sábado, 15 de agosto de 2009

Vaga para jornalista em concurso no AM exige apenas ensino médio

Por Thiago Rosa, do Portal Imprensa, em 13/08/2009

Na quinta-feira (13), o jornal Em Tempo, de Manaus (AM), publicou uma reportagem supostamente antecipando edital de concurso público para preenchimento vagas na Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Segundo a matéria, aos cargos de jornalista da Casa será exigido apenas ensino médio educacional. A Assembléia não confirma a veracidade das informações e diz que o edital será publicado apenas no final deste mês.
De acordo com a reportagem, das cem vagas abertas, 40 delas seriam para nível superior. Constam nessa listagem, profissionais formados em cursos como Economia, Medicina, Psicologia, e Engenharia. Já nos cargos de ensino médio, figuram quatro vagas para jornalistas, ao lado de funções como técnico de manutenção em computadores, assistente técnico administrativo, motorista, garçon e radialista.
Ouvido pela reportagem do Portal IMPRENSA, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, César Wanderley se disse "assombrado" com o recebimento da informação. Segundo ele, mesmo sem se confirmar o edital, será agendada, na próxima semana, uma reunião com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Belarmino Lins (PMDB), para discutir o tema.
Wanderley ainda ressalta que, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que em 17 de junho derrubou a obrigatoriedade do diploma no Jornalismo - ainda não foi publicado o acórdão sobre o julgamento, o que torna a legislação anterior vigente no momento. O presidente do Sindicato ainda frisou que o registro profissional deve prevalecer entre os profissionais de imprensa.
Até o momento, o Ministériodo Trabalho não tem emitido habilitação aos interessados em trabalhar como jornalista. O órgão federal aguarda parecer do Supremo Tribunal sobre a novalegislação do setor para que possa fornecer informações quanto aosprocedimentos administrativos a serem adotados.
À reportagem, o diretor de Comunicação da Assembléia Legislativa, Flávio Assen, disse desconhecer a origem da reportagem e garante que a informaçãonão foi repassada por membros da Casa.

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