quarta-feira, 21 de abril de 2010

Comunicação legislativa: TV Senado, TV Câmara e TV ALESP transmitem juntas em Sampa

As TV Senado, TV Câmara e TV ALESP passam a transmitir conjuntamente pelo canal 61 em São Paulo. As programações serão simultâneas, 24 horas por dia.
Depois de um ano e meio de operação com um transmissor de baixa potência,as transmissões passam para uma potência que soma 15KW, o que permitirá que as emissoras públicas cheguem aos lares de quase 20 milhões de habitantes de São
Paulo, em sinal aberto, gratuito e com alta qualidade.
O próximo passo será a inclusão dos sinais das emissoras de Câmaras Municipais, onde os sinais dos transmissores estejam disponíveis.
O modelo de operação que está sendo testado em São Paulo servirá de referência para a expansão da Rede Legislativa de TV Digital em todo o País.
A rede já foi aprovada na Câmara, mas no Senado ainda está em estudos. A proposta prevê a transmissão digital pelo sistema de multiprogramação, o qual permite subdividir um canal digital em quatro. Assim, cada nível do poder legislativo (municipal, estadual e as duas casas federais) utilisaria um dos quatro canais.
No Senado, contudo, há a tese de que aquela Casa deve investir na multiprogramação. Assim os quatro canais possíveis seriam utilizados para transmitir simultaneamente conteúdos diferenciados. Por exemplo, uma sessão do Plenário e uma CPI (hoje o plenário tem prevalência sobre as CPIs que atraem mais público) ou duas ou mais comissões de trabalho. Há projeto também para que um dos canais seja utilizado em atividades de educação à distância, inclusive para capacitar servidores dos legislativos estaduais e municipais.
A expectativa das assembléias estaduais e câmaras municipais neste processo é que os custos dos equipamentos e instalações sejam rateados e, se possível, bancados pelos "primos ricos", as duas Casas do Congresso Nacional.
O questionamento que este blogueiro faz, é se os canais legislativos não estariam assim reproduzindo a filosofia das redes comerciais de TV, em que a programação é basicamente nacional, quase sem espaço para os conteúdos locais e estaduais.
Num momento em que o próprio Congresso Nacional debate a regionalização da produção, melhor seria existir a mais ampla diversidade de conteúdos e de emissores, com cada espaço legislativo operando a sua própria emissora de TV, e se possível de rádio. Ganharia a transparência pública, ganharia a diversidade cultural, ganharia a cidadania.

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