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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Rádio digital: Brasil pode desenvolver seu próprio sistema
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática que é possível haver um sistema de transição na implantação da rádio digital no Brasil, com a existência de rádios analógicas e digitais, mas isso pode gerar custos e diminuir o espectro de transmissão em vez de duplicá-lo, como é possível em um sistema puramente digital.
Segundo o ministro, o objetivo do governo é adotar um sistema de transmissão digital para o rádio cujos transmissores e receptores sejam produzidos no próprio País. Para o governo, o baixo custo dos equipamentos também é prioridade. Paulo Bernardo não descarta uma solução nacional que possa ser adotada também pelos países vizinhos.
"Nós fizemos isso com a TV Digital. Houve uma negociação com o Japão. Incorporamos algumas mudanças tecnológicas, e esse modelo é vitorioso. Praticamente todos os países da América do Sul o adotaram; acho que só a Colômbia até agora não decidiu por ele", disse.
Demora na definição
O ministro foi questionado pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR), que é relator da Subcomissão Especial de Rádio Digital, vinculada à comissão. O parlamentar manifestou preocupação com a demora na adoção de um modelo, o que, segundo ele, atrasa a instalação de novas tecnologias no Brasil.
Paulo Bernardo esclareceu, no entanto, que se a decisão fosse tomada hoje, o sistema escolhido seria o norte-americano que será testado a partir deste ano. O ministro afirmou, porém, que a baixa adesão da população à tecnologia nos Estados Unidos e o preço dos receptores vão influenciar a decisão brasileira. Hoje, o modelo de rádio digital mais barato nos Estados Unidos custa 49 dólares (R$ 78,40).
“Há restrições quanto ao custo do aparelho, mas ele é mais barato que o europeu. Existem, no entanto, dificuldades de espectro, muitos aparelhos podem ficar obsoletos, e essa é uma questão para ser resolvida no Congresso”, reafirmou.
Sistema híbrido
Para o relator da subcomissão da Câmara destinada a acompanhar a decisão do governo, deputado Sandro Alex, o melhor caminho para o Brasil é um sistema híbrido. "O problema da escolha americana é que é um sistema fechado. O Brasil fica refém desse modelo", disse.
O Brasil tem hoje mais de 9,1 mil rádios que poderão se digitalizar melhorando a qualidade do áudio transmitido e fornecendo informações multimídia como textos e imagens para receptores com visores de cristal líquido. O ministro Paulo Bernardo alertou para a necessidade de incluir na digitalização quase metade dessas emissoras que são pequenas rádios comunitárias.
O ministro se comprometeu a enviar à comissão informações sobre os testes que já foram feitos pela pasta com sistemas digitais de radiodifusão. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) disse que a falta de informações sobre esses testes tem gerado insegurança no setor, principalmente nas rádios comunitárias. “Talvez o ministério pudesse socializar as informações sobre os testes em andamento em um site”, sugeriu.
O deputado Manoel Junior (PMDB-PB), que preside a Subcomissão Especial do Rádio Digital, lembrou que o colegiado foi convidado para participar, no próximo dia 1º, de um seminário sobre o assunto no edifício sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). No encontro, ressaltou o parlamentar, o ministério poderá explicar em detalhes o que está sendo analisado.
TV Senado: programa Leituras completa 10 anos no ar
O programa Leituras, da TV Senado, dedicado à literatura brasileira, completa, no dia 29 setembro, dez anos de existência. Sua estréia se deu em 2001, já sua edição de número quinhentos foi ao ar em 21 de agosto passado e entrevistou o escritor Gilmar de Carvalho.
Durante a X Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro em 2001, o repórter Maurício Melo Júnior realizou dezenove entrevistas com escritores brasileiros. Participaram, entre outros, Antônio Olindo, Artur da Távola, Marina Colasanti, Carlos Nejar, Alfredo Garcia-Roza e Patrícia Melo. Vários telespectadores entraram em contato com a TV Senado solicitando a veiculação de novas entrevistas com escritores. Assim foi aberto na grade de programação espaço para um programa voltado para leitura.
Em 29 de setembro daquele ano o Leituras estreou entrevistando a escritora Lia Luft. Na época ela tinha acabado de assinar contrato com a Editora Record, a quem entregara os originais de um novo livro, Perdas & Ganhos, que mudaria radicalmente sua carreira literária. Durante a entrevista a escritora confessa ser o livro uma novidade em sua trajetória e não fazia a mínima idéia de como ele seria recebido por seus leitores.
Para o aniversário a produção do programa selecionou cinco importantes entrevistas dos arquivos do programa que serão veiculadas ao logo do mês de setembro. A primeira delas, a ser exibida no dia quatro, será com o poeta Ferreira Gullar que, entre outras coisas, reconhece sua condição urbana e a necessidade de serenidade e paciência para fazer um novo poema.
No domingo seguinte será reapresentada a única entrevista longa concedida à televisão pelo escritor e sociólogo Leandro Tocantins que fala da utilização da memória em seus ensaios. Depois é a vez da escritora Lygia Fagundes Telles revelar ser a sedução a principal arma que utiliza para escrever seus contos e romances. O programa seguinte será com o escritor Autran Dourado que conta como suas experiências de vida foram decisivas na construção de sua obra. E encerrando a série de reapresentações, será veiculada a entrevista da estréia do programa com a escritora Lya Luft.
Nestes dez anos o Leituras, que além das entrevistas comenta dois livros de autores brasileiros, teve como único apresentador o jornalista Maurício Melo Júnior. Formado em Comunicação Social, com pós-graduação em Economia e Ciência Política, Maurício começou a escrever sobre literatura em meados da década de 1980. Durante dez anos escreveu críticas literárias para o jornal Correio Braziliense, onde atuou também como repórter de cultura. Escreveu ainda para outros jornais, como o Jornal do Brasil. Atualmente é crítico do jornal O Rascunho, de Curitiba-PR, e escreve crônicas semanais apara o blog Jornal da Besta Fubana, do Recife-PE.
O programa Leituras, da TV Senado, dedicado à literatura brasileira, completa, no dia 29 setembro, dez anos de existência. Sua estréia se deu em 2001, já sua edição de número quinhentos foi ao ar em 21 de agosto passado e entrevistou o escritor Gilmar de Carvalho.
Durante a X Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro em 2001, o repórter Maurício Melo Júnior realizou dezenove entrevistas com escritores brasileiros. Participaram, entre outros, Antônio Olindo, Artur da Távola, Marina Colasanti, Carlos Nejar, Alfredo Garcia-Roza e Patrícia Melo. Vários telespectadores entraram em contato com a TV Senado solicitando a veiculação de novas entrevistas com escritores. Assim foi aberto na grade de programação espaço para um programa voltado para leitura.
Em 29 de setembro daquele ano o Leituras estreou entrevistando a escritora Lia Luft. Na época ela tinha acabado de assinar contrato com a Editora Record, a quem entregara os originais de um novo livro, Perdas & Ganhos, que mudaria radicalmente sua carreira literária. Durante a entrevista a escritora confessa ser o livro uma novidade em sua trajetória e não fazia a mínima idéia de como ele seria recebido por seus leitores.
