A
emissora TV Gazeta - GO e a Rádio Gospel FM foram arrombadas e
saqueadas em Caldas Novas, estado de Goiás, no dia 2 de janeiro, supostamente a mando de lideranças políticas locais filiadas ao PSDB, mesmo partido do governador Maguito Vilela.
Segundo funcionários, ainda perplexos com o
ocorrido, a invasão armada ao prédio das emissora teria sido, supostamente, a mando do prefeito da cidade e
do grupo do recém eleito deputado estadual Marquinho do Privé -PSDB/GO.
As evidências partem de um vídeo - com mais de 22 mil
acessos na internet - onde um dos líderes da invasão (funcionário do grupo hoteleiro
da família do deputado), que levou todo o equipamento da TV e também o que era
de uso pessoal de um funcionário, diz abertamente que o motivo foi por o dono
das emissoras falar contra o prefeito Evandro Magal.
Entretanto, como salienta o próprio proprietário das duas emissoras, Adão Gonçalves, até há pouco tempo, o relacionamento dos dois grupos era bom.
Veja também:
Família do ex-vice-prefeito de Caldas Novas
e hoje deputado estadual, Marquinhos Privê, PSDB,
é apontada como sendo a mandante
do empastelamento das duas emissoras.
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No início do ano,
o então vice-prefeito de Caldas Novas, me procurou para fazer uma negociação na
divulgação da sua campanha, já que o mesmo seria candidato a deputado estadual.Na ocasião negociamos que o agora deputado Marquinhos do Privé, compraria
alguns equipamentos que seriam usados na TV Gazeta e em troca, minhas empresas
fariam anúncios e matérias pagas, o que foi feito. No final da campanha, o deputado
Marquinhos do Privé ficou me devendo alguns valores, além dos equipamentos que
ele já tinha me entregado - afirma Adão
Gonçalves, proprietário das emissoras.
A TV e a rádio permanecem
fora do ar. Outra grande emissora de TV esteve no local e fez a matéria, porém
antes de veiculá-la, o deputado Marquinho do Privé esteve na emissora, em Goiânia,
tirou foto com o repórter e a matéria simplesmente sumiu.
Será que em Caldas
Novas a lei que garante liberdade de imprensa não existe? Os poderosos estão
desafiando a justiça brasileira certos de que o dinheiro compra tudo e todos?
As imagens da violência que reina em Caldas Novas, no estado de Goiás, e a total falta de ação das autoridades policiais são chocantes. Demonstram a existência de coronéis que estão acima da lei e da ordem.
Veja o vídeo produzido a partir de imagens de celulares e cinegrafistas amadores.
Adão Gonçalves, proprietários das emissoras,
diz que elas foram alvo de ação a mando
das lideranças políticas locais. |
Segue, abaixo, o relato do proprietário
das emissoras Adão Gonçalves.
"Na última sexta-feira,
02/01, fui surpreendido com a informação que pessoas ligadas ao Prefeito
de Caldas Novas e ao Deputado Estadual Marquinhos do Privé, estavam na porta da
minha emissora para retirar a emissora do ar.
Comuniquei aos meus advogados,
os quais foram de imediato para a porta da emissora, a mesma se encontrava fechada,
pois estava exibindo programação gravada, por causa do feriado. Ao constatar que
realmente os representantes do prefeito de Caldas Novas e ao deputado estadual, Marquinhos do Privé, estavam dispostos a arrombar a porta da emissora, os
advogados chamaram a policia, a qual compareceu e aconselhou os mesmos a não
invadir a emissora. Neste momento a PM recebeu ordem para deixar a porta da
emissora.
Em seguida, o gerente do Hotel
Privé, Ézio Afonso, e a advogada do Grupo Privé, Drª. Norma Luiza Reategui, voltaram
para a porta da emissora e chamaram o restante dos funcionário e um caminhão de
mudança, chegou também o segurança do deputado Estadual Marquinhos do Privé,
Omar Bernardo, conhecido como "Capacete", com arma na cintura, o qual
quebrou a porta da emissora para os funcionários do Grupo Privé entrarem.
A ação durou cerca de 30
minutos, logo que a polícia saiu e começaram a arrobar a emissora, ligamos para
todos os números de celulares das viaturas. Liguei para o celular do
comandante de polícia, Tenente Coronel Wesley, para o Major Welington, para a
CPU, para o 190 através de várias operadoras e ninguém nos atendeu.
Ligamos também para o Corpo de
Bombeiros, que através dos seus oficiais fizeram contados com a PM, mas ninguém
quis fazer o atendimento da ocorrência.
A Policia Civil atendeu o
telefone, mas disse que não poderia atender pois é serviço da PM.
Depois de uma hora do ocorrido, a PM compareceu no local para fazer a ocorrência.
Nas gravações feitas por
celulares de funcionários, clientes e por quem passava pelo local, pode ser
constatado agressões a funcionários da TV Gazeta, os quais foram
obrigados a desligarem equipamentos coagidos sob ameaça de arma de fogo.
