terça-feira, 3 de maio de 2011

UnB outorga título Notório Saber ao jornalista Luiz Cláudio Cunha

No dia 9 de maio, segunda-feira, às 16 horas, a Universidade de Brasília concedera título de Notório Saber ao jornalista Luiz Cláudio Cunha. A homenagem foi proposta pela Faculdade de Comunicação da UnB e aprovada em 1° de julho de 2009 pelo Conselho da FAC, foi confirmada pela Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação (CPP) na 808ª reunião, de 5 de novembro de 2010.

A resolução n° 12/2002 do CONSUNI (Conselho Universitário) da UnB, órgão máximo da universidade, define assim: “O reconhecimento de Notório Saber é restrito a profissionais cuja competência, produtividade e experiência transcendem o domínio institucional e sejam de reconhecimento público, comprovadas por produção artística, científica ou cultura, qualitativamente diferenciada e quantitativamente regular”.

O parecer dos professores doutores da Universidade Brasileira, três internos e dois externos à UnB, que aprovou o nome de Cunha para a homenagem resultou em cinco volumes documentação que comprovam o exercício por Luiz Cláudio Cunha de jornalismo profissional por quase 40 anos.

A professora Cremilda Medina, titular da Universidade de São Paulo - USP, ressalta, em seu parecer, que “essa contribuição jornalística [de Cunha] foi sempre marcada não só por uma prática de excelência, tanto nos itinerários nas mídias brasileiras quanto nos testemunhos que registrou em livros, mas igualmente pela importância que teve na luta pela democracia e pelos direitos humanos no Brasil”

Cunha passou por importantes órgãos da imprensa brasileira – Zero Hora, Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil, O Estado de S.Paulo, O Globo, Playboy, Realidade, Correio Braziliense e Rede Globo. Em Brasília, comandou as redações de Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil, Zero Hora, Afinal e DCI.

Conquistou a categoria principal dos prêmios Esso, o Vladimir Herzog e o Telesp, em 1979, com a série de reportagens em Veja sobre o sequestro de Universindo Díaz, Lílian Celiberti e seus dois filhos em Porto Alegre, em novembro de 1978, numa ação combinada da repressão das ditaduras do Brasil e Uruguai.

Trinta anos depois, a série gerou o livro Operação Condor: o Sequestro dos Uruguaios – uma reportagem dos tempos da ditadura (Ed. L&PM, 2008), que conquistou em 2009 os prêmios Jabuti, Vladimir Herzog e Casa de Las Américas (Cuba) na categoria de Livro Reportagem.

A série foi selecionada por Fernando Molica para o livro 10 Reportagens que Abalaram a Ditadura (Ed. Record, 2005).

Com o ex-porta-voz Antônio Britto, escreveu Assim Morreu Tancredo (Ed. L&PM, 1985), que vendeu cerca de 200 mil exemplares.

De acordo com o Cerimonial da UnB, o título de Cunha é o primeiro Notório Saber da UnB na área específica do Jornalismo. Os agraciados anteriores da UnB, nas suas respectivas áreas, foram Rogério Duarte Guimarães (Artes Gráficas e Desenho Industrial, em 1997), Evandro Vilela Teixeira de Salles (Artes Plásticas, em 1998), Hugo Rodas (Artes Cênicas, 1999), Hélcio Miziara (Medicina Legal, 1999), Conrado Jorge Silva de Marco (Música, 2000) e Francisco de Assis Chaves Bastos, o Xico Chaves (Artes Visuais, 2010).

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