Para o aniversário a produção do programa selecionou cinco importantes entrevistas dos arquivos do programa que serão veiculadas ao logo do mês de setembro. A primeira delas, a ser exibida no dia quatro, será com o poeta Ferreira Gullar que, entre outras coisas, reconhece sua condição urbana e a necessidade de serenidade e paciência para fazer um novo poema.
No domingo seguinte será reapresentada a única entrevista longa concedida à televisão pelo escritor e sociólogo Leandro Tocantins que fala da utilização da memória em seus ensaios. Depois é a vez da escritora Lygia Fagundes Telles revelar ser a sedução a principal arma que utiliza para escrever seus contos e romances. O programa seguinte será com o escritor Autran Dourado que conta como suas experiências de vida foram decisivas na construção de sua obra. E encerrando a série de reapresentações, será veiculada a entrevista da estréia do programa com a escritora Lya Luft.
Nestes dez anos o Leituras, que além das entrevistas comenta dois livros de autores brasileiros, teve como único apresentador o jornalista Maurício Melo Júnior. Formado em Comunicação Social, com pós-graduação em Economia e Ciência Política, Maurício começou a escrever sobre literatura em meados da década de 1980. Durante dez anos escreveu críticas literárias para o jornal Correio Braziliense, onde atuou também como repórter de cultura. Escreveu ainda para outros jornais, como o Jornal do Brasil. Atualmente é crítico do jornal O Rascunho, de Curitiba-PR, e escreve crônicas semanais apara o blog Jornal da Besta Fubana, do Recife-PE.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Seminário debate rádio digital
O Brasil ainda faz testes com as diferentes tecnologias, principalmente com os modelos norte-americano e europeu, para definir qual sistema de transmissão digital será adotado no País, segundo o Minicom.
Durante o seminário, deverão ser discutidos temas como funcionamento e uso de padrões de sistemas, com destaque para as implicações práticas para radiodifusores; propriedade intelectual, royalties e exploração de marcas e patentes; impactos na gestão do espectro de radiofrequência. O evento será realizado no edifício-sede dos Correios, em Brasília, das 8h30 às 18
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
The Clinic: a inacreditável história da mais famosa e irreverente revista chilena
Dizem por aí que bom jornalismo é coisa séria. E quanto mais investigativo, mais denso e carrancudo tem de ser o repórter. Tudo isso pode até ser verdade. Desde que você não trabalhe para a revista mais lida do Chile.
O satírico The Clinic é hoje a publicação semanal mais influente do país mais tradicionalista e conservador da América Latina. O negócio é redondo como um pote de ouro no fim do arco íris: dá dinheiro, tem prestígio, é influente e está recheado de mulher pelada. É pouco? Acrescenta aí: um enorme bar de três andares num dos bairros mais boêmios de Santiago leva o nome da revista e reúne todos os dias em suas mesas o que, sem maior cuidado, poderia ser chamada de a nata da mocidade local.
Como ninguém é imune ao escárnio, um encontro entre Piñera e Berlusconi é um prato cheio para a revista
Para o padrão brasileiro, é como se o Pasquim renascesse e roubasse o lugar da Veja como a revista mais vendida do país – só que menos panfletária, mais leve, antenada. Toda semana, você veria nas bancas, na primeira página, alguma montagem grotesca de photoshop ironizando as figuras mais sisudas de Brasília. Dentro, haveria um ensaio fotográfico de alguma beldade capaz de revelar segredos de alcova de meia dúzia de figurões do mundinho empresarial. Tudo produzido por um bom time de repórteres investigativos. Junte-se a isso o bar de três andares, lembra dele? É uma espécie de bunker estiloso da boemia, erigido na esquina da Vila Madalena com os Arcos da Lapa. E, de uns anos para cá, rendendo rios de dinheiro.
O Opera Mundi passou uma manhã de outono com um dos donos deste improvável negócio, o empresário e escritor chileno Patricio Fernández. A entrevista foi feita na redação do semanário, que funciona no alto de um edifício antigo, na zona central de Santiago, de frente para o imponente Museu de Belas Artes.
"Pato", como é conhecido, instalou no meio desta zona nobre uma verdadeira metralhadora giratória. Camuflado entre as folhas que em junho caem como chuva em Santiago, ele e sua turma de 25 jornalistas miram e acertam entre os olhos das mais sólidas instituições chilenas: as Forças Armadas, o Partido Comunista, a Igreja, as igrejas, os fãs de Allende e de Pinochet, os mineiros soterrados em Atacama, as famílias de nome e sobrenome, os populistas e os adoradores de pobres de vitrine.
"Sinceramente? Sempre achamos que o próximo número seria o último. Mas a coisa foi fazendo sucesso sem que planejássemos nada. Hoje, vendemos 35 mil exemplares nas bancas, toda semana", diz Pato, enquanto ajeita os óculos de Woody Allen no rosto. "Isso não era pra ser sério", pontua num volume mais baixo, quase se desculpando.
No Brasil, 35 mil exemplares podem até não ser muito. Mas o Chile inteiro cabe dentro de São Paulo. Noves fora, é como se 1 em cada 85 lares chilenos tivesse um exemplar do The Clinic.
Reprodução/The Clinic
A 'morte de Osama bin Laden', pelo olhar do The Clinic
A revista nasceu em 1998, como um jornalzinho de quatro páginas distribuído de graça, sem publicidade. Era, na época, o material mais irreverente e depravado jamais editado em papel jornal na história do Chile.
O país vinha saindo de uma ditadura militar sangrenta. Entre o golpe de 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet, e o fim da ditadura, em 1990, foram mais de 3 mil mortos e desaparecidos num espaço de 17 anos, sem contar os milhares de exilados políticos e a geração de chilenos que nascia no exterior, desarraigados de qualquer idéia de lar. O ambiente não era para piada.
A geração que gerou o The Clinic havia passado maus bocados na mão dos militares. Tanta juventude contida só podia mesmo desaguar numa catarse coletiva com o fim da ditadura. Sátira, crítica mordaz e um pouco de autodepreciação serviram de vetor para o jornalismo que emergia das profundezas de um caldo escuro, composto por densos rancores da censura, perseguição, brutalidade, moralismo, tortura e uma paranóia permanente, que custava passar.
Reprodução/The Clinic
Sátira crítica à Olimpíada de Pequim, em 2008
"Na verdade, acho que nem se tratava de jornalismo. Éramos apenas um grupo de amigos, jornalistas, artistas, intelectuais, pintores, gente criativa que juntava material e punha o panfleto para circular", conta Pato.
No ano de nascimento do The Clinic, o juiz espanhol Baltasar Garzón havia conseguido impor o primeiro constrangimento político e legal ao intocável general Pinochet. Ao deixar o Chile para buscar tratamento médico numa clínica de Londres, o ex-ditador acabou detido pela Scotland Yard no dia 16 de outubro daquele ano. A polícia londrina britânica agia com base num pedido internacional de busca e extradição movido pelo jurista espanhol. Era inacreditável que isso pudesse acontecer com quem, por quase duas décadas, havia exercido poder absoluto de vida e de morte contra todos os chilenos.
