Por Francisco Leite Filho
Nova publicação, o jornal Brasil Popular também terá uma versão impressa
O site do jornal Brasil Popular entrou no ar no sábado,29/8, à noite, durante um jantar cooperativo com a presença
de mais cem jornalistas de Brasília que se congregaram há cerca de três meses
para enfrentar o que considera atraso midiático no Brasil e, através da
internet, lançar futuramente o jornal impresso do mesmo nome, com distribuição
gratuita, segundo uma modalidade que se expande mundialmente e que tem na
Grécia o principal modelo de inspiração.
Com notícias, reportagens e análises do quadro nacional e
internacional, o Brasil Popular pretende, a exemplo da antiga Última Hora,
jornal fundado em 12 de junho de 1951 por Getúlio Vargas e Samuel Wainer, “defender as conquistas populares, a
democracia e fortalecer a consciência nacional em torno de um projeto de nação
soberana e independente, desafiando o golpismo midiático. Estamos seguros de
que as forças sociais que foram capazes de eleger por quatro vezes governos
progressistas, têm capacidade, e também o dever, de organizar um jornal de
grande circulação popular”.
‘”Nos últimos 12 anos e meio”, diz o editorial do BP, “o Brasil registrou uma
mudança importante em seus indicadores econômicos e sociais, conquistas
reconhecidas por organismos internacionais. A ONU reconheceu que o Brasil saiu
do Mapa da Fome, a OIT registrou queda do trabalho infantil, a OMS marcou o declínio
da mortalidade infantil, a CEPAL afirma que reduzimos a pobreza e a miséria, e
até mesmo o Banco Mundial reconhece a redução das desigualdades sociais”.
“O curioso é que dentre tantas mudanças havidas no Brasil,
não houve o surgimento de uma mídia popular com capacidade para fazer a
narrativa destas relevantes conquistas. Afinal, o Brasil ter saído do Mapa da
Fome já é uma notícia retumbante, justificando ampla informação e reflexão
pelos brasileiros. No entanto, predomina
na mídia brasileira um noticiário negativo, fraudulento, como se o Brasil
estivesse em retrocesso, o que afronta a realidade”.
Por isso, o Brasil Popular nasce para preencher essa lacuna:
“informar sobre o que realmente ocorre no país, seus avanços, suas
dificuldades, suas relações internacionais, mas, sobretudo, levar a informação
sonegada pela mídia hegemônica, de maneira simples, direta e clara, aos
segmentos populares, onde há baixos índices informativos e de leitura”.
Seus fundadores, reunidos na Associação de Jornalistas do
Brasil Popular, definem-se como “uma iniciativa cooperativa, que está
estruturando apoios e sustentação entre os segmentos sociais que participaram
ativamente destas mudanças, independentes de sua filiação partidária: Para isto
estamos criando um grande mutirão. Começamos por Brasília, mas queremos nos
estruturar em todas as capitais. Quem tiver interessado em colaborar, busque
neste site as formas de associação a este projeto”.
Alerta o BP que “não nascemos para fazer ajustes de contas
entre forças de esquerda: nascemos para construir unidade popular e para
enfrentar a manipulação e a desinformação da grande mídia empresarial que tenta
demolir todas as conquistas alcançadas. Essa manipulação quer impedir a
elevação da consciência no povo sobre as decisões políticas que permitiram aos
brasileiros terem hoje mais médicos, mais casas, mais escolas, mais
universidades, mais eletricidade, mais energia renovável, mais alimentos, mais
emprego formal, mais petróleo e gás, mais
produção naval, maiores salários, mais estradas, mais ferrovias, mais relações
soberanas e mais respeito no cenário internacional.
Ações golpistas
– Neste momento em que forças antinacionais
tramam ações golpistas contra a democracia e contra este projeto de mudanças em
curso, Brasil Popular nasce para ser uma voz em defesa da legalidade
democrática e da soberania nacional, com a tarefa de contar a história de todas
as conquistas dos brasileiros e assume o compromisso de estar ao lado das
forças progressistas para o que ainda precisa ser conquistado. E, para isto, o
que é indispensável informação, consciência e unidade popular!”, termina o
editorial.
Os fundadores do jornal se proclamam como “cidadãos e
cidadãs progressistas, inquietos com a falta de um jornal que se diferencie da
ditadura midiática brasileira, reunidos para propor a criação de um jornal
impresso popular para defender os valores democráticos e uma sociedade cada vez
mais igualitária”. Inicialmente terá a sustentação da Associação do Jornal
Brasil Popular, mas a ideia é a futura formação de uma cooperativa para
continuar o projeto.
Conselho Editorial
O Conselho editorial é integrado por Alain Barki, Angélica
Torres, Beto Almeida, Bira Souza, César Fonseca, Cirilo Quartim, Eduardo
Wendhausen, F. C. Leite Filho, Geniberto Paiva Campos, Inês Ulhôa, José Alberto, José Augusto Valente e Romário
Schettino.