quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Opinião: Chávez e a mídia brasileira

Por Chico Barreira, no blog Fatos Novos, Novas Idéias.

A opinião pública (brasileiro médio) é diferente
da opinião publicada  pela grande mídia apátrida

Já disse várias vezes neste blog que os editoriais do Globo, do Estadão e da Folha poderiam ser assinados pela secretária de Estado Hillary Clinton. Os profissionais que produzem estes editoriais são pagos para nos fazer crer que a imprensa burguesa (do Capital) é a única livre, logo ela onde cada palavra e comprada a peso de ouro.
Por outro lado, os stalinistas desmoralizaram, ao longo do século passado, a Imprensa do Trabalhador, a que deveria ser símbolo de liberdade, ao utilizá-la com instrumento da ditadura.
Estamos, evidentemente, diante de um dilema. Dilema este agravado pelo fato de termos alimentado, durante décadas, a noção de que a Ditadura no Proletariado era uma inerência  da luta de trincheira contra o Capitalismo.
Não tenho a pretensão oferecer solução para esse impasse, mas ouso dizer que, embora de forma  empírica, o Movimento Chavista oferece um esboço de solução ao impor-se o princípio da disputa eleitoral e do respeito aos seus resultados.
A mídia burguesa  desconfia da “sinceridade institucional do chavismo”, mas não pode negar a evidência de que ele  submeteu-se, na última década, a inúmeros  desafios eleitorais e, mesmo derrotado em alguns, submeteu-se a seus resultados.
 Aliás, o único golpe de fato ocorrido na Venezuela, nos últimos dez anos, foi o praticado por partidos burgueses com apoio (intervenção grosseira em assuntos internos venezuelanos) por parte do Governo Bush.
Em outro artigo pretendo aprofundar um tema que corre em paralelo: quando no poder  os partidos reproduzem o grau de democracia interna que impõem aos seus militantes.
Seja como for, o chavismo se impõe, neste início de século, como o movimento socialista mais proficiente. Ele precisa ser mais apoiado e estudado com mais método pelos marxistas do Continente. 

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