quarta-feira, 20 de maio de 2009

Deputado defende o fim da Voz do Brasil

Por Mônica Tavaresde O Globo Online

BRASÍLIA - O deputado Paulo Bonhausen (DEM-SC) defendeu nesta quarta-feira o fim do programa a Voz do Brasil, transmitido entre as 19 horas e 20 horas. Ele participou do painel que debateu a Conferência Nacional de Comunicação, durante o 25° Congresso Brasileiro de Radiodifusão da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

- A Voz do Brasil já prestou um grande serviço ao país, mas ela já não se justifica mais - disse o deputado.

A obrigatoriedade da transmissão da Voz do Brasil pelas rádios, foi taxada pelo representante da Abert, Evandro Guimarães, como "confisco". Ele disse que a "Voz do Brasil" está no ar há 70 anos. Ele lembrou que atualmente todos os poderes têm TVs, rádios e agências e que há um enorme conjunto estatal ou público que permite que os poderes da República informem de maneira ampla seu trabalho.

- Obrigar a transmitir a Voz do Brasil está se aproximando da ideia de confisco. Queremos escolher o horário de transmitir a Voz do Brasil - disse ele.

Para a deputada Luiz Erundina (PSB-SP), deve ser realizada uma pesquisa com a população que mora nas regiões mais distantes, fora dos centros urbanos, para saber do interesse pela "Voz do Brasil". A deputada entende que este é um dos temas que deve ser debatido na Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em Brasília, no mês de dezembro.

2 comentários:

  1. Exigir o fim da Voz do Brasil é o cúmulo da ignorância da comunicação pública, no entanto, a Voz do Brasil não deveria ser obrigatória, imposta goela abaixo como é feito desde a ditadura militar!!

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  2. Caro José Roberto
    A Voz do Brasil éo programa de rádio mais antigo do Brasil. Data da década de 1930 e sua criação nada tem aver com a dadura militar iniciada em 1964.
    O problema é duplo: se rádio é uma concessão, as regras desta concessão podem ser definidas por quem concede. Nenhum dono de rádio, ao pleiter uma emissra disse ao Ministério da Comunicação que não pretendia transmitir a oz do Brasil. Pelo contrário, acatou todas as regras.
    De outro lado, se não for obrigatório, os donos das rádios ou não vão querer transmitir, ou vão fazer de madrugada, ou vão querer pagamento pela transmissão.

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