Reprodução/The Clinic
Sexta edição do The Clinic, tratando do tema que deu origem ao nome da revista
Pinochet permaneceu 503 dias em prisão domiciliar, na clínica londrina. Todos os dias, várias vezes ao dia, as TVs chilenas emitiam boletins ao vivo, transmitidos por repórteres que tinham atrás de si um letreiro que dizia "The Clinic". O nome da revista chilena nasceu daí. Sua alma, entretanto, vinha sendo gestada há muito tempo.
A gênese do The Clinic foi obsessivamente anti-pinochetista. Era como se o ditador encarnasse sozinho todo o mal da humanidade. Mas sua morte, em dezembro de 2006, mostrou que a publicação havia consolidado identidade própria.
Com o tempo, a revista comandada por Pato foi achando o tom. "Esse negócio de fazer piada com coisa séria é coisa séria", pondera. "Na dúvida, sempre nos guiamos pela receita do poeta Nicanor Parra, que nos dizia sempre: entre o vulgar e o pedante, prefira sempre o vulgar. É como se equilibrar num precipício todo dia".
Apesar do enorme desafio, o The Clinic nunca foi alvo de nenhum processo. "Acho que o pessoal sabe que, se nos processar, a piadaria vai comer solta. Talvez seja melhor deixar passar", diz Pato.
Uma das maiores mostras de que o semanário prefere a vulgaridade ao pedantismo está no concurso de nudismo promovido em 1998. O primeiro campeonato chileno de strip-tease terminou com um vencedor inusitado: o operário da construção civil que ficou de botas e completamente nu diante dos jurados, num dos principais teatros de Santiago. O vencedor preferiu trocar o prêmio oferecido pelo The Clinic – uma passagem aérea de ida e volta para o Rio de Janeiro – por dinheiro.
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domingo, 28 de agosto de 2011
Radionovela da rádio do STF prega boicote a roupas produzidas pelo trabalho escravo
Sônia insiste em comprar roupas das Lojas Mara, acusada de utilizar mão-de-obra escrava. Mas com os puxões de orelha de Bete, ela parece ter parado. Só que Bete está desconfiada de que Esteban, o novo namorado da Sônia é, na verdade, um trabalhador escravo. Essa é a trama da nova radionovela produzida pela Rádio Justiça, que estreia na próxima segunda-feira (29).
Histórico
Justiça em Cena é um projeto da Rádio Justiça iniciado em 2004. Retomado e reelaborado em 2007, o programa tem episódios semanais. Entre as edições anteriores, “A Marcha da Pamonha” falou sobre o direito de reunião e “Unidas Venceremos”, sobre o direito de greve. Em “Metendo a Colher” o tema foi a separação consensual. A última, “Estágio, Mentiras e Fita Crepe”, falou sobre a Lei do Estágio.
Em novembro de 2008, o programa Justiça em Cena foi considerado pela segunda vez consecutiva “Melhor Programa de Rádio” pelo 6º Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça.
Roteiro e direção, Guilherme Macedo. Sonoplastia, Daniel Leite. Vozes: Geórgea Fernanda, Guilherme Macedo e Jacqueline Brandão.
No ar
A radionovela “Fora de Moda” será veiculada de segunda a sexta-feira, em diversos horários. Sábado e domingo, às 20h, a rádio apresenta o compacto com a história completa.
A Rádio Justiça é sintonizada em 104,7 MHz, em Brasília, via satélite ou pelo site www.radiojustica.jus.br. O áudio de todas as radionovelas produzidas está disponível no site.
Radionovela vai ajudar combater a AIDS em Moçambique
A Organização Mundial para Migrações, OIM, anunciou o lançamento de uma radionovela com apoio da agência, que aborda a prevenção do HIV em Moçambique.
A série em língua emakwa intitulada “Mukwaha n’Ekumi”, ou Viaje Seguro – em tradução livre –, será difundida no corredor de Nacala, a norte. Trata-se de um dos mais movimentados do país, ligando a região moçambicana à capital malauiana, Blantyre, informa a rádio ONU.
A OIM aponta que a iniciativa, que tem o objectivo de aumentar o acesso aos serviços de saúde – especialmente do HIV, aborda o estigma, discriminação, parceiros múltiplos e o uso do preservativo. O país apresenta uma taxa de prevalência de 11,5% entre pessoas de idades entre os 15 e 49 anos.
Falando à Rádio ONU, de Maputo, o director de línguas nacionais da Rádio Moçambique, António Ndapassoa, que teve contacto com o projecto, comentou os benefícios esperados com a produção da iniciativa.
“Quando em contacto com o projecto pareceu-me uma abordagem bastante feliz. Pareceu-me uma maneira muito inteligente de por a própria comunidade a reflectir à volta dos seus problemas e buscar soluções e caminhos que possam beneficiar a própria comunidade nesta questão de como enfrentar o HIV buscando soluções locais”, disse.
Os programas devem ser transmitidos por rádios comunitárias ao longo do corredor e em locais que incluem barracas ou feiras comerciais, onde o rádio é o principal meio de comunicação.
De acordo com a OIM, o aumento de infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias, incluindo a criação de corredores da Beira e Nacala expandem o sector dos transportes e aumentam as ligações com os países vizinhos.
O processo resulta num maior número de postos fronteiriços e atrasos de passageiros e motoristas à espera de autorização de passagem, diz a agência.
A situação pode levar ao aumento de sexo como comércio nos postos de controlo bem como o número de parceiros, um dos principais factores de alastramento do HIV em Moçambique.
Via Campesina pede banda larga, rádio comunitária e casas digitais no campo
Os trabalhadores rurais que participam da Via Campesina em Brasília participaram, nesta quinta-feira (26), de uma audiência pública com o ministro de Comunicação Social, Paulo Bernardo. No encontro, os movimentos sociais reivindicaram políticas públicas para o campo voltadas à inclusão digital.
A coordenadora de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Solange Inês, disse à Rede Brasil Atual que a conversa com o ministro se fundamentou em três eixos principais: a expansão do Plano Nacional de Banda Langa (PNBL) para o campo, a instalação de pontos comunitários de acesso à internet (casas digitais) e a viabilização de rádios comunitárias nos assentamentos.
Mesmo assumindo que os termos gerais do PNBL não agradam os movimentos sociais, Solange disse que só a chegada do plano ao campo já seria uma grande vitória. “O ministro se comprometeu a tentar viabilizar o acesso a todos os municípios onde não há internet, dentro da faixa de R$ 35, incluindo também as áreas rurais”, contou.
Se o PNBL já tem um encaminhamento positivo, o desejo de contar com, no mínimo, 500 casas digitais nos assentamentos parece estar um pouco mais distante. A coordenadora do MST contou que mesmo se comprometendo a instalar os “telecentros” nas comunidades rurais, Bernardo disse que para a iniciação desse processo será necessária uma complementação orçamentária que, segundo ela, poderá sair só em 2012.
