domingo, 3 de maio de 2009

França: canais legislativos trocam comando

Os dois canais legislativos do parlamento francês, o Public Sénat (a TV Senado de lá) e a LCP/AN (a TV Câmara de lá) estão em fase de substituição de seus dirigentes máximos. Ao contrário do Brasil, onde os canais parlamentares não têm personalidade jurídica própria, os franceses são constituídos na forma de empresas públicas. Uma para cada casa do parlamento.
No Senado, informa o Le Monde (veja aqui a matéria divulgada em francês) foi escolhido o redator chefe e editorialista do canal France 2, o principal canal público do país. Gilles Lecrerc era também responsável pelo noticiário econômico e político refreente à União Européia. Ele substitui a Jean-Pierre Elkabbach, que fundou e presidia a emissora desde 1999, passando por três mandatos presidienciais e legislaturas distintos.
O noticiário não informa como foi feita a seleção do novo mandatário da Sénat Public, mas acrescenta que disputaram 23 pretendendentes. Normalmente, os canais parlamentares franceses lançam um edital público para que os candidatos ao cargo apresentem seus curriculos, projetos editoriais e previsão de gastos. Na LCP/AN que começa a seleção pública nesta segunda dia 4, depoisde uma triagem inicial, os candidatos passam por uma sabatina pública, transmitidia ao vivo pela emissora, para que haja mais transparência no processo de seleção e que a opinião pública possa participar (Para mais detalhes sobre este tema, veja artigo TV Parlamento - Transparência e show de realidade, de minha autoria publicado no Observatório da Imprensa, em 05 de fevereiro de 2003).

A meta de Gilles Lecrerc, segundo o Le Monde, seria uma aproximação entre os dois canais parlamentares. Na França, como no Brasil, cada casa possui a sua emissora, mas ao contrário daqui, lá as duas emissoras partilham um mesmo canal de transmissão no satélite e no sistema de televisão digital terrestre. A aproximação pretendida não prevê a fusão das duas emissoras, tema que é seguidamente debatido naquele país.

Um comentário:

  1. Como pesquisador do tema, acho interessante esse modelo. O Brasil deveria pensar algo parecido.

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