Nas gravações também fica
claro que o motivo da ação é pelo fato das emissoras e jornal estarem fazendo
matérias “negativas” contra a administração do Prefeito Evandro Magal.
Levaram vários equipamentos da
sede da empresa, tirando a TV Gazeta canal 23 do ar, retirando também a Rádio
Gospel do ar, e deixando o jornal diário Gazeta impossibilitando de editar
suas edições, que circula em Caldas Novas e sul do Estado de Goiás. Além de
equipamentos foi levado o valor de R$ 34.683,00, do caixa da emissora, o qual
seria utilizado para o pagamento de funcionários no próximo dia 5.
Apesar do gerente do deputado
Marquinhos do Privé ter dito nas gravações que a ação criminosa estava sendo
feita porque os veículos de comunicação estavam falando “mau” do prefeito de
Caldas Novas Magal e do governador, o empresário Adão Gonçalves não acredita na
participação do governador nessa ação criminosa pois seus veículos nunca falou mal do seu governo e ao contrário disso
sempre divulgou o bom trabalho realizado pelo governador Marconi em todo o
estado de Goiás".
ResponderExcluirNa verdade o grupo prive com o grupo exata socios do Carlos cachoeira ,hoje 09/01 a Policia Federal recebeu cominucado para investigar a participação dos grupos de Caldas com Carlos cachoeira
http://www.agenciapress.net/2015/01/nota-imprensa-grupo-prive.html
Em email enviado a este blog, a Agência Press, assessoria do Grupo Privê, enviou a seguinte nota, que segue em módulos, devido ao seu tamanho:
ResponderExcluirA assessoria de imprensa do Grupo Privé, à respeito das versões que circulam nas redes sociais e em alguns veículos de comunicação, e em atenção à informação correta e verdadeira, vem à público esclarecer nossa ótica dos fatos, sobre o lamentável episódio ocorrido no último dia 02/01 em Caldas Novas, na busca do patrimônio do Grupo Privé, que encontrava-se indevidamente em posse do Grupo Exata.
Desta forma, vale observar, alguns pontos, ainda não esclarecidos publicamente, como por exemplo, que existia uma parceria, firmada através de um comodato verbal, onde era cedido ao Grupo Exata, todo o equipamento para o funcionamento da TV Gazeta, conforme consta nas NOTAS FISCAIS, já em poder das autoridades policiais. É importante ressaltar da mesma forma, que ao firmarmos a referida parceria comercial, o prédio onde ocorreram os fatos, estava totalmente inacabado, fato este que culminou em vários investimentos de nossa parte, para que a emissora pudesse ser colocada em funcionamento. Tudo isso comprovado através de depósitos feitos ao Grupo Exata e seu representantes, ou empresas coligadas.
Considerável destacar ainda, que era repassado por uma das empresas do Grupo Privé, valor integral dos gastos gerados com a transmissão da referida emissora, incluindo pagamento de funcionários, despesas de custeio, e ainda, valores contratados junto a empresa mantenedora da concessão. Valores estes que, comprovadamente, não estavam sendo repassados devidamente pelo Grupo Exata, fato esse, gerador da rescisão contratual por parte da Fundação.
Após indícios de divergências de toda ordem, financeira e contábil, buscamos maiores informações junto a Diretoria Executiva da Fundação detentora da concessão de exploração de serviços de radiodifusão de som e imagens. A mesma, prontamente nos informou que, nem o Grupo Exata, tampouco, o Sr. Adão dos Reis Gonçalves, possuía mais qualquer direito de utilização da torre e antena de transmissão ou mesmo, qualquer poder de veiculação de imagem na referida concessão, pois alguns fatos ocorridos, teriam, inclusive, desobedecido as normas da Agencia Nacional de Telecomunicações e ao Código de Telecomunicações e demais legislação pertinente.
Ocorre ainda, que o Grupo Exata por motivos escusos, ocultou premeditadamente, a perda do direito de retransmitir as imagens da TV, conforme demonstra Certidão de Notificação nº 28686 [em anexo], datada em 17/12/2014, expedida pelo 2º Tabelionato de Notas de Caldas Novas, também em anexo. O motivo alegado nesta Notificação, teria sido inadimplência, negligência e má fé, por parte do Grupo Exata e seu responsável.
Diante disso, entramos em contato com o Grupo Exata e seu responsável, Sr. Adão dos Reis Gonçalves e solicitamos a restituição de todos os nossos maquinários, equipamentos, mobiliários e veículo, que se encontravam em seu poder. No primeiro momento ele se prontificou a entregar, todavia, em ocasião da retirada dos mesmos, proibiu efusivamente qualquer acesso às dependências, culminando inclusive, em animosidade e ações ofensivas por parte do mesmo e de alguns de seus funcionários, e agressões verbais ao Diretor Superintendente do Grupo Privé, Sr. Sebastião Èzio Afonso, conforme Boletim de Ocorrência nº 38/2015 [em anexo], firmado na Delegacia de Polícia Civil de Caldas Novas, pelo Escrivão, Luciano Caixeta de Freitas e Delegado de Polícia, Dr. Leilton Benedicto de Barros Arruda.