Sobre a viabilização das rádios comunitárias, Solange contou que o ministro reconheceu que são necessárias algumas modificações na lei. “O Paulo Bernardo assumiu a necessidade de reformular a lei que trata da abrangência de 25 watts (de potência dos transmissores). Como no espaço rural os espaços são maiores, é necessário mudar essa lei, que está sendo debatida na Câmara Federal”, explicou.
A coordenadora comemorou o primeiro encontro do movimento com um ministro da Comunicação. “Ficamos felizes porque ele (Paulo Bernardo) se mostrou aberto ao diálogo e ao encaminhamento de algumas demandas”, disse Regina. Mesmo com os sinais animadores, a ativista prevê a necessidade de pressionar o governo em torno das reivindicações. “A única forma (de avançar) é fazer a luta, ir para as ruas, fazer mobilizações."
ABCCOM PEDE A PRESIDENTA DILMA VETOS AO PLC 116
Ela está reivindicando que a presidente da República veta alguns artigos de forma a não prejudicar a comunicação comunitária no Brasil.
Excelentíssima Senhora
DILMA ROUSSEFF
Presidenta da República
Senhora Presidenta,
Respeitosamente, vimos novamente à presença de Vossa Excelência para mais uma vez tratar de questões relativas à mídia comunitária televisiva que é nossa razão de existir como entidade nacional representativa de quarenta e duas (42) TVs Comunitárias, pertencentes ao nosso quadro social, dentre os cerca de 60 canais comunitários existentes no país.
Se na carta protocolada em 3/3/11, na Presidência da República, viemos à Presidenta para, além de saudar a chegada da primeira mulher ao mais alto posto da República, afirmar que a mídia comunitária televisiva representa a aplicação em sua plenitude do Capítulo V da Constituição, que consagrou o princípio da complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens”, agora, envoltos em enormes preocupações, renovamos nossas esperanças em Vossa sensibilidade feminina para impedir o maior golpe contra as TVs Comunitárias desde sua criação pela Lei nº 8.977, de 6/01/95, a chamada Lei do Cabo.
Podemos afirmar Senhora Presidenta, que o PLC 116 aprovado pelo Congresso Nacional, na semana passada, se sancionado sem vetos, a despeito de alguns verem nele avanços com relação à veiculação obrigatória de produção audiovisual nacional para as TVs Comunitárias e para a luta pela democratização das comunicações, representa o maior retrocesso na caminhada para fazer valer a Constituição, no tocante a complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de televisão.
O PLC 116 abre brechas para o não carregamento obrigatório dos Canais Públicos de Utilização Gratuita, regulamentados pela Lei do Cabo de 1995. Se mantido o texto aprovado pelo Congresso, as concessionárias terão respaldo legal para alegarem dificuldades técnicas ou econômicas - o que não é a realidade das empresas de telecomunicações, pelos lucros astronômicos obtidos - para tirarem do ar ou não levarem ao ar, os referidos canais, entre eles, os comunitários, os legislativos, os universitários, os educativos e culturais e até o do Judiciário. Caso o projeto seja sancionado sem vetos, as TVs Comunitárias correm o risco de deixar de existirem, eliminando o único espaço hoje existente no espectro televisivo para dar visibilidade regular aos movimentos sociais e, às demandas das comunidades.
Na verdade, trata-se de uma grave desregulamentação, prejudicial a um setor que, desde 1995, vem buscando a duras penas e sem respaldo de um Fundo Público de Apoio à Comunicação Comunitária, constituir-se como alternativa comunicacional em sintonia com o disposto no Capítulo V, da Comunicação Social da Constituição, e que tem por como missão difundir a pluralidade, a diversidade, a defesa da brasilidade e os interesses do povo trabalhador.
As TVs Comunitárias contribuem concretamente para a redução da miséria - em consonância com seu Programa Brasil Sem Miséria - ao se constituir em atividade econcmica com potencial de gerar empregos em todos os municípios brasileiros, se tivermos o reconhecimento da parte dos gestores de políticas públicas como atividade econômica importante. No entanto, o PL 116 segue na contramão ao instituir a guilhotina, ao autorizar, legalmente, a desregulamentação e, com isto, a destruição de uma atividade econômica comunitária que pode tanto ajudar na geração de empregos como no cumprimento da Constituição, assegurando uma comunicação plural, diversificada e cidadã. Toda esta caminhada de anos pode ser reduzida a pó, se não houver o Vosso indispensável veto.
Se as brechas abertas para o não carregamento dos Canais Públicos de Utilização Gratuita podem evaporar numa interessada “avaliação técnica”, a existência desses canais, e em particular, os comunitários, o PLC 116 ressuscita outra barbaridade há oito (8) meses resolvida pela Justiça Federal. Desde dezembro de 2009, está liberada a veiculação de anúncios publicitários (de empresas privadas) nas TVs Comunitárias por força de liminar contra norma exorbitante da Anatel. Os anúncios publicitários institucionais (verba pública) começaram a aparecer nas TVs comunitárias um mês antes da citada liminar respaldado em parecer jurídico do ministério das Comunicações que concluiu não existir nenhum conflito entre a Lei e publicidade. Lembramos que o lobby das TVs comerciais, em 1995, não conseguiu barrar a criação, pela Lei do Cabo, dos canais comunitários de televisão. Como perderam no Parlamento, utilizaram-se da Anatel para, por meio da Norma 13, proibir o que a legislador não proibiu.
Foram necessários 13 anos para derrubar a Norma 13 e adquiríssemos o mesmo direito que a mídia televisão comercial tem desde sempre, de veicular publicidade. Como inexiste um Fundo Público de Apoio à Comunicação Comunitária, encontramo-nos em situação paradoxal, na medida em que o lobby das TVs comerciais conseguiu um retrocesso sem igual, ao incluírem no PLC 116 a proibição do acesso das TVs Comunitárias à publicidade. Uma pergunta não quer calar: sem publicidade e sem recursos públicos, qual seria a forma de sustentação financeira dos canais comunitários de televisão?
Assim, apelamos a Vossa Excelência para, com espírito público que lhe caracteriza e a consciência sobre os esforços dos movimentos sociais e sindicais para construir a comunicação comunitária, promover os necessários vetos aos quatro pontos em questão. Eles configuram-se como verdadeiros golpes à pluralidade e a diversidade informativas previstas na Constituição e que são praticadas pelas TVs Comunitárias e públicas que, na verdade, fazem parte de uma conquista já alcançada pelo movimento da democratização da comunicação no Brasil. Temos confiança de que um governo como o de Vossa Excelência não concordará com um retrocesso desta envergadura!
Os vetos solicitados são para os seguintes parágrafos do artigo 32 do PLC 116:
- § 1º A programação dos canais previstos nos incisos II e III deste artigo poderá ser apresentada em um só canal, se assim o decidir a Mesa do Congresso Nacional.
