domingo, 16 de agosto de 2009

Umberto Eco no Brasil: transformações da midiatização presidencial - corpos, relatos, negociações

Da redação da revista eletrônica Oriundi

O Centro Internacional de Semiótica e Comunicação (Ciseco) realiza, no período de 28 de setembro a 2 de outubro de 2009, em Japaratinga, Alagoas, o seu Pentálogo Inaugural abordando o tema Transformações da midiatização presidencial: corpos, relatos, negociações, resistências.
O evento deverá reunir pesquisadores, docentes e intelectuais brasileiros e internacionais, com diferentes inserções em universidades da França, Argentina, Itália, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México, Venezuela, Bolívia e Brasil. Envolve também a presença de especialistas, e quadros das áreas políticas, marketing e administração.
Este Pentálogo registra o início das atividades do Ciseco, e tem como seu principal convidado o escritor, filósofo e lingüista italiano Umberto Eco, da Universidade de Bolonha (Itália), na condição de conferencista da Sessão de Abertura deste evento inaugural.

Sobre o Pentálogo Inaugural

O Pentálogo Inaugural abordará como tema central “Transformações da midiatização presidencial: corpos, relatos, negociações, resistências”. O que motiva e justifica o debate dessas questões neste momento? Sintomas múltiplos, variados, mas convergentes, parecem indicar que ao longo dos primeiros anos do novo milênio, a função presidencial, enquanto posição executiva dos regimes democráticos, está em processo de mudança profunda, pelo menos na Europa e nas Américas.
Em função disso, o Pentálogo estudará os processos de construção do lugar presidencial hoje, a partir da presença dos processos midiáticos. Examinará a incidência das mídias num conjunto de eleições presidenciais do continente Americano: eleição e reeleição de Lula; ascensão de duas mulheres a presidência (Chile e Argentina); de um representante das culturas indígenas na presidência boliviana; de um bispo católico no Paraguai; e também pela primeira vez, nos Estados Unidos, a eleição de um político negro para presidência. Na Europa se destaca o retorno de Berlusconi à presidência do Conselho de Ministros na Itália, no que pese os múltiplos escândalos aos quais está associado, e no que pese ao seu papel de controle de um império midiático em seu próprio país. Forte acentuação do presidencialismo na França, com uma simultânea e explícita exibição do vínculo entre a classe política e o mundo do espetáculo.

Participantes

Os participantes do Pentálogo são personalidades científicas e acadêmicas com inserção em várias instituições universitárias internacionais. A conferência inaugural será proferida pelo Professor Umberto Eco (Università degli Studi di Bologna, Itália). O evento terá também expositores os convidados especiais de várias universidades do mundo. Está prevista ainda uma conferência do Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, Jornalista Franklin Martins, sobre as “Relações entre Políticas de Comunicação e a Função Presidencial”.
Haverá também exposições a cargo dos membros diretores do Ciseco: Amilton Glaucio de Oliveira (Universidade Federal de Alagoas), Antônio Fausto Neto (Unisinos), Antonio Heberlê (Universidade Católica de Pelotas); Eliseo Verón (Universidad de San Andrés, Argentina), Geraldo Luiz dos Reis Nunes (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Giovandro Ferreira (Universidade Federal da Bahia).
O evento terá como coordenadores de trabalho os professores Jean Mouchon (França), Antônio Fausto Neto (Brasil), Eliseo Verón (Argentina).

2 comentários:

  1. Pelo visto, na programação, este será um evento ímpar, pois os pensadores presentes representam a nata do olhar científico para a comunicação enquanto instrumento técnico e ideológico. Nos meus tempos ( anos 70)de aluna da pós-mestrado em Comunicação da UFRJ, muito se estudou Umberto Eco ( que também usei muito nas aulas com alunos meus em cursos de Jornalismo), Noam Chomsky, Eliseo Verón, e os brasileiros Muniz Sodré e Nilson Lage, entre outros. Parabéns pela chance de se discutir no Brasil, os muitos aspectos da manipulação das figuras "presidenciais", enquanto simbologia de comando e poder, e por sua carga cada vez mais "marketeira e hollywoodiana". Se eu pudesse, gostaria de ir lá e conferir in loco o nível dos debates que prometem. Esperemos luz para a reflexão de tema tão atual.
    Cida Torneros, jornalista, RJ

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  2. É.... eu também gostaria muito de poder ir lá ouvir as idéias destes mestres do pensamento da comunicação

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