sábado, 17 de novembro de 2012

Colunista é demitido após espinafrar indígenas

Por Daniela Novais, publicado originalmente em Brasília em Pauta


O colunista social mineiro Walter Navarro, do Jornal O Tempo, de Belo Horizonte, conseguiu superar o feito de JR Guzzo e as cabras da revista Veja, ao escrever um texto sobre os Guarani Kaiowá, publicado no último dia 08. 
Não bastasse a ignorância e as frases descabidas, no mesmo estilo que o espinafrado texto contra os homossexuais na Veja, arriscamos afirmar que Navarro supera o colega quando chega a dizer que “índio bom é índio morto” em um texto com o título “Guarani kaiowá é o c… meu nome agora é Enéas p…”. 
Num amontoado de frases, que este Portal se recusa em chamar de artigo, ele critica a postura de usuários que adotaram o nome Guarani Kaiowá em suas páginas no Facebook, em sinal de solidariedade com a causa indígena. “Tem coisa mais chata, hipócrita, brega e programa de índio que este pessoal do Facebook adotando o nome Guarani Kaiowá? Gente cuja relação com o verde se resume à alface do McDonald’s…”, afirma. Não contente, ele exprime opiniões sobre os índios dignas dos seguidores de correntes de pensamento como o nazismo.

Por conta da repercussão e da polêmica gerada pela coluna de Walter Navarro a coluna foi retirada do site do jornal e ele foi afastado da função que exercia na Sempre Editora, responsável por O Tempo. A decisão foi divulgada nesta terça (13) em um comunicado postado na fan page da empresa no Facebook. “Informamos que o jornal O TEMPO decidiu afastar o colunista Walter Navarro do seu quadro de colunistas e que a Sempre Editora não compactua com nenhum tipo de preconceito e/ou manifestação preconceituosa. Reforçamos, assim, o nosso compromisso com o bom jornalismo” , afirma o comunicado. 
Fica a brecha para que a Revista Veja contrate este escritor de asneiras, que é um periódico que segue essa mesma linha editorial do que ele escreveu. 

Para quem quiser perder tempo e tiver estômago, segue abaixo o texto que foi removido do site do Jornal O TEMPO.

“GUARANI KAIOWÁ É O C… MEU NOME AGORA É ENÉAS P…”

Tem coisa mais chata, hipócrita, brega e programa de índio que este pessoal do Facebook adotando o nome Guarani Kaiowá? Gente cuja relação com o verde se resume à alface do McDonald’s… Mais ou tão.

Uma dessas chatas do Facebook reclamou da minha gozação dizendo que todo brasileiro é guarani kaiowá. Eu não! Nunca nem ouvi falar e, se é pra escolher, prefiro descender dos tapaxotas ou tapaxanas. Mas bom mesmo é de destapar…

Guarani, só meu time em Campinas, campeão brasileiro de 1978.

Como diriam o Marechal Rondon e os irmãos Villas Boas, “Índio bom é índio morto”! “Matar, se preciso for, morrer, nunca!”.

Tudo em São Paulo tem nome de índio. Consciência pesada dos bandeirantes: Anhanguera, Ibirapuera, Canindé, Aricanduva, Morumbi, Jabaquara, Tucuruvi, Tatuapé e agora Haddad, da tribo dos Ali Babás… Ô raça!

Por falar na terra de Maluf e do PT, o que está acontecendo em São Paulo? Acho que a Lei do Desarmamento não pegou por lá. Principalmente quando tem eleição. É assim: Lula liga pro Zé Dirceu, que liga pro Gilberto Carvalho; daí pro Genoíno, que liga pro Marcos Valério, que liga pros presídios e manda matar o Celso Daniel; quer dizer, matar policiais e concorrentes, em troca de banho de sol, visita íntima e regalias mensais.

Outra paulistana, aquela maconheira da Rita Lee, tem até modinha cantando: “Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio, viver pelado, pintado de verde, num eterno domingo, ser um bicho preguiça, espantar turista e tomar banho de sol…”.

Credo! Fico pelado só para fins de reprodução, odeio domingo, preguiça é pecado; sou viajante (turista, gosto nem de ver) e banho de sol, repito, é coisa pra petista.

Viver pelado, pintado de verde, também é bom não. Imaginem se me confundem com um palmeirense.

E chamar índio de preguiçoso é preconceito, ignorância histórica. Índio é correligionário do ócio criativo… Ou, simplesmente do ócio, pronto.

Tem mais. Estes petistas, ambientalistas de Facebook, de passeata e de domingo, partidários dos Espelhinhos & Miçangas (Guaranis Kaiowá), também enchem o saco dizendo que todo mundo lamenta os estragos do furacão nos EUA e fala nada sobre Cuba. Ô raça!

É aquela piada: “Barak Obama e Gordon Brown estão num jantar na Casa Branca. Um dos convidados aproxima-se e pergunta: ‘De que é que estão conversando de forma tão animada?’.

‘Estamos fazendo planos para a terceira Guerra Mundial’, diz Obama.

‘Uau!’, exclama o convidado: ‘E quais são esses planos?’

‘Vamos matar 14 milhões de argentinos e um dentista’, responde Obama.

O convidado, confuso, pergunta: ‘Um… dentista? Por que é que vão matar um dentista?’.

Brown dá uma palmada nas costas de Obama e exclama: ‘Não te disse? Ninguém vai perguntar pelos argentinos!’.

Argentino, cubano, tudo boliviano!

E se Nova York acabar, onde vou comer meus “hot dogs” do Nathan’s? No Haiti? Façam-me o favor… Misericórdia! Jesus me chicoteia!

Quando Darwin, Lévi-Strauss e Diogo Mainardi descobriram o Brasil, tiraram várias conclusões sobre os guaranis kaiowá, um povo pescador de baiacus, que captura borboletas, retalha suas asas e coloca-as em cinzeiros de vidro para espantar, melhor, para vender aos turistas.

Protérvia ignara! Os guaranis kaiowá não passam de recolhedores de mel no meio do mato. É o povo mais primitivo do mundo, nem chegou à Idade da Pedra. Petistas “avant la lettre”! Comem cupim. Intimidam até malária! Pigmeus, parecem formigas gigantes e caracterizam-se pela insuportável pneumatose intestinal, o que faz deles companhia deveras desagradável.

Além de incestuosos, trocam os filhos por um reles anzol. Por isso, o Brasil é assim, uma mistura de índios flatulentos com criminosos portugueses…

Andam nus, exibindo suas vergonhas; os homens portam nem mesmo um estojo peniano. As mulheres são libidinosas e se vão com qualquer um. As moças tomam banhos coletivos, fazem suas necessidades nas moitas, fumam juntas e entregam-se a brincadeiras de gosto duvidoso, como cuspir uma na cara da outra.

PS: A vadiagem dos guaranis kaiowá pelo menos é lucrativa. Ontem, troquei um canivete suíço (falso) por várias toras de mogno de sua reserva. “

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