- § 5º Os canais previstos nos incisos II a XI deste artigo não terão caráter privado, sendo vedadas a veiculação remunerada de anúncios e outras práticas que configurem comercialização de seus intervalos, assim como a transmissão de publicidade comercial, ressalvados os casos de patrocínio de programas, eventos e projetos veiculados sob a forma de apoio cultural.
- § 7º Em caso de inviabilidade técnica ou econômica, o interessado estará desobrigado do cumprimento do disposto no § 6º deste artigo e deverá comunicar o fato à Anatel, que deverá ou não aquiescer no prazo de 90 (noventa) dias do comunicado, sob pena de aceitação tácita mediante postura silente em função de decurso de prazo.
Ex-ministro José Dirceu acusa repórter da revista Veja de ações criminosas contra a pessoa dele.
Depois de abandonar todos os critérios jornalísticos, a revista Veja, por meio de um de seus repórteres, também abriu mão da legalidade e, numa prática criminosa, tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília.
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima.
A revista não parou por aí.
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the World tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.
Invasão de privacidade
O jornalista Daniel Pereira se achou no direito de invadir minha privacidade e meu direito de encontrar com quem quiser e, com a pauta pronta e manipulada, encaminhou perguntas por e-mail já em forma de respostas para praticar, mais uma vez, o antijornalismo e criar um factóide. Pereira fez três perguntas:
1 – Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos – ministros, parlamentares, dirigentes de estatais – num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 – Geralmente, de quem parte o convite para o encontro – do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 – Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?
Preparação de uma farsa
Soube, por diversas fontes, que outras pessoas ligadas ao PT e ao governo foram procuradas e questionadas sobre suas relações comigo. Está evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos.
Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades. Essa revista notoriamente se transformou em um antro de práticas antidemocráticas, a serviço das forças conservadoras mais venais.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Cia telefônica Oi seleciona jornalista sem diploma
Vejam só no que deu o STF abolir a exigência de diploma para o exercício do Jornalismo.
A empresa telefônica OI está selecionando um gestor para o portal BrTCC News. O selecionado deverá ser o responsável epla publicação de matérias, fotos e desenvolvimento de novas ferramentas para o portal. Deverá, ainda, atualizar os perfis da empresa nas redes sociais, editar vídeos e clipes para ações de comunicação interna.
Além disso, segundo o edital da empresa de seleção de recursos humanos, Catho, o candidato deverá ser hábil em escrita e comunicação além de Conhecimento avançado em Dreamweaver, Photoshop, CorelDRAW, linguagem de programação (domínio em linguagem ASP), Access, Flash, manutenção de Website e edição de vídeos (Windows Movie Maker).
Ainda segundo os requisitos publicados pela Catho, o candidato deverá ser especializado em Jornalismo, Marketing, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas, porém, este super profissional bastará possuir diploma der ensino médio, nada de curso superior . Ele vai ter que trabalhar de segunda a sexta das 8h às 17h, ou seja, bem além da jornada de trabalho legal de jornalistas, mas em compensação, lhe será oferecido um super salário compreendido na faixa salarial de R$
Memória: livro recupera história dos 70 anos do Repórter Esso
A edição comemorativa dos 70 anos de um dos maiores sucessos radiofônicos mundiais já está disponível. A obra O Repórter Esso - A Síntese Radiofônica Mundial que Fez História, de autoria do jornalista e professor Luciano Klöckner, marca o aniversário da primeira transmissão do noticioso radiofônico, em 28 de agosto de 1941.
A publicação, editada pela Edipucrs e a AGE Editora, é comercializada na Livraria Edipucrs. Informações pelos telefones (51) 3320-3523 ou 33203906, ou pelo e-mail editora.vendas@pucrs.br
Há 70 anos, entrava no ar o Repórter Esso
Para celebrar os 70 anos da primeira transmissão do Repórter Esso no Brasil, o Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), produziu e criou uma série de programetes que estão sendo veiculados por emissoras de todo o Brasil, dentre elas as da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). (Acesse blog aqui.)
Além da produção dos programetes, o grupo de pesquisa criou um blog, com uma série de áudios que marca a histórica passagem dos 70 anos do noticiário que até hoje é parâmetro para muitos radiojornais.
Já foi destaque no Na Trilha do Rádio:
Os 69 anos do Repórter Esso, a testemunha ocular da história, postagem com entrevista Roberto Figuereido, concedida ao locutor Marcos Aurélio no programa "Quintal da Globo", em 24 de agosto de 1982. E recorde a ultima edição do Repórter Esso.
Repórter Esso, testemunho ocular da história, com o "Ombudsman no ar", da Rádio Bandeirantes, em um edição especial de março de 2005, com uma gravação de 1948, onde Heron Domingues narra ás regras do Reporter Esso. Maria Elisa Porchat recebeu Walker Blaz que comenta e atualiza o manual do noticiário. > Versão editada do especial produzido em setembro de 2006, pela Rádiobrás narrando á trajetória do Repórter Esso no rádio brasileiro. > Repórter Esso - Noticia a morte da cantora Carmem Miranda em 05 de agosto de 1955. > Repórter Esso - Noticia a renuncia do presidente Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. > Ultima edição do Reporter Esso, pela Rádio Globo em 31 de dezembro de 1968.
O Núcleo de Jornalismo da Rádio UFMG Educativa, sob coordenação da professora Tacyana Arce, membro da Comissão 70 anos Repórter Esso – 70 anos de Radiojornalismo no Brasil, também produziu uma série de reportagens intitulada 70 anos de afeto e técnica no radiojornalismo brasileiro. As reportagens são de Vanessa Bugre e Thalissa Teodoro e para acesso, basta clicar aqui.
A série discute os impactos do O Repórter Esso não apenas para o radiojornalismo, mas para a imprensa de maneira em geral e a relação entre o noticioso e a própria evolução da tecnologia para o rádio. As reportagens exploram, ainda, as histórias da síntese noticiosa que entrou para a história.
O material tem um grande potencial pedagógico! A Comissão ,criada para desenvolver ações comemorativas dos 70 anos do O Repórter Esso, quer também promover a discussão sobre o noticioso e sua história com estudantes, permitindo que eles conheçam melhor esse momento da história do jornalismo brasileiro.
Mauritânia abre radiodifusão a emissoras privadas
O governo da Mauritânia vai autorizar antes do final deste ano a abertura de cinco rádios e o mesmo número de estações de televisão privadas, no quadro da liberalização audiovisual, anunciou o ministro da Comunicação, citado ontem pela AFP.
“As rádios e televisões vão iniciar as suas emissões antes de finais deste ano, no termo do processo de lançamento do concurso de aberto”, declarou o ministro Hamdy Ould Mahjoud. Acrescentou que as autorizações para as rádios e televisões comunitárias vão ser concedidas “numa fase futura”, sem precisar a data.
O ministro falava durante uma cerimónia oficial de “validação de protótipos de cadernos de encargos”, para os operadores de televisões e de rádios públicas e associadas. “Esta abertura não vai significar a instalação da anarquia. Ela deve fazer-se sobre as bases determinadas, em função da nossa realidade política e económica”, precisou.