(cont.)
continuação
ResponderExcluirNaquele instante, foi percebido pela nossa equipe, que funcionários do Grupo Exata estavam ocultando e retirando do local, vários equipamentos de nossa propriedade, através do muro do fundo do prédio onde se localizava a emissora. Foi exigido, a partir de então, que todo nosso patrimônio, orçado em mais de R$ 690.000,00 (Seiscentos e noventa mil reais), nos fossem entregues. A resposta novamente foi que, só nos deixariam entrar depois de esvaziarem tudo, ato contínuo, que um de nossos funcionários, tomado de forte emoção e infelizmente mal orientado, arrombou a porta, e neste momento, todos adentraram e conseguiram recuperar menos de 40 por cento de todo nosso patrimônio investido naquele local.
De imediato, nossa equipe se deslocou até a torre de transmissão e galpão anexo, no intuito de recuperar outros equipamentos, na ordem de R$ 100.000,00 (Cem mil reais), mas infelizmente o local havia sido ‘arrombado’ e segundo consta, pessoas ligadas ao Grupo Exata já haviam retirado o transmissor e vários equipamentos, além de destruído um portão e outros pertences naquele local.
Manifestamos portanto, nossa total indignação, tanto pela forma escusa em que fomos tratados, como também com a apresentação de versões caluniosas, difamatórias e injuriosas que estão sendo divulgados por pessoas ligadas ao Grupo Exata, no sentido de manipular a opinião pública contra nós. Informamos ainda, que o referido funcionário do Grupo Privé, Sr. Omar Cezar Bernardo, encontra – se suspenso de suas atividades profissionais e em processo administrativo disciplinar, devendo ser punido pela abordagem equivocada, e especialmente por não seguir as normas operacionais e os valores éticos da empresa.
Lembramos oportunamente, que somos um grupo com 50 anos de existência, com mais de 2500 funcionários, onde, ao longo desses anos foi construída toda uma história de solidez, com bons hábitos, respeito e empreendedorismo. Mesmo assim, é importante frisar, que não estamos aqui para sermos lesados por pessoas de condutas duvidosas, que agem de má fé em total desrespeito aos acordos firmados.
Diante tudo isso, buscaremos o ressarcimento dos nossos prejuízos, lamentando ter acreditado em alguém, que desde o início nos informou que possuía exclusividade de transmissão por mais 15 anos, o que nunca existiu, e que, através de situações forjadas e maliciosas tenta envolver nosso ilibado nome nesta série de acontecimentos, sem precedentes, promovendo em consequência, um golpe que nos deixa prejuízos materiais, mas que, certamente, jamais abalará o respeito e a tradição de nosso conglomerado de empresas.
Estranhamos, contudo, que o Grupo Exata, se valha de evasiva alegação e pretextos ardilosos, na tentativa de esquivar-se de dificuldades e conseguir privilégios, ao narrar os fatos, escondendo assim sua verdadeira intenção em abafar todo imbróglio que envolve o desacordo comercial entre as partes. A busca constante do Sr. Adão dos Reis Gonçalves, em transformar o ocorrido em “fato político” ou “atentado a imprensa”, demonstra todo pendor do mesmo, para se portar como vítima, em seu discurso vazio de consistência e realidade. É importante destacar contudo, que apesar de toda ilação exposta na imprensa, nenhum Boletim de Ocorrência foi registrado até o momento pelo Grupo Exata, seus responsáveis ou quaisquer funcionário da mesma.
Por fim, reafirmamos, que todas as medidas judiciais e documentação comprobatória estão em poder das autoridades policiais e deverão acompanhar toda adoção de medidas judiciais cabíveis. Queremos punição rigorosa e exemplar, tanto para os golpistas, como para aqueles que denegriram o bom nome do Grupo Privé sem o conhecimento dos fatos. Lamentamos profundamente toda esta situação, mas refutamos com absoluta veemência, as falsas e covardes acusações apresentada até aqui pelo Grupo Exata ou por pessoas ligadas ao mesmo.
Assessoria de Imprensa / Grupo Privé
Teresa Cristina R. D. Amaral
Jornalista/Produtora Executiva DRT: 3514
O mais absurdo é ver colegas de imprensa aceitando mentir ao escrever essa nota absurda que afirma que nós estávamos tentando furtar os equipamentos pelo muro dos fundos e que por isso tiveram que arrombar. Tem coisas que não deviam ser vendidas nunca. Caráter, certamente é uma delas.
ResponderExcluirQual resultado dessas ações, hoje, 26/12/2015?
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