados com carteira assinada, sem estender o repasse a quem possui vínculo como pessoa jurídica. O representante do Sindicato questionou o prazo de 20 de fevereiro para o salário de dezembro, o que também foi contestado pela procuradora Waleiska Monte, que dirigia a audiência. Ela fixou prazo de cinco dias úteis para a quitação das pendências. Caso isso não seja feito, adiantou que irá tomar providências acerca do problema. 

Ligações Políticas

Com versão impressa e de webtv, o portal Fato OnLine entrou no ar dia 4 de março de 2015, com um time de profissionais de primeira: Nomes como os de Sérgio Assis (diretor geral), Cecília Maia (diretora de Redação), Rudolfo Lago (editor-chefe), Achiles Pantazopoulos (editor da TV Fato), Andrei Meirelles e a ex-ministra das Comunicações Sociais,Helena Chagas (colunistas). Na cobertura de Política, nomes competentes como Lúcio Vaz (editor), Mário Coelho, Edson Luiz, Afonso Morais,Marcelo Rocha e Iva Velloso.
Na Economia: Sheila D’Amorim (editora); Isabel Sobral; Fábio Graner, Regina Pires, Laís Lis e Guilherme Waltenberg, Ary Filgueira e Beatriz Ferrari e Joelma Pereira (repórteres). Na Fotografia: Orlando Brito (editor); Igo Estrela, Joel Rodrigues e Sheyla Leal.

Num período de crise na imprensa, o responsável pelo empreendimento foi Silvio Barbosa Assis, que se apresenta como operador no mercado financeiro, mas que foi apontado pelo jornalista Mino Pedrosa, no seu Portal QuidNovi, como sendo lobista, além de outras qualidades em seu currículo.

"Denunciado no Amapá – diz Pedrosa - por enriquecimento ilícito associado ao tráfico de drogas, Assis é considerado um homem de grande habilidade e se apresenta como afilhado de políticos de renome e caciques de vários partidos, como o ex-presidente José Sarney. Ele teve de sair de lá às pressas, depois de ter sido preso por sonegação fiscal. Antes da fuga, porém, já havia sobrevivido a um ajuste de contas em Macapá, onde recebeu seis tiros à queima-roupa, fazendo jus à lenda de que o gato tem sete vidas.”
Ainda segundo Pedrosa, Assis teria captado recursos para ajudar no financiamento da campanha do atual governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Após a vitória e posse, “Assis convocou auditores do Detran e o seu diretor geral, Jayme Amorim de Sousa, e comunicou ser o ‘dono’ da autarquia, e dizendo falar em nome do governador Rodrigo Rollemberg e da presidente da Câmara Distrital, Celina Leão.”

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