sexta-feira, 26 de junho de 2015

Pesquisa indica que impressos ainda são mais efetivos na relação com o consumidor

Em tempos de redes sociais, pesquisa indica que impressos ainda são mais efetivos na relação com o consumidor. De acordo com Fábio Arruda Mortara, vice presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica - Abigraf Nacional, campanhas que utilizam o meio impresso para se comunicar com seu público alvo são mais eficazes, práticas, atraentes e sustentáveis.

A informação tem por base uma pesquisa contratada pela gráfica do Grupo Positivo – Posigraf junto ao Instituto Data Popular, que concluiu que impressos promocionais são os meios mais efetivos para se divulgar promoções e atrair o público para mercados, lojas e comércios específicos. Realizada com 820 pessoas, nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, a pesquisa comprova que dois terços dos entrevistados vão a um estabelecimento devido às promoções e informações trazidas em encartes. Ou seja, embora avance no meio digital, os impressos ainda ocupam importante espaço para comércios.
De acordo com o levantamento, 84% das pessoas usam os folders para se informar sobre promoções e atrações. Além disso, 83% leem os panfletos promocionais em casa e oito em cada dez também acompanham as ofertas ao receberem no próprio local. Desse total de entrevistados, 66% foram a um estabelecimento para efetivar a compra de produtos apresentados. A própria pesquisa questiona se os entrevistados trocariam os impressos pelo meio digital e 47% das pessoas seguem a linha de que o material é indispensável.
O estudo trouxe outros resultados surpreendentes. Embora a televisão seja mais eficiente para anunciar ofertas, os impressos promocionais apresentam resultados mais efetivos em atração e, sobretudo, conversão de vendas, superando, inclusive, a televisão. "Baseado nessa pesquisa, percebemos que o índice mais eficiente para anúncios de ofertas são os impressos promocionais", explica a analista de logística da Posigraf, Flávia Gomes dos Santos.

Ao perceber esses dados, a Posigraf investiu na efetividade deste tipo de comunicação, criando mecanismos para garantir uma entrega mais eficiente e controlada. Por meio de pesquisas e softwares de "Geomarketing", os estabelecimentos conseguem definir quais são suas áreas de influência e o tipo de público que gostariam de atingir. "Mapeamos a área de distribuição, conforme a necessidade do cliente e o público-alvo desejado", explica Flávia. "Além disso, um auditor pode ser contratado para acompanhar todo o processo e garantir a entrega dos materiais", revela.

Longe do fim

Os impressos estão longe de acabar, na opinião da coordenadora do Núcleo de Estudos e Laboratório de Varejo da Escola de Comunicação e Negócios da Universidade Positivo (UP), Fabíola Paes. "A tecnologia ainda não está 100% disponível para a população, então não é possível imaginar o fim da mídia impressa. Há um grupo de pessoas, no qual eu me incluo, que prefere ter nas mãos o material para ler. Obviamente, é preciso alinhar bem quais categorias devem ser trabalhadas com mídias impressas para se atingir o resultado esperado", afirma a professora.

A criação de softwares específicos para ampliar a efetividade da ação traz novo conceito à comunicação física, seguindo critérios obtidos pela internet. "No meio digital, as ações são mais assertivas devido aos relatórios e às análises. E, até então, no meio físico, não havíamos implantado isso", explica Fabíola. "Com o impresso e pesquisas de geomarketing, há garantia de que algo tangível vai ser entregue a futuros clientes, especialmente em categorias que lidam com necessidades básicas, como mercados e farmácias", diz.


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