Jota Pingo foi candidato à Constituinte e presidiu o Clube de Imprensa. Foto: CB |
Outros não suportavam sua irreverência.
Mas ninguém ficava inerte a sua presença, a sua personalidade.
O certo é que a história de Brasília, a história da cultura local, da autonomia política do Distrito Federal e a dos jornalistas desta cidade não pode ser contada sem um capítulo dedicado a Jota Pingo.
Carlos Augusto Campos Velho, gaúcho de Porto Alegre, irmão do artista Paulo César Pereio, radicado em Brasília desde 1977, diretor, roterista, artista de cinema e de teatro, jornalista, ex-presidente do Clube de Imprensa, militante da cultura candanga, agitador do Pacotão. Em 1986, foi candidato a deputado constituinte com o slogan "Chega de Bastas!!" E desde 1988, Pingo tenta construir na região do Jardim Botânico um centro cultural.
De personalidade polêmica, muitos irão lembrar da Vaca que ele criava no Clube de Imprensa, dentro de uma proposta naturalista para a entidade.
Um belo dia, a vaca fugiu, atravessou os banhistas, deixou a mulherada que pegava sol estarrecida e as crianças em delírio, passou pela quadra de futebol de salão e da de volei, deu meia volta e acabou atolando às margens do Paranoá. Literalmente, a vaca tinha ido para o brejo e de lá ela só retornou com a ajuda de uma corporação do Corpo de Bombeiros.
Pingo morreu no sábado à noite. Estava na fila de um supermercado, passou mal, foi socorrido pelo Samu, que o levou até o Hospital de Base, mas não resisitiu à parada Cardiáca.
O velório de Jota Pingo estava sendo organizado para a este fim de domingo no Museu Nacional de Brasília
Ao lado do Brother, do Carlão, do Fernando Lemos, do Chico Barriga e de tantos outros colegas que estão agora (des)organizando o desfile do Pacotão em outra dimensão, Pingo é uma destas personalidades que marcaram a cidade.
Um grande adeus a Carlos Augusto Campos Velho.
Ou melhor: Jota Pingo, apenas.
Hoje vejo como foi importante termos almoçado juntos na sexta-feira ! Abração, amigo ! Vá com Deus !.
ResponderExcluir