sábado, 1 de agosto de 2009

Crise: Agência Gamma em concordata

Símbolo do fotojornalismo internacional, campeã em prêmios fotográficos, a Agência Gamma de fotojornalismo está numa espécie de concordata. Ela ficará sob observação do Tribunal do Comêrcio de Paris por um período de seis meses. A agência, criada em 1967 representa, segundo os especialistas, uma padrão de imagens engajadas e de foto reportagens de longa duração.
Segundo Stéphane Ledoux, presidente do grupo Eyedea Presse (mantenedora da agência), a Gamma gera um prejuízo mensal de 300 mil euros, os quais o fundo Stills de investimento, que a comprou, em 2007, do grupo Hachette, não pretende mais cobrir.
A bancarrota da Gamma seria um reflexo, de um lado, da crise que recai sobre a imprensa escrita, que não se interessa mais em financiar ou comprar grandes reportagens fotográficas e, de outro, da decisão de agências como AFP, AP, Reuters em reabrir seus serviços fotográficos próprios e pararem de comprar de terceiros, informa o jornal Le Monde. Gamma conta atualmente com 18 fotógrafos, dentre 55 funcionários.
A Gama nasceu do sonho de dois fotógrafos, Raymond Depardon et Gilles Caron, em ao lado de outras grandes agências, como a Sipa e Sygma, deixaram suas marcas na era de outo do fotojornalismo, em especial nos trabalhos em preto e branco. Dentre profissionais que clicaram para ela, estão Sebastião Salgado, Abbas e Burnett. Para muitos, um fechamento da Gamma representará o fim de uma época do fotojornalismo.
Para mais detalhes, em francês, visite o Le Monde, clicando aqui

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