O ministro disse que as rádios e televisões do Estado vão ser transformadas em “serviços públicos”, e que uma sociedade nacional de difusão vai ser criada, com vista a colocar os operadores públicos e privados nas mesmas condições.
Livro resgata história do jornal Movimento
Esta história sai agora do mundo efêmero do jornalismo, dos registros dispersos e das conversas esporádicas para o registro denso e rigoroso do livro Jornal Movimento, uma reportagem de Carlos Azevedo, com reportagens de Marina Amaral e Natália Viana. Em entrevista, Azevedo resgata esta saga do jornalismo combativo (acima Xilografia de Rubem Grilo, de 1978, para o Jornal Movimento).
O que o motivou a escrever o livro?
Precisávamos registrar essa história, as pessoas já não lembravam mais. O jornal teve uma importância notável por ser independente, feito pelos próprios jornalistas, com recursos recolhidos por eles mesmos, sem ter um empresário-patrão, uma trajetória excepcional. O jornal foi uma janela aberta para o debate democrático e vale agora como uma proposta para fazer imprensa independente no país, tem muita gente pensando em fazer, em enfrentar o monopólio, mas não sinto que haja unidade suficiente para reunir essas forças, esses talentos, essa capacidade de trabalho. Mas, se foi possível sob uma ditadura fascista, por que não é possível agora? Então, disse uma vez para o Raimundo Pereira que o jornal merecia um livro. Decidimos fazer, conseguimos pela Lei Rouanet o incentivo fiscal suficiente e trabalhamos desde 2009 até junho desse ano.
Como você divide a história do jornal?
Ele nasceu sob censura prévia, desde o número zero, e assim viveu os três primeiros anos. Era uma luta insana, era preciso fazer dois ou três jornais para sair um, chegando a sair todo quebrado, não dava tempo direito de paginar o jornal. Ele nasceu como uma frente de várias tendências políticas que tinha um ponto de unidade: fazer um jornal político para a democratização. No decorrer surgem diferenças de opinião. Acontece um racha em abril de 1977 e parte da redação se retira, 38 membros vão fazer o jornal Em Tempo. Apesar disso, conseguiu se recuperar com apoio de forças políticas, sobretudo o PCdoB – que tinha representantes em todo o país – principalmente na parte de distribuição e venda. Mais adiante surgem novos partidos, o PT, o PMDB, enfim, há uma fragmentação. Ali, de certa maneira, a frente do Movimento se enfraquece e o jornal tem mais dificuldade. E aí ele já estava sendo muito combatido pelo terrorismo militar. A ditadura encerrou a censura prévia no jornal, mas começou a bombardear as bancas que o vendiam, os jornaleiros não quiseram mais distribuir jornais da imprensa alternativa e o Movimento era sustentado basicamente pela venda em banca.
Quais forças políticas construíram o jornal?
As forças que se opunham à ditadura. Os interesses populares, democráticos, os operários que estavam arrochados, os camponeses que não tinham terra, a Igreja - progressistas como Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns e todos esses bispos. Mais especificamente havia representações de organizações como a AP, o PCdoB, dissidências do PCB – partido que depois se aproxima, o pessoal que foi fazer o MR8, o pessoal que participou da guerrilha urbana, cujas organizações foram estraçalhadas. Enfim, são coisas que vão se alterando com o tempo. Quando surge o PT muitos deixam de apoiar o jornal, mas nem todos, como é o caso notável do Perseu Abramo que foi editor sendo dirigente do PT.
Entre os jornais de oposição da época, é comum escutar que os mais expressivos foram Opinião, Pasquim e Movimento. O senhor concorda?
De fato. O Pasquim era um jornal de humor político, de crítica pelo humor, mas sem uma proposta do que fazer. O Opinião surge com uma proposta nacionalista do Fernando Gasparian, um grande empresário. Tinha um texto muito bom, muita qualidade, muita informação do exterior e acontece no período mais duro da ditadura, quando o governo do Médici estava exterminando a oposição. O Movimento surge de um racha do Opinião e avança em relação aos outros porque tinha um programa explícito: pela liberdade democrática, pela redemocratização do país, pelo fim das leis de exceção, pelos direitos dos trabalhadores, em defesa dos interesses nacionais contra os interesses estrangeiros espoliadores, pela Assembléia Nacional Constituinte e pela anistia. E as matérias sempre trabalhavam em cima dessas bandeiras.
Como funcionava essa organização jornalística?
Era uma empresa com acionistas, mas do ponto de vista do funcionamento tinha instâncias, conselho de redação, chefia, editores e os outros profissionais. Funcionava a base de reuniões longas o tempo todo, não sei como aguentavam. Nunca vi um lugar na imprensa onde se debateu tanto.
E a qualidade do jornalismo?
Aquele grupo era muito talentoso e corajoso, tinha uma visão de jornalismo muito desenvolvida e alguns deles com grande experiência de jornalismo. Particularmente, o Raimundo Pereira, mas o Duarte Pereira era um pensador, o Tonico Ferreira, Marcos Gomes, o Perseu Abramo. Uma etapa nova do jornalismo brasileiro que trouxe uma maneira de trabalhar, um rigor na pesquisa. Tanto é que durante os seis anos e meio não houve um só processo contra o jornal por falsidade, por mentira, nada, mesmo com a ditadura procurando. Os caras tinham tudo documentado. Quando o dinheiro foi acabando, como fazer isso? A matéria vai ficando mais superficial e aí o leitor já não tem aquele interesse. A matéria para chegar tinha que vir num texto escrito num papel, na melhor das hipóteses num telex, tinha que ser datilografado na máquina. Por causa da pobreza de recursos, era um jornal simples, muitas vezes feio, não podia ser colorido, trabalhava com gráficas de qualidade menor, mas os leitores compravam mesmo quando ele vinha todo prejudicado. Comprar o jornal era contribuir, participar, como quem diz “só posso fazer isso, mas vou fazer”.
Qual era a circulação?
Ele começa censurado com 20 mil exemplares e, muito judiado pela censura, vai caindo. Quando a censura sai do jornal em junho de 1978, ele respira e cresce de novo, envolvido em grandes campanhas pela Assembléia Constituinte, pela Anistia e a campanha eleitoral de 1978, em que se apresentou um general de oposição, Euler Bentes Monteiro, contra o Figueiredo. O jornal deu muito apoio porque passou a ter, através dos autênticos do MDB, uma ligação com os militares de oposição, forçando a ditadura a recuar.
E por que acabou?
