segunda-feira, 11 de maio de 2009

Multinacional portuguesa quer comprar editora brasileira

A newsletter Portugal Digital informa que o grupo Leya, um dos maiores na área dos livros em Portugal, está negociando a compra da editora Nova Fronteira. O contato com a Ediouro para a aquisição de uma participação na Nova Fronteira "vem acontecendo há alguns meses", segundo um responsável da Leya que é citado pela "Folha de S. Paulo".
Pascoal Soto, editor da Leya, disse que a "negociação vem acontecendo há alguns meses", mas que ainda não "está autorizado pelo grupo para adiantar informações". Segundo Mauro Palermo, diretor-executivo da Nova Fronteira, o grupo português compraria 50% das ações da editora. Pascoal Soto, porém, não confirmou o percentual.
Fundada em 1965, a Nova Fronteira já publicou mais de 1.500 títulos. Já a Leya nasceu em janeiro de 2008 como 'holding' na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras portuguesas. Entre elas se contam a Asa, Caminho, Dom Quixote, Texto Editores, Oficina do Livro, Teorema, entre outras. Com mais de 500 colaboradores e fruto de um investimento do empresário Miguel Paes do Amaral, a Leya surgiu no mercado editorial português como um fenómeno de concentração.
A compra, por parte da Leya, de muitas das maiores editoras lusas foi receada pelos agentes do meio como um entrave à liberdade e diversidade editorial, mas a concentração promovida pela Leya acaba por contrabalançar o poder que as grandes superfícies de distribuição (como os hipermercados) têm vindo a assumir na fixação de preços, margens de lucro e leque de títulos preferidos para promoção.

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