quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cinema: Ôla Mexicana para entrar no mercado de salas brasileiras

SÃO PAULO - Com a expansão dos shopping centers no País e o aumento da renda da classe C, empresas estrangeiras de entretenimento veem oportunidade para explorar o segmento, que atrai conglomerados de olho no sucesso de redes como o Cinemark e a Playarte, entre outros. É o caso da mexicana Cinépolis, que trabalha na implementação de salas de cinema, juntamente com uma busca por diversificação de produtos na área de bonbonnière. Com planos de brigar por uma fatia desse mercado de exibição no Brasil, os mexicanos anunciam investir R$ 500 milhoes em dois anos, e chegar a 300 salas de cinema no País.

A empresa já tem um complexo piloto no Brasil em parceria com a Multiplan, no Shopping Santa Úrsula, localizado no interior de São Paulo, em Ribeirão Preto. Lá há oito salas de cinema, três das quais em versão 3D.

A rede, com um faturamento total de U$ 800 milhões em 2009, afirma já ter fechado outras parcerias para entrar em São Paulo com salas dentro de empreendimentos como o Largo 13 (da REP Centros Comerciais), o Shopping JK, em Alphaville, do grupo Iguatemi, e no interior paulista, em Barueri. A meta é também entrar em Mato Grosso do Sul, Pará, Manaus, Bahia e Rio de Janeiro.

Com salas na América do Sul, na América Central e na Índia, a Cinépolis afirma ter entrado no Brasil em 2009, com o cinema 3D, com bonbonnières com produtos diversificados. "Aqui, no País, com um ano de atuação, já temos um tíquete que varia de R$ 9 a R$ 16", disse o presidente da empresa, Eduardo Acuna. Segundo ele, os planos são alcançar o mesmo público do México, onde já possuem em média 61,24% de ingressos vendidos no segmento.

Para isso, a estratégia é crescer em lugares de que o Brasil é carente como o cinema 3D, e implementar as bonbonnières por meios próprios, pois é uma empresa familiar. O presidente do grupo explanou hoje a situação do Brasil no segmento de entretenimento. "O seu país tem o dobro do tamanho do México, e tem a metade das salas. O Brasil tem espaço para mais seis mil salas. Os empreendedores de shoppings veem nossos produtos e a vantagem deles, mas o Brasil tem espaço para todo mundo", explicou.

A vantagem nas bonbonnières, no caso da Cinépolis, é apostar na maior variedade de produtos oferecidos para os clientes. "Todos os nossos complexos têm pipoca normal, light e doce, têm cachorro-quente, nachos, têm cafés, crèpes e baguettes. Uma oferta de produtos um pouco maior. Hoje as bonbonnières já entram em nosso faturamento", disse o presidente. Porém, questionado sobre qual seria a porcentagem, ele disse que ainda é muito cedo para falar.

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