Isso é tema de grandes polêmicas até hoje. O Raimundo Pereira acha que o fundamental foi o bombardeio das bancas. Eu acho que o mais importante foi a reorganização partidária. A medida que a ditadura foi se retirando habilmente, a frente democrática foi se desmanchando em vários partidos e essa era a intenção óbvia e objetiva da ditadura: fazer uma Arena nova, com o pedaço do MDB mais conservador, isolar o MDB autêntico de um lado, criar um partido trabalhista com os ptbistas antigos com o Ivete Vargas, Brizola e tal. Aí se formou o PT. Como a ditadura se recusava absolutamente a reintegrar os partidos comunistas à vida nacional, parte da frente democrática foi organizar o PT. O Movimento não achava o PT uma solução satisfatória por não reunir toda a frente democrática e ficou mais ligado ao PMDB, porque os autênticos ficaram no PMDB. Mas manteve relações com os outros partidos. Ou seja, a frente que o jornal representava se dividiu e ele não tinha mais sustentação. A imprensa alternativa que tinha florescido, chegando a mais de 100 jornais em 1978, 1979, desaparece toda, não só o Movimento. Quase todos os jornais alternativos por todo país, em dois anos, desapareceram e surgiram os jornais de partido, o que mostra que é um fenômeno político e social. A sociedade e aqueles grupos foram fazer outra coisa, organizar seus partidos, seus jornais.
Quem é:
Serviço:
Livro: "Jornal Movimento, uma reportagem"
Autor: Carlos Azevedo
Preço: R$ 59 ou baixado gratuitamente no site www.oficinainforma.com.br/movimento/
Abertas inscrições para curso de jornalismo policial em Porto Alegre
Enviado por Leandro Olegário.
Áreas de conflito nas principais cidades do país reforçam sentimentos como medo, justiça e questionamentos sobre a atuação do Estado frente ao crime organizado. O jornalismo policial conquista cada vez mais espaço nas diversas plataformas de comunicação. Neste contexto, a MEDIA – Agência de Comunicação convida você a participar do Curso: JORNALISMO POLICIAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES, que acontece nos dias 10 e 11 de setembro, no Coral Tower Hotel, em Porto Alegre.
OBJETIVO
Apresentar os bastidores desta editoria e o cotidiano vivenciado pelos repórteres. E ainda: a reflexão sobre a prática da reportagem a partir da visão de especialistas no assunto.As inscrições para o curso acontecem até o próximo dia 07 de Setembro e custam R$ 190,00.
PALESTRANTES
Alexandre Mota (Apresentador do Balanço Geral)
Ticiano Kessler (Repórter TV Record)
Sandro Meneses (Especialista em Segurança Pública e Privada)
Cid Martins (Repórter Rádio Gaúcha)
Major Francisco Vieira (Negociador Oficial da Brigada Militar)
Maria Helena Viegas (Advogada do assaltante Papagaio)
Felipe Bortolanza (Editor do Diário Gaúcho)
Bolívar Llantada (Delegado de Polícia)
Carlos Gadea (Sociólogo)
DATAS: 10 e 11 de setembro
HORÁRIOS: Sábado – Das 9h às 12h / Das 13h às 18h - Domingo – Das 9h às 12h
LOCAL: Coral Tower Hotel (Avenida Protásio Alves, 2966 – Bairro Petrópolis)
INSCRIÇÕES
Podem ser feitas através de depósito em conta corrente ou via PagSeguro.
Logo após fazer a inscrição, encaminhe os seguintes dados para o e-mail contato@mediacomunicacao.com.br:
Nome, Telefone, Endereço e E-mail. Outras informações pelo telefone 51 – 3737.7730
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Amarc propõe criação de fundo público para comunicação comunitária
Por André Vieira, do Observatório do Direito à Comunicação
William assume com o compromisso ainda de lutar pela implementação de um novo marco para as comunicações. “A Amarc vai atuar junto com rádios comunitárias e entidades do movimento social, unindo forças para que o marco regulatório traga avanços para a garantia do direito humano à comunicação”, enfatiza.
Outro grave erro apontado pelo militante na atual legislação é em relação à criminalização dos meios comunitários. “É um absurdo um comunicador ser levado em um camburão por estar prestando um serviço de utilidade pública. Nós cumprimos esse serviço que não é desempenhado pelos grandes meios, mas somos criminalizados”, critica.
Em relação ao financiamento para as rádios, o representante nacional da Amarc faz duras críticas. “Não queremos mesadinha, temos que debater financiamento para as rádios comunitárias. A publicidade estatal tem que ser feita por lei”. Ainda segundo Arthur, enquanto os grandes meios recebem muito com a publicidade estatal, as rádios comunitárias ficam na dependência do apoio cultural.
Nova composição da Amarc-Brasil
Além de eleger Arthur como representante nacional, a Amarc-Brasil, que esteve reunida entre os dias 11 e 14 de agosto em sua IX Assembleia, escolheu ainda João Paulo Malerba, comocoordenador-executivo da entidade e Denise Viola para comandar a Rede de Mulheres da associação. Foi escolhido ainda o novo conselho da entidade, que em sua nova gestão traz: a Rádio Comunitária Independência, do Ceará; o associado individual Dioclécio Luz, pesquisador de rádios comunitárias em Brasília; e o Ilê Mulher, do Rio Grande do Sul. A Rádio Comunitária Nativa FM, de Altamira, no Pará; e a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) do Norte do Ceará, ficaram como suplentes. Todos cumprirão uma gestão de dois anos.
TV Paga: serviço chega a 11,3 milhões de residências
Com base na Telaviva news
O serviço de televisão por assinatura alcançou 1,5 milhão de novos clientes entre janeiro e julho deste ano, levando a TV paga a 11,3 milhões de domicílios brasileiros, de um universo estimado, aproximadamente, em 60 milhões de lares. Isso aponta para uma proporção de 18,9% das casas no Brasil dotadas de serviços de TV paga. Os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram evolução de 15,6% no primeiro semestre do ano.
Em julho, o setor registrou a adição de 187,5 mil assinaturas, alta de 1,7% sobre o apurado no mês anterior. Levando-se em consideração o número médio de 3,3 pessoas por domicílio, o serviço alcançou 37,3 milhões de pessoas no País.
Fatia segundo a tecnologia
De acordo com a Anatel, no sétimo mês do ano, a modalidade de TV via satélite (DTH) foi a que mais cresceu, embora tenha se expandido em ritmo menor, com alta de 2,6% no período. A TV a cabo viu elevação de 0,9% no mesmo intervalo, demonstrando maior volume do que no mês anterior, quando cresceu 0,8%. Entretanto, o serviço prestado por meio de microondas (MMDS) teve encolhimento de 2,2% em sua base de assinantes.
Com o forte crescimento dos últimos meses, o DTH ficou com 51% do mercado de TV paga, enquanto a televisão via cabo deteve apenas 46,6% dos assinantes do serviço. O MMDS teve presença marginal de 2,4% dos assinantes brasileiros de TV por assinatura
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Emprego: vaga para radiojornalista no DF
O salário é R$2.500.
Interessado devem enviar CV para ouvinte@agenciadoradio.com.br
Meu comentário:
Recebi uma mensagem de leitor, vida abaixo, considerando a oferta acima uma boa oferta. Mas chamo a atenção dos interessados que em sendo uma relação mediante apresentação de Nota Fiscal, pelo empregado, o mesmo não deve receber o equivalente aos direitos trabalhistas normais, tais como FGTS, INSS, férias, 13º e aquelas outras coisitas.
Na verdade, o salário de R$ 2.500,00, que a empresa está se propondo a pagar por uma jornada ilegal de 8 hora, é menor do que o piso salarial no DF, que estipula, para 7 horas de jornada, um valor de R$ 2.754,00 e mais todos direitos sociais.
Alô Sindicato dos Jornalistas, alô Delegacia Regional do Trabalho, alô Ministério Público do Trabalho, até quando conviveremos com práticas desta natureza?
Sete multinacionais disputam quatro posições satelitais brasileiras
A Anatel recebeu na terça-feira, 23/8, em Brasília, os documentos de identificação, as propostas de preço e a documentação de habilitação de sete interessados na licitação o direito de exploração de satélite brasileiro referente a quatro posições orbitais. A Telebrás não se fez presente e, a primeira vista, o capital estrangeiro está por de trás de todas as sete interessadas: Eutelsat do Brasil Ltda., Hispamar Satélites S/A, HNS Americas Comunicações Ltda. (Hughes), Intelsat Brasil Serviços de Telecomunicações Ltda., SES DTH do Brasil Ltda., Sky Brasil Serviços Ltda. e Star One S/A.
Desde a privatização da Embratel, na era FHC, o BGrasil não dispõe de um satélite nacional para telecomunicações. Até mesmo as comunicações militares das forças armadas brasileiras são obrigadas a se valerem de satélites que estão sob a gestão de outras nações.
O preço mínimo estabelecido por posição é de R$ 3.945.844,10. As operadoras vencedoras terão quatro anos para entrar em operação, mas a Anatel tem esperança, com base nas conversas com as empresas interessadas, de que já haja satélites novos na Copa de 2014, para atender, sobretudo, à demanda por capacidade de transmissão de sinais de TV e banda larga. A Anatel também estabeleceu um limite de duas posições orbitais para uma mesma empresa. Como a posição orbital pertence ao Brasil, a exigência é de que a operação seja toda no País.Outra exigência, no caso das posições que já estão notificadas ao Brasil, é de que 25% da capacidade do satélite seja para atender ao País. No caso das posições ainda não notificadas, a exigência de capacidade dedicada ao Brasil vai a 50%. Em ambos os casos, os satélites precisam cobrir 100% do território nacional. Em 30 de agosto, às 10h, em Brasília, será iniciada a sessão de abertura, análise e julgamento das propostas de preço.
Análise
Este noticiário apurou que a disputa pelas posições orbitais promete ser bastante acirrada para o lançamento de satélites tanto em banda KU, para atender, principalmente, demandas de TV por assinatura em DTH, quanto em banda KA, que possibilita a oferta de banda larga via satélite a preços mais acessíveis.
A expectativa é de que a Star One entre na disputa com um lance alto com o objetivo de garantir uma posição de satélite de DTH para sua coligada, Via Embratel, uma vez que a Sky resolveu participar também da licitação. Não está claro, contudo, o objetivo da entrada da Sky: a empresa pode ter decido entrar apenas para forçar a Star One a desembolsar uma quantia elevada ou está realmente interessada em operar um satélite próprio. A abertura do envelope com preço proposto esclarecerá a estratégia.
Outra surpresa na licitação das posições orbitais é a entrada da norte-americana Hughes, que opera no Brasil atualmente apenas através de satélites de terceiros. A expectativa é de que a Hughes talvez entre com bastante força na disputa para atuar com satélite próprio no Brasil. Mas há também quem acredite que a Hughes entrou apenas para proteger a posição de um de seus satélites norte-americanos, que tem posição orbital muito próxima de uma das posições licitadas.Outra que deve levar a disputa bastante a serio é a Hispamar, uma vez que a região é a única opção de crescimento para a operadora.A nova configuração do mercado brasileiro de satélites será debatida pelos dirigentes das operadoras que atuam no País durante o 11º Congresso Latino-Americano de Satélites, promovido pela Converge Comunicações nos dias 6 e 7 de outubro, no Rio de Janeiro. Para mais informações, acesse o site www.convergecom.com.br/eventos.
Fenaj quer saber a etnia dos jornalistas brasileiros
Com o slogan “Jornalista de verdade assume a sua identidade” a Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj lançou uma campanha de autodeclaração racial e étnica dos jornalistas. Nas fichas de sindicalização, os jornalistas serão convidados a declinar a sua condição racial. Até o momento são parcos e incompletos os dados referentes ao perfil étnico dos jornalistas brasileiros.
A campanha se baseia numa proposta aprovada no 31º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado, em 2004, em João Pessoa (PB). Segundo o texto aprovado, o racismo constitui o fundamento para a estruturação e a hierarquização racial das sociedades, colocando os/as afro-descendentes e os/as indígenas nos extratos mais baixos da pirâmide social, política e econômica. Sendo assim, o uso estratégico da informação estatística, capaz de reconhecer esses povos e as condições socioeconômicas em que vivem, é uma das ferramentas para que sejam incorporados nas políticas públicas em condições de igualdade.
Nesse sentido, as informações sobre raça, cor e etnia no cadastro sindical vão derivar dados estatísticos confiáveis e influenciar a análise de indicadores sobre o modo de vida profissional dos/as jornalistas afro-descendentes e indígenas, subsidiando a luta por políticas de igualdade racial no mercado de trabalho.
A campanha pede que os jornalistas procurem seus sindicatos e atualizem a ficha de cadastro incluindo o item raça/cor/etnia na ficha cadastral.
Peças para download
- Desigualdades de gênero, raça e etnia
- Por que gênero, raça e etnia para jornalistas?
- Curso de Gênero, Raça e Etnia para Jornalistas
- Teses aprovadas de gênero, raça e etnia nos Congressos Nacionais dos Jornalistas:
XXXI Congresso Nacional dos Jornalistas (João Pessoa-PB)
XXXII Congresso Nacional dos Jornalistas (Ouro Preto-MG)
XXXIII Congresso Nacional dos Jornalistas (São Paulo-SP)
XXXIV Congresso Nacional dos Jornalistas (Porto Alegre-RS) - Folder
- Cartaz
- Adesivo
- Marcador
- Spot de rádio da campanha
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Brasileiros criam aplicativo de bate-papo com vídeo no Facebook
A ideia foi levar o conceito do Skype para dentro do Facebook, conta Alexandre Souza, um dos sócios da Doubleleft, O aplicativo complementa a forma de se interagir dentro da rede social, permitindo conversar por meio de vídeos [usando webcams] com os amigos do site.
Para utilizar o Zook, o usuário não precisa instalar nenhum programa no computador.Acessando o link do aplicativo dentro do Facebook, é necessário apenas chamar um amigo para que a conversa seja iniciada. “Conseguimos que seu uso fosse fácil”, conta Souza. “Nada é instalado, não existe cadastro a ser feito e o amigo que receber o convite para a conversa também não precisa ter acessado o aplicativo”.
A equipe da Doubleleft levou cerca de um mês para lançar o Zook, que já está no ar há três semanas. Sem divulgação, segundo, Souza, mais de 3 mil pessoas já utilizam o serviço.
O próximo passo, segundo Souza, é desenvolver a plataforma para e Android, permitindo que usuários do Facebook nestes dispositivos possam conversar com amigos gratuitamente.